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segunda-feira, 29 de maio de 2023

Cicacidae e Marias Bolas no Café da Manhã

 

Cicacidae e Marias Bolas no Café da Manhã

 

O meu café não tem açúcar, mas tem o canto das cigarras e a minha coleção de Nephilis cruentata. Cabe sim.

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

sábado, 25 de março de 2023

Sapão e a Vanguarda Linguística

 

Sapão e a Vanguarda Linguística


Lamento não ser um Fernando Sabino para poder contar esta história de maneira mais atrativa, engraçada e inteligente. Dou o que o berço me deu, misturado com algumas coisas que consegui acrescentar em mim depois. Vamos lá.


Não lembro o ano. Lembro que era quando eu e um primo distante meu estávamos na mesma sala no colégio. Talvez 1998, 1997. Havia um colega nosso cujo o nome era/é André e cujo o apelido era/é? “Sapão”. O apelido “Sapão” foi dado a ele pelo modo exótico com a qual ele corria durante os jogos de basquete durante as aulas de educação física. Lembro de ouvir essa explicação, pois das aulas de educação física mesmo eu lembro nada. Aliás, aqui no blog já mencionei que lembranças do colégio nada tenho. Tamanho foi a minha “felicidade” lá. Mas é claro que algumas coisas a gente lembra. Mas onde eu estava?

Foi durante uma aula de português, não sei se gramática e/ou literatura. Era uma discussão aberta. Esse meu colega André toma a palavra e fala algo mais ou menos assim: “Bláblá… imagens televisivas bláblá...”. A expressão “imagens televisivas” fez a sala inteira rir sem parar. Mais ou menos três anos depois, talvez menos, a expressão “imagens televisivas” aparecia com frequência nos jornais, na televisão, tudo normalmente.

Franz Boas, Noam Chomsky, Roman Jakobson e Ferdinand de Saussure: - Nossa Aldrin, mas que história fabulosa! Um capítulo inesquecível da linguística!

Bom, bom, eu não lembro da expressão “imagens televisivas” antes e só. Tudo bem que, aborrecênte, não tinha um olhar erudito e atento diante da produção cultural da época para ter encontrado a expressão antes. Eu realmente não lembro dela antes do André. Mas a questão que gosto de lembrar do episódio como exemplo que como um termo deixa de ser estranho num momento e em outro momento todo mundo aceita. Sei lá, acho a história interessante.

Fim. Fim da história.

E todos viveram felizes para sempre.

quarta-feira, 15 de março de 2023

Tópicos de Política Internacional

 

Tópicos de Política Internacional


Meus sentimentos a todas as famílias e amigos atingidos nesse um ano de Guerra Rússia-Ucrânia. Uma negociação aparece no horizonte de forma mais concreta. E o Brasil participa das negociações, inclusive. Parabéns aos nossos embaixadores.”.

Demorei bastante para publicar e o texto acima ficou desatualizado. Ou relativamente desatualizado.


É interessante pensar nos mecanismos da “guerra indireta”: espionagem de um país eliminando figuras chaves de outro país e com isso atrasando o desenvolvimento de tecnologias e/ou planos políticos, ataques cibernéticos, satélites espiões cada vez mais potentes, as sansões econômica relevando infelizmente o quão difícil é lidar com governos autoritários e o quão débil é os bons organismos internacionais em momentos decisivos, o povo pobre dos países envolvidos sofrendo sempre, o custo das palavras vazias dos políticos nessas horas para a fé do grande público a respeito da liderança política a médio e longo prazo… Pragmaticamente é melhor que uma guerra “convencional”, mesmo assim o sofrimento é grande e imagino a médio e longo prazo se a precária paz atual se sustenta. É sério: 1945 pode ser ontem ou há muito tempo dependendo do seu referencial; leitora ou leitor.



Por exemplo, a crise na União Europeia é sinistra. Com certeza você sabe que a União Europeia não é somente para turistas viajarem mais fácil ou melhorar o livre comércio; mas também para evitar que a Europa não brigue. É, a Europa não é exatamente um local tranquilo. Vou repetir: 1945 pode ser ontem ou há muito tempo dependendo do seu referencial.



