quinta-feira, 22 de junho de 2023

Historiador de Histórias em Quadrinhos

 

Historiador de Histórias em Quadrinhos

 

- ÔôôÔ menino, você ainda quer ser historiador de histórias em quadrinhos?

- Hã?... Não, não... Isso é coisa do passado...

- Pois águas passadas ainda movem moinhos!

Diálogo entre eu e a... a... Esqueci o nome dela. Idosa, era uma das coordenadoras da disciplina do colégio. A vovó do colégio. Dela me lembro deste diálogo apenas. Não lembro quando conversando eu contei a ela que queria trabalhar com histórias em quadrinhos. Lembro que no diálogo o susto de minha parte foi grande, por ela ter tido a iniciativa de conversar comigo assim na hora do recreio / intervalo (ou foi no final das aulas?) e por ela ter se lembrado de uma conversa nossa tão antiga.

 

Quanto ao historiador de histórias em quadrinhos é outro mistério. Astrônomo, capitão de submarino, desenhista, guitarrista, escritor... Sonhos ou miragens de um deserto verdadeiro (a minha casa). Eu lia muito histórias em quadrinhos, mas um jornalista especializado nisso? Não, isso não. Pensei em torna-me jornalista muitos anos após o colégio. Na verdade alguns dias antes do vestibular. Trabalhar com jornalismo cultural é melhor. Jornalismo político, policial ou econômico? Não sei se conseguiria domar a minha sinceridade em momentos de injustiça flagrante. Esporte é interessante, mas minha infância e aborrecência sedentárias dificultam o brotar e o sustentar da chama da paixão necessária.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

10 abril de 2023

 

10 de abril de 2023

 

E depois de vários meses dolorosos eu descobri a roda: uma lista de textos que vou publicando aos poucos aqui no blog. Nada de esquemas complicados com textos reservas, sites para textos diários, textos vindos de tal e tal livro e bláblá… Nada disso, escrevo um monte de texto antes e aos poucos vou publicando eles. Se comparar com os esquemas anteriores, a nova postura é de uma simplicidade primária e tosca. Mas é o que o blog precisava para torna-se diário. Finalmente conseguirei seguir a regra técnica mais importante dos blogs? Desde 2006 nunca consegui.

Mas perco um certo aspecto jornalístico, mas não muito. Se alguém perguntar uso o Henry David Thoreau em Walden como talismã: as notícias de hoje são iguais às de ontem.

Violência nas Escolas do Brasil

Meus sentimentos às famílias e aos amigos dos atingidos. Dois casos chocantes em menos de dez dias.

– Psicólogos nas escolas.

– Atividades nas escolas durante o fim de semana e mais atividades pedagógicas fora das salas de aula. Excursões, por exemplo.

– Famílias que conversam.

– Clubes.

– Praças nos bairros.

– Atividades nas igrejas e templos.

– Escoteiros.

– Centros de cultura.

– Centros de esportes.

– Centros de profissionalização para jovens.

Note que as receitas acima não são complexas. O que o Brasil faz para torná-las complexas? Falta de diálogo e trabalho em equipe.

O Encantamento de Juca Chaves

Meus sentimentos à família e amigos dele que é um dos principais compositores e intérpretes da música brasileira. Uma vez tive a oportunidade de ir a uma apresentação dele e não fui. Eu sou uma marmota.

A Inteligência Artificial

Tivemos até uma carta aberta internacional com dezenas e dezenas de cientistas e outros intelectuais clamando que cientistas tivessem muito muito cuidado com os estudos sobre inteligência artificial. Não estudei muito o assunto, mas assim superficialmente eu acho que esse medo é bobagem. Ou, pelo menos, exagero. Desemprego? Uai, falaram a mesma coisa sobre o telégrafo, o cinema, o piano com sintetizador, as multinacionais e etc.. A grande virtude do meio de produção capitalismo é justamente essa capacidade de mudança. “Ah, vão colocar a inteligência artificial para controlar a internet, as armas, o trânsito e vai ser o fim do mundo!” Aqui há um detalhe filosófico que eu queria explorar: se a inteligência artificial for mais inteligente que nós isso é uma ameaça aos humanos por quê? Não poderia acontecer de a escolha mais racional ser robôs ajudando humanos? Novamente estamos olhando para a razão e ciência com receio? Se é criação / marca humana a inteligência artificial fatalmente fará m*? O espelho… Curiosamente, essa discussão sobre inteligência artificial aconteceu quase um mês depois d´eu assistir ao ótimo filme Mary Shelley (“Mary Shelley”, 2017, Mary Wollstonecraft Godwin,

