sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

William James 25 de 36

 

William James 25 de 36


As experiências infantis, mas também como as pessoas percebem o mundo. Isso para compreender as pessoas. A Valquíria está sempre apressada, como se a Terra para ela girasse mais rápido. Já José é a versão feminina da Pollyanna, personagem de Eleanor H. Porter; sempre otimista e bondoso. Um coração feito, como se dizia antigamente, “a fio e ouro”. Assim ele encara o mundo. Bianca, por outro lado, diante da vida é uma melancolia que não para. A qualquer momento Bianca ainda vai escrever a peça de teatro que o Álvares de Azevedo planejou e não pôde escrever. Nem sempre é uma questão de personalidade o que o berço deu, e sim algo como um óculos existencial.




Livremente inspirado em “William James e a Psicologia da Consciência”, capítulo 6 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).


Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Jorge e uma Amiga


 Jorge e uma amiga. Belo Horizonte, 2011. Jorge foi meu chefe quando eu trabalhava no Sindicato dos Artistas Plásticos de Minas Gerais. A mulher, que eu só vi uma vez, não lembro o nome. Mas lembro que ela era simpática e parte de sua simpatia foi captada na foto.
O trabalho no Sindicato foi mais uma oportunidade ótima que desperdicei. Imaturidade e falta de paz interior. Falta de alguém me dizer o tempo todo que eu era bom e que tudo ia terminar bem. Eu sou mesmo uma marmota.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Rússia e a Susana Malvada

 

Rússia e a Susana Malvada


Três “retratos” sociológicos sobre o Brasil, Estados Unidos e a Rússia em 2000 e 2001. No Brasil é o censo feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; https://www.ibge.gov.br/ ) em 2000; nos Estados Unidos a pesquisa também é de um censo realizado em 2000; e no caso da Rússia é uma pesquisa feita pelo The Christian Sciense Monitor ( https://www.csmonitor.com/ ; eu não conhecia e parece que sim é um trem antigo e respeitável).

Brasil, Rússia e EUA”, de Luiz Felipe de Alencastro (Revista Veja, 23 de maio de 2001).

Agora vamos para alguns pontos que eu acho filosoficamente interessantes. Tudo bem que é um trem antigo (2000-2001), mas para a filosofia isso é um detalhe.


No Brasil.

Casais tendo menos filhos é um fenômeno complexo, com fatores causadores conhecidos e outros surpreendentes. Entre esses últimos temos a influência de novelas de televisão onde também aparecem casais com menos filhos (um ou dois). Achou interessante? Bom, o Luiz recomenda procurar o sociólogo Vilmar Faria.

O crescimento urbano continua, mas o fluxo é menor quanto a distância; ou seja: as cidades menores tiveram um crescimento maior se comparadas ao crescimento das grandes cidades de um mesmo Estado. O que não quer dizer que nas grandes cidades de sempre problemas de sempre, como favelas, não tenham aumentado.


Estados Unidos.

Nos Estados unidos algo surpreendente: os casais estão tendo mais filhos nesse início do século XXI. Coisa incomum entre países ricos e desenvolvidos. Além de mais bebês temos um aumento significativo quanto à expectativa de vida. E mais, nos Estados Unidos o número de habitantes de origem ibero-americano cresceu demais, demais. Bom, isso tudo parece uma notícia boa. Sim, mas o sistema é bruto: a Previdência Social vai precisar aumentar a idade com quem as pessoas se aposentam e vai ser preciso saber se isso não vai gerar tensão étnica entre a geração mais nova (mais especificamente a parte de origem latina católica, a parte negra e asiática) e a geração mais velha aposentada (de origem predominantemente branca, anglo-saxã e protestante). Não conheço os Estados Unidos intimamente, mas sei que lá essas tensões étnicas infelizmente acontecem muito. Não sei como anda a Previdência Social por lá em 2023. Bom, depois de duas décadas algumas coisas devem ter mudado.


Mas a Rússia...

Mas na Rússia o trem é bem bem pior. A Rússia chega ao século XXI com a economia encolhida quase pela metade! E notícias ruins não são solitárias; olhem isso:

Doenças, alcoolismo, desemprego e suicídio atingem todas as casas. Metade dos homens russos morre antes dos 30 anos, e as doenças tornaram estéreis 30% das mulheres em idade de procriar.