Agora uma notinha sobre os balões meteorológicos misteriosos da China. O trem já passou e eu não li muito a respeito. Mas me chamou a atenção a influência dos Estados Unidos na imprensa brasileira; bem grande mesmo. Aceitaram muito a versão de Washington facilmente. E um aspecto que não sei se você que me lê vai concordar: e se for uma provocação da China: o serviço de espionagem chinês detectou um momento em que o território estadunidense estava desguarnecido por alguns dias e eles mandaram os balões meteorológicos para provocar um constrangimento? “Há há! Pegamos vocês com as calças na mão!” Eu ouvi falar que há muitos anos, justamente para provar o seu poder, alguns caças israelenses sobrevoaram o espaço aéreo de Damasco; foram e voltaram sem problema só para mostrar à Síria quem tem mais poder na região. Outro exemplo mais ou menos da mesma “família”: olhem uma manchete assim: “No litoral da Califórnia moradores afirmaram terem visto um OVNI. Ele media cerca de dois metros de comprimento, tinha uma fórmula triangular e movia-se em alta velocidade fazendo manobras que surpreenderam pilotos profissionais ouvidos pela reportagem.” Uai, como a China, Rússia, Coreia do Norte e Irã escutariam uma reportagem assim? “Olha só o meu último modelo de drone, seus mother foca!”.

Não queria terminar o texto melancolicamente, mas realmente não sei se a guerra indireta vai evitar uma grande guerra convencional por muito tempo. Ah, sim: na África e em várias regiões da Europa Oriental e na Ásia também o pessoal continua “clássico”. Tristemente “clássico”.



Demorei tanto para publicar o texto que preciso fazer referências breves a dois acontecimentos recentes.

Meus sentimentos às famílias e amigos das pessoas atingidas pelos ataques criminosos ocorridos no Rio Grande do Norte. Várias cidades atingidas e mais uma vez percebemos que não temos controles de nossas penitenciárias. Pois parece que as ordens foram dadas de lá. E é a terra do meu amado Luís da Câmara Cascudo!

Meus sentimentos à família e amigos do Canisso (José Henrique Campos Pereira), músico integrante do Raimundos. Nunca fui a um show deles, só ficava assistindo pela televisão a MTV Brasil; mas sou testemunha da importância dos Raimundos no renascimento do rock brasileiro de meados da década de 1990. Um momento muito rico da cultura brasileira.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Todos contra a Pílula Vermelha

 

Todos contra a Pílula Vermelha


Não ia comentar, mas me chamou a atenção a onda negativa tão explícita até para um distraído como eu. Não assisti a um vídeo inteiro sequer e não conheço as palestras; só vi mesmo o material do UOL. Na verdade foi a reportagem do UOL que me fez ligar os sinais. De qualquer forma, se alguém perguntar eu direi que a culpa é do algoritmo do YouTube na minha página inicial do mesmo.

Primeiro são três vídeos do Canal Meteoro Brasil ( https://www.youtube.com/@MeteoroBrasil/videos ) ( Seis dias atrás: https://www.youtube.com/watch?v=_60zfaIDvi8&t=441s ; e cinco dias atrás https://www.youtube.com/watch?v=0SP70XtbLbA&t=81s ; e dois dias atrás https://www.youtube.com/watch?v=ng6CJmffKtk&t=143s ), depois foi uma notícia que apareceu no UOL ( https://www.uol.com.br/splash/noticias/2023/02/25/coach-que-virou-meme-por-falas-misoginas-ameaca-atriz-processo-ou-bala.htm que pode ser assistido aqui https://www.youtube.com/watch?v=xvN_IstS8e8 ) e, por fim, tem dois vídeos do Canal Galãs Feios ( https://www.youtube.com/@GalasFeios/videos ) ( há 23 horas atrás https://www.youtube.com/watch?v=ZePDZfYCj8k ; e as 22 horas atrás https://www.youtube.com/watch?v=Xryklh50H3Q ).

Ocorre que navegando pelo YouTube e UOL a gente acaba testemunhando esses “eventos culturais”.


Não gosto do termo “coach”, acho que seria melhor “palestra de auto ajuda” ou “palestra motivacional”. Mas parece que o pessoal faz mais do que palestras ou escrever livros. Dão aulas particulares. Sei lá. Deve ser Policarpo Quaresma de minha parte.