Haifaa Al-Mansour, Emma Jensen, Elle Fanning e etc.). Quer dizer, talvez o pessoal do canal de televisão tenha passado o filme por causa desse início da discussão sobre inteligência artificial. Apesar de que não vi o filme no horário nobre (a noite). Foi mais no fim da tarde.

 

21 de junho de 2023

E continua a violência nas escolas no Brasil. É o caso mencionado por mim aqui ontem. O atirador de Cambé (Paraná) foi encontrado morto dentro da cela em um centro de custódia. O crime na escola é recente, chocou o país inteiro e o cara teve oportunidade para na cela cometer autoextermínio? É preciso mencionar que a grande imprensa, até para evitar “contágio ideológico”, cobriu e cobre o caso com o máximo de cuidado e descrição. Hoje de manhã, quando eu estava na rádio comunitária Super Nova FM fazendo o meu programa, visitei o portal da UOL; e, ao mesmo tempo que o próprio portal anunciava que a notícia mais lida era o fato do atirador ser encontrado morto na cela, a notícia não era manchete e na verdade eu nem a encontrei.

terça-feira, 20 de junho de 2023

Viva Evinha!


 

Eu gosto muito muito da cantora Evinha ( Eva Correia José Maria ). Sempre escuto suas músicas. Vocês conhecem e gostam também? Evinha pode ser ouvida por aqui na Apple Music ( https://music.apple.com/us/artist/evinha/122126904 ) e também no Spotify ( https://open.spotify.com/intl-pt/artist/6cnJ8gP9R3JEh5mCCvOwz3 ). Mas se puderem comprem os CDs também.

segunda-feira, 19 de junho de 2023

O Ladrão de Vento e o meu Senhor do Tempo

 

O Ladrão de Vento e o meu Senhor do Tempo

 

A minha edição de Quarenta Clics em Curitiba (1976) não possui as fotografias realizadas por Jack Pires. Obrigado, Companhia das Letras (Toda Poesia)! Será que o poema do Paulo Leminski acompanhava a fotografia de um mendigo que carregava o vento que roubou de Curitiba? Eu não sei. Eu não sei?

O que eu sei é que aqui em Rio Acima nós temos o Senhor do Tempo. Um jovem portador de sofrimento mental de uns 26 anos que fica andando pra lá e pra cá o dia inteiro e que entra nas lojas e pega os calendários e vai embora. Eu tinha acabado de comprar um relógio para me orientar na loja da família e no primeiro dia ele entra e leva o relógio! Eu tive a oportunidade de pegar o relógio de volta, mas desisti. Ele é o Senhor do Tempo. Eu não compreenderia mesmo o motivo dele precisar dos calendários das outras lojas e do meu relógio. O Senhor do Tempo escreve certo por linhas misteriosas.

 

 

Tempestades no Sul e Tiros na Escola

Agora um pouco de notícia, pois as vezes esqueço que sou formado em jornalismo. Por que as escolas brasileiras viraram alvos de tanto ódio? Já as tempestades com ventos tão fortes (mais de dez mortes e dezenas de desabrigados) no sul do Brasil parecem sugerir que as mudanças climáticas que atingem o Brasil estão atingindo alguma regularidade.

 

“Por ocasião de meus 40 anos (30/06/2023).”

É o que escrevi nos livros que comprei hoje. Ao lado da assinatura com a data de hoje e um poeminha criado na hora sobre o livro e o motivo de tê-lo comprado. Começar pelo começo: fazia muito tempo, então fiquei com medo de sentir aquele pânico novamente no ônibus-lotação. Mas foi tranquilo, maravilhosamente tranquilo. Leve, leve, love, leve. A primeira e única vez que tive a crise de ansiedade foi traumático. Assim, externamente foi um cara (eu) saindo do ônibus apenas. Internamente foi o começo da transformação do ano de 2017 naquele ano que partiria minha vida ao meio tanto quanto 2000 ou 1983. Foi muito violento e a mente da gente e nosso emocional, sei lá... Mas foi tudo bem. Posso ficar feliz e me achando corajoso?