Luiz Felipe de Alencastro menciona que o pesquisador Nicholas Eberstadt que fala em tragédia sem precedentes. Assustados? Eu também fiquei. Mas o sabemos sobre a Rússia de séculos passados, de 2000 e mesmo agora em 2023? Eu sei muito pouco. No Canal Arte1 ( https://canalarte1.com.br/ ) as vezes reprisa um documentário sobre Leão Tolstói e eu já assisti a alguns trechos dele: mas ali é algumas grandes cidades me parecendo “normais europeias” e algumas cidades no campo também parecendo “normais europeias”. Mesmo a pobreza discretamente mostrada me pareceu “comum”. Eu sou brasileiro, não é? Tinha aquele grande documentário meio ficção e dividido em diversos episódios sobre Fiodor Dostoievsky. Mas nesse último caso é uma obra de época. O mais “científico” foi um documentário que assisti no canal TV Escola. Não lembro o nome, foi há muito muito tempo. De fato, a Rússia ali me pareceu pobre ali. Mas uma pobreza ligada ao campo, como um país ainda eminentemente rural. A infantilidade de alguns jovens adultos e sonhos de uma Rússia novamente imperialista foi o que me chocou realmente na época. Mas agora por estes dados da The Christian Sciense Monitor ( https://www.csmonitor.com/ ) confesso que fiquei realmente preocupado com a Rússia. Um país tão poderoso doente desse jeito? Talvez isso tenha uma ligação com a política externa russa tão violenta. Hum...


De 2001 para 2023

E como escrevi, notícias ruins não costumam ser solitárias. E o nosso Censo 2023? Eu já fui recenseador do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; https://www.ibge.gov.br/), então tenho um certo carinho pelo Censo. Bom, a jornalista Idiana Tomazelli entrevistou o ex-presidente do IBGE Roberto Olinto; pesquisador e estatístico. E o trem sobre o Censo 2022 é uma catástrofe completa. Uma das heranças tristes do Governo Bolsonaro.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/01/censo-vive-tragedia-absoluta-e-dados-nao-sao-confiaveis-diz-ex-presidente-do-ibge.shtml

Susana estava fora do Brasil uns 20 anos, não tinha experiência e chega demitindo pessoas em cargos chave.

Diminuiu o número de perguntas do questionário.

Diminuiu o orçamento e nem manteve o que já estava previsto.

Aparece a Covid-19, cortam mais ainda o orçamento.

Susana pede demissão. O que era ruim transforma-se num caos.

Caos, caos. Poucos dias de treinamento para os recenseadores.

Atraso no pagamento dos recenseadores. Para não mencionar o problema dos valores do salário. Irritados, muitos pedem demissão. Os administradores tinham um “plano B”?

É normal ter alguma resistência dos entrevistados, mas para isso é que existe as campanhas educativas meses antes dos recenseadores saírem às ruas. Vê se alguém do Governo Bolsonaro lembrou disso?

Vamos ter que fazer um novo Censo? Quase 2,5 bilhões de Reais para nada?

O IBGE ainda não tem uma presidenta ou presidente em janeiro de 2023 desse novo governo.

Caos, caos, nesse Censo 2022. O pessoal simplesmente não acredita nos poucos dados que estão aparecendo, por causa desse caos nos bastidores. Então tem lugar recorrendo à justiça.

Vamos ter que fazer um novo censo depois de três anos atrasado????


Agora vamos filosofar um pouco.

Bah, guri. Se cada cidade grande ou pequena cuidar de seu nariz não precisa desses federais fofoqueiros!

Não é bem assim, pois o Governo Federal precisa ajudar fazendo projetos nacionais. E nem toda cidade pode fazer esses raio-x sociológico. E uma pesquisa nacional é mais imparcial que uma pesquisa feita pelos munícipes, entende? E tem outros motivos que não me ocorrem agora. É importante sim ter censo. Saber como o nosso Brasil está. É importante sim ter censo e senso. A propósito disso, vou reler aquela crônica do Carlos Eduardo Novaes sobre censo e senso. (risos)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Indignado com a Indignação, 2000

 

Indignado com a indignação



Foi um dos meus primeiros momentos de, perdoem a vaidade, intelectual engajado. Embora só tenha ficado em pensamento cujo o conteúdo nem confessar a terceiros eu tenha chegado a fazer. Tinha 17 aninhos; fiquei indignado com a indignação dos mais ricos e esclarecidos que indignaram-se com tantos brasileiros que não sabiam cantar o Hino Nacional Brasileiro.

E por quê deveria saber? O brasileiro existe, a nossa história é comum, o passado é o mesmo para todos, o país Brasil é o mesmo para todos? O Brasil para aqueles brasileiros que não sabiam cantar de cor o Hino Nacional Brasileiro o Brasil é uma polícia que dá medo, hospitais públicos infecciosos, políticos mentirosos, Estado que para na porta da favela e não a sobe, pobreza nas ruas, escolas que não ensinam, falta de futuro, violência nas ruas e um passado que nos faz ver algo vergonhoso no espelho.

Mas do que eu estava falando mesmo?



Ouviram o quê?

Programa mostra que ninguém

sabe cantar o Hino Nacional”

(Revista Veja, 8 de março de 2000. Respeitei a diagramação do título e subtítulo da matéria.).