Aulas de sedução, estimular a masculinidade em homens e ensinar a eles a ser frio diante do desejo por mulheres e Amor e diante de um mundo indiferente e cruel. É preciso ser justo, forte, racional; não sei se “frio” é um verbo desejado aqui. Também é popular nas palestras o desejo por um estilo de vida “estóico”. Ah… Parte da esquerda e do feminismo critica, pois ali enxergam preconceito contra mulheres e uma aproximação com um conservadorismo político. É preciso ser honesto e constatar que parte dessa esquerda e dessas feministas fazem uma crítica agressiva contra adolescentes e homens que gostam dessas palestras; e isso não funciona como guerra de propaganda.

Sempre peço ajuda aos artistas e no comentário do vídeo do UOL eu lembrei do filme “Magnólia” (“Magnolia”, 1999, Paul Thomas Anderson, Aimee Mann, Tom Cruise e etc.). A cena da palestra do personagem Frank T.J. Mackey. Meu comentário foi bastante aprovado e fiquei feliz pois deve ter gente procurando este excelente filme para conferir o que eu sugeri.


Tudo isso é falta de educação sentimental e falta de diálogo. As pessoas não sabem lidar com os próprios sentimentos e nem sabem mais conversar de verdade. Em outro paralelo o diálogo é com o Rousseau e Freud, pois acho que eles chamam a atenção do problema da civilização ter se transformado em algo que agride a parte humana mais animalesca e as consequências disso não são boas. Algumas sensibilidades perceberam que a casa virou jaula?

Minha maneira de ajudar na discussão. Serve como sabedoria de vida a você que lê agora: na dúvida, reze pedindo ajuda aos artistas. A arte salva. Sempre. https://www.youtube.com/watch?v=SFI1zoNNMsE


Obs: eu tinha que explicar que “pílula vermelha” vem do filme “Matrix”, mas estou com preguiça de explicar. O fato de não ter achado o primeiro filme bom também não ajuda. Assistindo os vídeos e lendo a matéria da UOL ajuda.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

A Melhor Biblioteca do Brasil em 1994

 

A Melhor Biblioteca do Brasil em 1994



Mas sou mesmo uma marmota, como vocês já sabem. Falei da reportagem “Biblioteca Nacional” (Rinaldo Gama, Revista Veja, 23 de novembro de 1994) no post “O Caminho para Clarice” [ https://amorequeijo.blogspot.com/2022/06/o-caminho-para-clarice.html ], e fiquei devendo a lista de livros. Lista principal, claro, mas também a lista dos intelectuais convidados. Claro, claro, também. E, no final; aliás, não: as damas primeiro. Antes de tudo a lista das autoras citadas.

Para quem chegou agora: Cânone Ocidental, de Harold Bloom, já tinha sido lançado nos Estados Unidos há três meses com sucesso e a Editora Objetiva já planejava lançar o livro aqui no Brasil; inspirado nisso o Rinaldo Gama escreve a reportagem Biblioteca Nacional (Revista Veja, 23 de novembro de 1994).




AS AUTORAS LEMBRADAS

Elas não aparecem na lista final das 22 obras mais citadas que formam os mais importantes livros do Brasil em 1994, mas nas listas particulares elas aparecem.

Pausa.

Rinaldo Gama escreve na reportagem que foram ouvidos 15 intelectuais. Todos homens, como escrevi também em “O Caminho para Clarice”; ocorre que na reportagem aparecem a lista de onze. Faltou as listas de maiores livros do Brasil escolhidos pelo renascentista Darcy Ribeiro, o historiador José Murilo de Carvalho, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos e o crítico literário Fábio Lucas. Se estes citaram mulheres, lamento, não tive acesso à lista de livros que eles votaram por não estarem na reportagem.

Então vamos lá.

O LUSTRE – Clarice Lispector. (Lembrado pelo Celso Furtado.)

LAÇOS DE FAMÍLIA – Clarice Lispector. (Lembrada duas vezes; pelo Alfredo Bosi e pelo Ferreira Gullar.)

ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA – Cecília Meireles. (Lembrado pelo João Ubaldo Ribeiro).

O MESSIANISMO NO BRASIL E NO MUNDO – Maria Isaura de Queiróz. (Lembrado pelo Roberto DaMatta.)

DA MONARQUIA A REPÚBLICA – Emília Viotti da Costa. (Lembrado pelo Roberto DaMatta.)

QUARTO DE DESPEJO – Carolina de Jesus. (Lembrado pelo Roberto daMatta).