Era para eu comprar roupa e um celular novo. O celular novo eu não consegui comprar por causa de um detalhe técnico, mas um tênis eu consegui comprar. O vendedor simpático foi esperto e me empurrou umas seis meias. Mas eu precisava mesmo de meias novas. O tênis é de fabricação brasileira e meio leve o que me deixou, depois depois de comprar, desconfiado e angustiado. Mas acho que fiz uma boa compra. A verdade é que eu não tenho experiência em comprar tênis. Será que vou escorregar no molhado e vou ficar com os pés iguais do Curupira?

Experiência eu tenho mais é em comprar livros. Ah!, nunca tive tanto dinheiro para comprar livro e eu não resisti!: Henriqueta Lisboa, Câmara Cascudo, Gregório de Matos, Chaïm Perelman e John Raws. É; não pode ser aquela coisa sexual freudiana de livro ficar apenas na estante para ser lido por causa de algum plano sonhado por mim e que nunca realizo... Vou ter que ler tudo tudo agora agora. Milagres acontecem.

domingo, 18 de junho de 2023

Antes que o ainda nos deixe

 

Antes que o Ainda nos deixe

 

Ainda gememos ou gritamos de dor. Ainda reclamamos. Ainda mudamos pouco ou mesmo tudo em nossas vidas. Quando acontece da vida nos morder. E ela morde com gosto quando nossa carne esta quente e nova. Ainda não estamos na vasilha com água salgada ou embalada dentro do freezer. Quando o ainda nos abandona e, conservados, seguimos agora sem reclamar das mordidas da vida.

E você, leitora ou leitor, já está salgado ou no freezer; ou ainda consegue falar?

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

 

sábado, 10 de junho de 2023

Olhar para Escutar

 

Olhar para Escutar

 

Mais uma vez não sei se o Paulo Leminski está sendo irônico ou se ninguém só aparece aos apressados bobos. Ser um apressado bobo não parece ser algo atraente inteligente. Então acho sim que quando prestamos atenção na existência tudo que aparece para nós é um alguém. Um alguém e não uma coisa.

Essa grande pedra aqui em frente a janela. Se eu prestar a atenção a ela, mas prestar a atenção meeeesmo, não significa que a pedra vai começar a falar comigo. O trem da poesia é metafórico. Pelo menos acho. Pelo menos espero. Sei lá o que uma pedra que sempre esteve em frente à janela de casa e que me conhece desde pequeno diria sobre a minha preguiça e medo!

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

Lições Velhas para Salvar o Amanhã

 

Lições Velhas para Salvar o Amanhã

 

Nós humanos somos injustos e até covardes com os animais e o meio ambiente. O desafio ecológico é um dos desafios mais urgentes nossos, pois temos que imediatamente parar de envenenar todo o planeta Terra.

Acho que isso seria suficiente. Talvez lembrar que sou nascido em 1983, de modo que sou da geração ECO-92: na hora de escovar os dentes abrir a torneira só nas horas importantes para economizar água, escrever redações sobre o Mico-Leão-Dourado e os perigos da extinção, ter medo da chuva ácida, querer salvar a camada de ozônio… Eu lembro disso, lembro bem. As lições ficaram confusas e a memória misturou tudo ao seu modo e a nossa economia na hora de agir de acordo com as lições… ; mas o coração da lição eu entendi. Se bem que eu não sei se conseguimos salvar o Mico Leão Dourado. Acho que sim. Espero que sim.

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

8 de junho de 2023

 

Praça da Liberdade, 2004, Belo Horizonte. Foi um dia em que na aula de fotografia, na faculdade de jornalismo, fomos para a Praça da Liberdade testar nossas habilidades fotográficas.