Uma nota: dos 11 autores que na reportagem de Rinaldo Gama apareceram com as suas obras listadas, o Roberto DaMatta foi quem mais lembrou de autoras. Ele lembrou de três autoras. Todos os outros, quando lembraram das autoras; ficaram em apenas uma autora.

Agora vamos para a lista principal, a lista dos 22 mais importantes livros do Brasil. Em 1994.




Os Mais Importantes Livros do Brasil (eleição em 1994).

(Reportagem “Biblioteca Nacional” [Rinaldo Gama, Revista Veja, 23 de novembro de 1994].)

É interessante especular como seria uma votação semelhante mais recente. 2004, 2014 ou mesmo hoje em 2023.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha (lembrado por 15 votantes).

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre (lembrado por 14 votantes).

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – João Guimarães Rosa (lembrado por 13 votantes).

MACUNAÍMA – Mário de Andrade (lembrado por 11 votantes).

DOM CASMURRO – Joaquim Maria Machado de Assis (lembrado por 8 votantes).

RAÍZES DO BRASIL – Sérgio Buarque de Holanda (lembrado por 8 votantes).

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS – Joaquim Maria Machado de Assis (lembrado por 7 votantes).

VIDAS SECAS – Graciliano Ramos (lembrado por 6 votantes).

UM ESTADISTA DO IMPÉRIO – Joaquim Nabuco (lembrado por 6 votantes).

FORMAÇÃO DA LITERATURA BRASILEIRA – Antônio Cândido (lembrado por 5 votantes).

O TEMPO E O VENTO – Erico Verissimo. (Lembrado por 5 votantes).

FOGO MORTO – José Lins do Rego. (Lembrado por 5 votantes).

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL – Celso Furtado. (Lembrado por 5 votantes).

O POETA GREGÓRIO DE MATOS (Lembrado por 5 votantes).

OS DONOS DO PODER – Raymundo Faoro. (Lembrado por 4 votantes).

TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA – Lima Barreto. (Lembrado por 4 votantes).

FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEOS – Caio Prado Júnior. (Lembrado por 4 votantes).

O ATENEU – Raul Pompéia. (Lembrado por 4 votantes).

IRACEMA – José de Alencar. (Lembrado por 4 votantes).

GABRIELA, CRAVO E CANELA – Jorge Amado. (Lembrado por 4 votantes).

O POETA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (Lembrado por 4 votantes).

O POETA MANUEL BANDEIRA (Lembrado por 4 votantes).

Todo mundo lembrou-se de Joaquim Maria Machado de Assis. O único a aparecer duas vezes na lista. Uma vez mais confirma o seu lugar central nas letras brasileiras. Isoladamente Os Sertões, de Euclides da Cunha, é o livro “vencedor”. Bom lembrar aqui de Eduardo Bueno em sua História do Brasil (1997, Folha da Manhã e Zero Hora/RBS Jornal. Segunda edição.) escrevendo sobre este livro: “talvez o maior clássico da literatura brasileira”. Há mais prosa que poesia; há mais romances que poesia; e 36% de obras são de não-ficção. Foram citados 152 livros e destes 112 tiveram apenas uma citação (74%); o que indica a existência sim de um cânone nacional. E este é velho, pois mais novo livro da lista (Formação Econômica do Brasil, do Celso Furtado) é de 1960. O Brasil na lista é mais rural do que urbano, explicado pelo fato que foi só no começo do século XX que a urbanização realmente começou por aqui. “Obrigado”, Dom Pedro II; seu tonto. Um espectro ronda diagonalmente o cânone nacional: a procura pela identidade nacional: não sabemos quem somos até 1994: sabemos quem somos em 2023? Ninguém me perguntou, mas eu respondo: ainda não sabemos quem somos.



Agora a menção honrosa / casos curiosos:

O POETA GONÇALVES DIAS.

Ele foi lembrado pelo Wilson Martins, Alfredo Bosi, Ferreira Gullar e pelo Josué Montello. Foram quatro votos, portanto. A mesma pontuação de Drummond e Bandeira. Não seria suficiente para entrar na lista também? Ah, Rinaldo Gama… (risos)


O POETA JOÃO CABRAL DE MELO NETO.

Ele foi lembrado pelo João Ubaldo Ribeiro, Ferreira Gullar, pelo Josué Montello e pelo Luís Costa Lima. Ou seja, também quatro votos como o Gonçalves Dias e também era outro que devia e acabou não fazendo companhia a Bandeira e Drummond. Ah, Rinaldo Gama… (risos)


O POETA CASTRO ALVES.

Este poeta recebeu três votos; foi lembrado pelo João Ubaldo Ribeiro, José Paulo Paes e pelo Josué Montello. Não entrou na lista final “justos-técnicos”, por assim dizer. É interessante aqui fazer o paralelo com o verbete “Castro Alves” escrito pelo Afrânio Coutinho para a Enciclopédia Barsa (Encyclopedia Britannica Editores Ltda., “impresso nos Estados Unidos do Brasil”, 1967. A edição “vulgata” [risos].). Cito um trecho:

O mais popular do Brasil, pelo número de edições e afinidade com as qualidades da alma de seu povo, pode ser considerado o bardo nacional.” Lindas palavras. Castro Alves perdeu para Bandeira e Drummond em 1994, sobre este último na reportagem de Rinaldo Gama o professor Antônio Medina Rodrigues escreve: “(Drummond) a síntese mais fina e profunda da cultura brasileira.Ou seja, Drummond foi elogiado quase da mesma forma que Castro Alves: um resumo possível da alma brasileira. Na dúvida, claro claro, leia os dois poetas.


OS SERMÕES – Padre Antônio Vieira.

Aquele que o poeta português Fernando Pessoa chamou de “o imperador da língua portuguesa” e que a minha professora de literatura no colégio disse que daria um braço para passar uma tarde conversando; só recebeu o voto do João Ubaldo Ribeiro.


Eu senti falta ainda de algum livro sobre Aleijadinho, Getúlio Vargas (“o brasileiro mais importante do século XX”, segundo uma entrevista que eu vi na televisão com o Fernando Moraes; mas não lembro quando e onde e nem sei se depois ele mudou de opinião) e algum livro sobre futebol e sobre música popular brasileira. Sem mencionar claro claro claro claro, que mais uma vez mais uma vez mais uma vez e mais uma vez esqueceram o professor dos professores, o mestre dos mestres, a mistura de poesia e Aristóteles e a mistura do Sol sobre o Rio Grande do Norte com o Luar sob o Rio Potengi; o Luís da Câmara Cascudo. Lembraram do amigo dele, o Gilberto Freyre. Aliás, pausa pausa. É até bom que atualiza bem o trem aqui “tão” 1994. O grupo Casa do Saber ( https://casadosaber.com.br/ e https://www.youtube.com/@casadosaber/featured ) planeja em 2023 lançar um curso chamado “Pensadores e Pensadoras do Brasil” ( https://www.youtube.com/watch?v=Q7EQ9dfzqeg ). Três coisas. Primeiro que o nome está errado, tinha que ser “PensadoRAS e pensadores do Brasil”. As damas primeiro, sempre. Segundo que pelo trailer não vai haver imparcialidade no trato do Gilberto Freyre e isso não é justo. E o terceiro ponto, claro claro, é a ausência mais uma vez em um grupo de acadêmicos alguém lembrando do Luís da Câmara Cascudo. Não sou assinante da Casa do Saber, mas já assisti a vários vídeos de lá e eu recomendo.




Agora as 11 listas. O “*” fica diante de algum livro que eu achei curioso. Curioso por quê? O critério? Sei lá. Completamente subjetivo o meu trem.


A lista de CELSO FURTADO, economista e político.

DOM CASMURRO – Joaquim Maria Machado de Assis.

O GUARANI – José de Alencar.

VIDAS SECAS – Graciliano Ramos.

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – Guimarães Rosa.

GABRIELA, CRAVO E CANELA – Jorge Amado.

MENINO DE ENGENHO – José Lins do Rego.

MACUNAÍMA – Mário de Andrade.

O ATENEU – Raul Pompéia.

QUARUP – Antônio Calado.

O LUSTRE – Clarice Lispector.

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

MINHA FORMAÇÃO – Joaquim Nabuco.

RAÍZES DO BRASIL – Sérgio Buarque de Holanda.

FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO – Caio Prado Júnior.

FORMAÇÃO DA LITERATURA BRASILEIRA – Antônio Cândido.

AVES DO BRASIL – Augusto Ruschi.

OSCAR NIEMEYER – Oscar Niemeyer.

EXPOSIÇÃO AOS CREDORES – Visconde de Mauá. ( * )

FLUXO E REFLUXO – Pierre Vergé.