 

Eu não precisaria assinar esta fotografia, pois a minha bolsa de uma alça aparece ali no canto. (risos) Eu usei tanto essa bolsa de uma alça que ela furou e se estragou. Sempre desorganizado, eu levava coisas demais: cadernos, recortes de jornais e revistas e livros. Acho que também era insegurança esse trem de querer levar tudo sempre perto consigo.

 

A professora de fotografia era a Vera Godoy, uma das figuras humanas mais iluminadas que eu já conheci. Ah, a Vera! Nada de dicas sobre fotografia, o que ficou foram as lições de vida. Assim como me foi no colégio, onde nada lembro das aulas e sim dos comentários dos professores entre as matérias. Vera, Vera! Como provar aqui toda a sua áurea? A preocupação, nas aulas, de contar os bastidores da profissão de jornalismo fotográfico. A prática da ética da profissão. Aquele seu comentário apaixonado contra as armas naquela palestra sobre a votação a respeito do Estatuto do Desarmamento. Aquela vez na fila para assistir o Sebastião Salgado no Palácio das Artes e eu estava com um livro que eu tinha comprado de você e na hora de pagar a entrada no Palácio das Artes era um livro e eu não sabia e você nem esperou eu saber o que estava acontecendo você tirou o livro das minhas mãos e deu para o caixa da bilheteria guardar: carinho, carinho. Vera, Vera! Que você, sua família e amigos tenham uma vida iluminadamente infinita.


domingo, 4 de junho de 2023

Não pode ser a Caçarola

 

Não pode ser a Caçarola

 

Eu tive que perguntar ao Pai dos Burros o que é uma “caçarola”. Tudo bem, pois eu não escolheria mesmo uma panela grande com bordas altas, também equipada com cabo e tampa, para resumir comida quente em uma rua cheia de gente às seis horas no centro da cidade grande. Ao contrário de Paulo Leminski eu escolheria: … … Não sei. Uma só palavra eu não encontrei. Penso n´eu andando feliz pelo centro de Belo Horizonte sob o sol forte do meio dia até meados da tarde. Tantas e tantas vezes por tantos anos… Não sei escolher uma palavra que resuma a minha caçarola particular que cozinhe as minhas andanças pelo centro de Belo Horizonte.

Pessoas.

Chão.

Sujeira.

Sujeira familiar.

Sujeira familiar e querida.

Sujeira familiar querida e quente.

Andar Invisível Gostoso.

Se sentindo o pacote completo: adulto e proletário.

Alegre Ser Igual a Todos Invisível.

Amando a Todos com o meu olhar curioso de primeira vez sempre.

Aquele sanduíche de trinta centímetros, pão nove grãos, frango teriyaki, salada completa e muito molho agridoce. Mais molho agridoce, moça. Ah, o extra é queijo.

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

 

Uma nota sobre as notícias do dia. 31 de maio de 2023. Índios, alunos do ensino fundamental e carros populares.

Ainda tem o Governo Lula confundindo o Governo Maduro com o povo venezuelano. Ainda tem o trem da reforma ministerial que eu não entendi e não gostei, pois parece que prejudica os índios brasileiros e o meio ambiente.

O episódio do marco temporal foi uma das maiores derrotas que os índios brasileiros sofreram nos últimos anos. É bom lembrar, e eu li isso nos textos do Lúcio Flávio Pinto o maior jornalista do Brasil, que as vésperas da Constituição de 1988 o latifúndio predatório temendo o pior aprontou todas e todas naqueles meses de discussão. E olha que, se comparada a outros momentos, a Constituição de 1988 nem foi tão dura assim contra o latifúndio predatório. Perderam os índios naquele 1988 e perderam agora em 2023.

Vi na televisão, naquelas legendas da Globo News (ou foi na CNN Brasil ou Band News?), sobre uma pesquisa terrível a respeito das dificuldades da alfabetização em alunos do ensino fundamental brasileiro. Os anos iniciais da educação formal são justamente o momento mais crítico para a educação brasileira. O que falta escrever? Ah, o populismo de facilitar a venda de carros populares novos. As multinacionais agradecem e a atmosfera e nossos pulmões não. Como o Brasil é escravo das montadoras de automóveis! Olha, o Governo Lula nesse primeiro semestre está muito ruim. É melhor que o Governo Bolsonaro, mas é ruim. Decepção.