A lista do WILSON MARTINS, crítico literário.

A CULTURA BRASILEIRA – Fernando de Azevedo.

QUINCAS BORBA – Joaquim Maria Machado de Assis.

FORMAÇÃO DA LITERATURA BRASILEIRA – Antônio Cândido.

O GUARANI – José de Alencar.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre.

DOM JOÃO VI NO BRASIL – Manuel de Oliveira Lima. ( * )

PRIMEIROS CANTOS – Gonçalves Dias.

CONTRIBUIÇÃO À HISTÓRIA DAS IDEIAS NO BRASIL – Cruz Costa.

A LITERATURA NO BRASIL – Afrânio Coutinho.

RIO BRANCO – Álvaro Lins.

HISTÓRIA DO POSITIVISMO NO BRASIL – Ivan Lins.

HISTÓRIA DA INTELIGÊNCIA BRASILEIRA – Wilson Martins. (Humildade, héin Wilson?)

PANORAMA DO MOVIMENTO SIMBOLISTA BRASILEIRO – Andrade Murici.

UM ESTADISTA DO IMPÉRIO – Joaquim Nabuco.

O LIVRO, O JORNAL E TIPOGRAFIA NO BRASIL – Carlos Rizzini.

HISTÓRIA DA LITERATURA BRASILEIRA – Sílvio Romero.

A ROSA DO POVO – Carlos Drummond de Andrade.

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – Guimarães Rosa.

POPULAÇÕES MERIDIONAIS DO BRASIL – Oliveira Viana.




A lista de ALFREDO BOSI, professor, escritor e crítico literário.

POESIAS COMPLETAS – Gregório de Matos.

O URUGUAI – Basílio da Gama.

POESIAS COMPLETAS – Gonçalves Dias. ( * )

IRACEMA – José de Alencar.

DOM CASMURRO – Joaquim Maria Machado de Assis.

O ABOLICIONISMO – Joaquim Nabuco.

O ATENEU – Raul Pompéia.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMO – Lima Barreto.

MACUNAÍMA – Mário de Andrade.

VIDAS SECAS – Graciliano Ramos.

FOGO MORTO – José Lins do Rego.

FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO – Caio Prado Júnior.

FORMAÇÃO DA LITERATURA BRASILEIRA – Antônio Cândido.

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre.

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – João Guimarães Rosa.

POESIA COMPLETA – Carlos Drummond de Andrade.

POESIA COMPLETA – Manuel Bandeira.

LAÇOS DE FAMÍLIA – Clarice Lispector.

O ESCRAVISMO COLONIAL – Jacob Gorender.




A lista de JOÃO UBALDO RIBEIRO, escritor.

SERMÕES COMPLETOS – Padre Antônio Vieira.

FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO – Caio Prado Júnior.

ESPUMAS FLUTUANTES – Castro Alves.

ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA – Cecília Meireles.

O TEMPO E O VENTO – Érico Veríssimo.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre.

VIDAS SECAS – Graciliano Ramos.

POESIA COMPLETA – Gregório de Matos.

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – João Guimarães Rosa.

TERCEIRA FEIRA – João Cabral de Melo Neto.

ENSAIOS – João Ribeiro. ( * )

MAR MORTO – Jorge Amado.

INVENÇÃO DE ORFEU – Jorge de Lima.

IRACEMA – José de Alencar.

TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA – Lima Barreto.

DOM CASMURRO – Joaquim Maria Machado de Assis.

MACUNAÍMA – Mário de Andrade.

OBRA INFANTIL – Monteiro Lobato.

RAÍZES DO BRASIL – Sérgio Buarque de Holanda.




A lista de ROBERTO CAMPOS, economista e político.

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS – Joaquim Maria Machado de Assis.

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – João Guimarães Rosa.

ENSAIOS ANALÍTICOS – Mario Henrique Simonsen. ( * )

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL – Celso Furtado.

LIBERALISMO ANTIGO E MODERNO – José Guilherme Merquior.

UM ESTADISTA DO IMPÉRIO – Joaquim Nabuco.

INSTITUIÇÕES POLÍTICAS BRASILEIRAS – Oliveira Vianna.

HISTÓRIA DA LITERATURA BRASILEIRA – Sílvio Romero.

HISTÓRIA DA INTELIGÊNCIA BRASILEIRA – Wilson Martins.

RAÍZES DO BRASIL – Sérgio Buarque de Holanda.

OS DONOS DO PODER – Raymundo Faoro.

FILOSOFIA DO DIREITO – Miguel Reale.

PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA – Eugênio Gudin.

COMENTÁRIOS AO CÓDIGO CIVIL – Pontes de Miranda.

POESIAS COMPLETAS – Gregório de Matos.

CARTAS DA INGLATERRA – Rui Barbosa.

O ÍNDIO BRASILEIRO E A REVOLUÇÃO FRANCESA – Afonso Arinos.

POESIAS COMPLETAS – Carlos Drummond de Andrade.




A lista de JOSÉ PAULO PAES, poeta e tradutor.

POESIAS COMPLETAS – Gregório de Matos.

MARÍLIA DE DIRCEU – Tomás Antônio Gonzaga.

MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS – Manuel Antônio de Almeida.

OS ESCRAVOS – Castro Alves.

O CORTIÇO – Aluísio de Azevedo.

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS – Joaquim Maria Machado de Assis.

DOM CASMURRO – Joaquim Maria Machado de Assis.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

EU – Augusto dos Anjos. ( * )

TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA – Lima Barreto.

MACUNAÍMA – Mário de Andrade.

A SAGA DO SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO – Monteiro Lobato.

FOGO MORTO – José Lins do Rego.

VIDAS SECAS – Graciliano Ramos.

POESIAS COMPLETAS – Manuel Bandeira.

POESIAS COMPLETAS – Carlos Drummond de Andrade.

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre.

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – João Guimarães Rosa.

O TEMPO E O VENTO – Érico Veríssimo.

GABRIELA, CRAVO E CANELA – Jorge Amado.



A lista de FERREIRA GULLAR, poeta.

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS – Joaquim Maria Machado de Assis.

IRACEMA – José de Alencar.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

ÚLTIMOS CANTOS – Gonçalves Dias.

EU – Augusto dos Anjos. ( * )

MACUNAÍMA – Mário de Andrade.

VIDAS SECAS – Graciliano Ramos.

FOGO MORTO – José Lins do Rego.

GABRIELA, CRAVO E CANELA – Jorge Amado.

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – João Guimarães Rosa.

LAÇOS DE FAMÍLIA – Clarice Lispector.

LIBERTINAGEM – Manuel Bandeira.

A ROSA DO POVO – Carlos Drummond de Andrade.

POESIA LIBERDADE – Murilo Mendes.

DUAS ÁGUAS – João Cabral de Melo Neto.

VESTIDO DE NOIVA – Nelson Rodrigues.

O PAGADOR DE PROMESSAS – Dias Gomes.

FORMAÇÃO HISTÓRICA DO BRASIL – Nelson Werneck Sodré.

RAÍZES DO BRASIL – Sérgio Buarque de Holanda.

O COBRADOR – Rubem Fonseca.




A lista de FRANCISCO IGLÉSIAS, historiador e que não é meu parente segundo uma parente dele de personalidade forte no FaceBook anos e anos atrás que eu tenho que contar essa história um dia saudade dela que era produtora cultural e até saiu do país se não me falha a memória e “iglésias” é sobrenome comum no sul da Espanha o único famoso da minha família lá parece ser um rebelde republicano da época da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) mas nem disso tenho certeza assim como porque não estou conseguindo usar vírgulas aqui apenas o ponto final ponto. Eu sou muito estranho, mas no geral você pode confiar em mim. Ponto.

O BRASIL NA HISTÓRIA – Manuel Bonfim.

HISTÓRIA CONCISA DA LITERATURA BRASILEIRA – Alfredo Bosi.

FORMAÇÃO DA LITERATURA BRASILEIRA – Antônio Cândido.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

OS DONOS DO PODER – Raymundo Faoro.

A REVOLUÇÃO BURGUESA NO BRASIL – Florestan Fernandes.

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre.

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL – Celso Furtado.

RAÍZES DO BRASIL – Sérgio Buarque de Holanda.

CORONELISMO, ENXADA E VOTO – Vitor Nunes Leal.

MACUNAÍMA – Mário de Andrade.

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – João Guimarães Rosa.

UM ESTADISTA DO IMPÉRIO – Joaquim Nabuco.

CONSCIÊNCIA E REALIDADE NACIONAL – Álvaro Vieira Pinto. ( * )

FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO – Caio Prado Júnior.

ASPIRAÇÕES NACIONAIS – José Honório Rodrigues.

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS – Joaquim Maria Machado de Assis.

A POLÍTICA GERAL DO BRASIL – José Maria dos Santos.

INTRODUÇÃO À REVOLUÇÃO BRASILEIRA – Nelson Werneck Sodré.

O TEMPO E O VENTO – Érico Veríssimo.




A lista de ROBERTO DAMATTA, antropólogo.

O ALIENISTA – Joaquim Maria Machado de Assis.

OS BRUZUNDANGAS – Lima Barreto.

GABRIELA, CRAVO E CANELA – Jorge Amado.

SAGARANA – Guimarães Rosa.

GATO PRETO EM CAMPO DE NEVE – Érico Veríssimo. ( * )

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL – Celso Furtado.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre.

RAÍZES DO BRASIL – Sérgio Buarque de Holanda.

BANDEIRANTES E PIONEIROS – Viana Moog.

DIALÉTICA DA MALANDRAGEM – Antônio Cândido.

O MESSIANISMO NO BRASIL E NO MUNDO – Maria Isaura de Queiróz.

O NEGRO NO MUNDO DOS BRANCOS – Florestan Fernandes.

TANTO PRETO QUANTO BRANCO – Oracy Nogueira.

DA MONARQUIA A REPÚBLICA – Emília Viotti da Costa.

CAPITALISMO AUTORITÁRIO E CAMPESINATO – Otávio Velho.

QUARTO DE DESPEJO – Carolina de Jesus.

BRASIL AOS TRANCOS E BARRANCOS – Darcy Ribeiro.

A VIDA COMO ELA É – Nelson Rodrigues.

MACUNAÍMA – Mário de Andrade.




A lista de JOSUÉ MONTELLO, escritor.

POESIAS COMPLETAS – Gregório de Matos.

MARÍLIA DE DIRCEU – T. A. Gonzaga.

CANTOS – Gonçalves Dias.

ESPUMAS FLUTUANTES – Castro Alves.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

MEMÓRIA DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS – Manuel Antônio de Almeida.

BROQUÉIS – Cruz e Souza.

UM ESTADISTA DO IMPÉRIO – Joaquim Nabuco.

JORNAL DE TIMON – João Francisco de Lisboa. ( * )

DOM CASMURRO – Joaquim Maria Machado de Assis.

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre.

LIRA DOS CINQUENT´ANOS – Manuel Bandeira.

FOGO MORTO – José Lins do Rego.

O TEMPO E O VENTO – Érico Veríssimo.

SEGREDOS DA INFÂNCIA – Augusto Meyer.

OS VELHOS MARINHEIROS – Jorge Amado.

MACUNAÍMA – Mário de Andrade.

MORTE E VIDA SEVERINA – João Cabral de Melo Neto.

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – João Guimarães Rosa.

OS DONOS DO PODER – Raymundo Faoro.




A lista de LUÍS COSTA LIMA, professor e ensaísta.

IRACEMA – José de Alencar.

MEMÓRAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS – Joaquim Maria Machado de Assis.

QUINCAS BORBA – Joaquim Maria Machado de Assis.

UM ESTADISTA DO IMPÉRIO – Joaquim Nabuco.

OS SERTÕES – Euclides da Cunha.

CASA-GRANDE & SENZALA – Gilberto Freyre.

INSTITUIÇÕES POLÍTICAS BRASILEIRAS – Oliveira Viana.

A AMÉRICA LATINA – Manoel Bomfim.

MACUNAÍMA – Mário de Andrade.

MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE JOÃO MIRAMAR – Oswald de Andrade.

SERAFIM PONTE GRANDE – Oswald de Andrade.

LIBERTINAGEM – Manuel Bandeira.

SENTIMENTO DO MUNDO – Carlos Drummond de Andrade.

POESIA LIBERDADE – Murilo Mendes.

EDUCAÇÃO PELA PEDRA – João Cabral de Melo Neto.

GRANDE SERTÃO: VEREDAS – João Guimarães Rosa.

ANGÚSTIA – Graciliano Ramos.

MENINA MORTA – Cornélio Pena. ( * )

VISÃO DO PARAÍSO – Sérgio Buarque de Holanda.

TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA – Lima Barreto.