O programa era da Rede Bandeirantes de Televisão e se chamava Olga Bongiovanni. Até a reportagem eram “300 candidatos” em “três meses”, com ninguém passando no teste de cantar toda a música de Francisco Manuel da Silva e Joaquim Osório Duque Estrada. É curioso perguntar se em 2023 um teste desses teria resultados semelhantes a 2000. Um teste entre os bolsonaristas que estavam em Brasília no dia 8 de janeiros de 2023 e entre os que manifestaram-se a favor da democracia no dia seguinte; 9 de janeiro de 2023.

domingo, 22 de janeiro de 2023

William James 24 de 36

 

William James 24 de 36


Continuamos hipnotizados. Continuamos hipnotizados, mas, pelo menos, agora não estamos sozinhos. Hipnotizados estamos em companhia do Charles T. Tart no ensaio Transpersonal Potentialities od Deep Hypnosis (Journal of Transpersonal Psychology; 1970, “2:27-40”. Eu não sei o que isso significa, mas suspeito que seja: 27 de fevereiro, página 40.).

Ana Maria não existe mais, mas ela está tornando-se outra pessoa. Mas esta outra pessoa que está tomando o lugar de Ana Maria é pode ser. Ana Maria pode ser, pode; ela não é. Ela pode. Ana Maria se identifica agora com o rio pode ser. Um futuro de oportunidades é revelado.

Uau. Caramba. Bom bom, vamos manter-nos com o pé no chão. Enquanto penso nas oportunidades que perdi, vindo do mundo e das flores em mim que não deixei desabrochar.




Livremente inspirado em “William James e a Psicologia da Consciência”, capítulo 6 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).


Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).


Agora uma notinha aldriniana: tentei, mas não consegui descobrir o que significa o “T” em Charles T. Tart. Na busca encontrei um perfil dele aqui https://www.parapsych.org/users/cttart/profile.aspx e também o seu blog https://blog.paradigm-sys.com/ . No blog havia a possibilidade d´eu perguntar o que significa o “T”, mas fiquei com vergonha. A história me lembrou de outro nome misterioso. Não era de um estadunidense e sim de um inglês. John H. Morant vivia em Natal, Rio Grande do Norte, sempre vestido de brim branco e usando um chapéu de palha. Sob o sol forte. Segunda metade do século XIX. Morant gostava de viver ali e ali mesmo morreu. E ninguém descobriu o que significava aquele “H” em seu nome. (Lido em Câmara Cascudo – Um Brasileiro Feliz, de Diógenes da Cunha Lima. Escrituras, São Paulo, 2016, página 154.).

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

William James 23 de 36

 

William James 23 de 36


Hipnose precisa ser mais bem tratada pelos cientistas, embora seja verdade que há mais de um século ela seja área de pesquisa e um método usado regularmente em algumas áreas. Como ajuda durante treinos esportivos (stress, ansiedade; por exemplo) e para combate a dor (artistas diversos, como os que trabalham em espetáculos especialmente desgastante fisicamente). A hipnose precisa ser mais bem tratada pelos cientistas, ela merece ser vista como um instrumento para a exploração da consciência.

Escrevo isso me sentido bobo porque ao mesmo tempo que eu sabia que a hipnose era usada há décadas por profissionais sérios para diversas atividades, também achava que hipnose era aquela coisa caricatural de desenho animado de minha infância. E é incrível o que no livro Teorias da Personalidade é contado sobre o que pessoas hipnotizadas são capazes de realizar.



Livremente inspirado em “William James e a Psicologia da Consciência”, capítulo 6 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).


Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

William James 22 de 36

 

William James 22 de 36


Parece mágica, mas é ciência; ou ciência que vira mágica ou mágica que é científica. Olhem só: você esvazia o pensamento e mantém assim por um tempo; aí então você descobrirá um eu mais amplo do que você estava acostumado.

É um trecho de Edward Carpenter citado no livro Teorias da Personalidade. Como não havia indicação de qual livro o trecho era citado, desconfiei que o autor não era do ramo: psicólogo ou psicanalista. E estava certo, pois fui procurar na internet e descobri que Edward Carpenter era poeta. E mais, Edward também era ativista pelos direitos dos homoafetivos e um dos pilares da criação do socialismo fabiano e do Partido Trabalhista inglês. Uau! Isso que é currículo. Deixa eu conferir se tem livro dele em português. Não tem. Tudo bem. Tudo bem, em vez de ter pensamentos indignados diante da pobreza das editoras brasileiras; eu vou deixar a minha mente quieta para o oceano desconhecido de meu próprio eu mais profundo chegue até mim e me afogue em novos futuros.


Brasil, 16 de janeiro de 2022

Minha mãe não deixou de gostar de Jair Bolsonaro depois do dia 8 de janeiro de 2022. Quando a realidade é como nos livros é mais ou menos assustador?


Livremente inspirado em “William James e a Psicologia da Consciência”, capítulo 6 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).


Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

domingo, 8 de janeiro de 2023

William James 21 de 36

 

William James 21 de 36


A pergunta é simples, mas na maioria das vezes isso significa apenas poucas palavras. Poucas palavras para muito tempo e esforço para a resposta. Resposta muitas vezes que não dura nem cinco anos. Na filosofia, economia, genética e, no caso aqui, na psicologia e psicanálise.

A pergunta é: o que é estar sob controle? Qual o paralelo entre o controle físico e o controle emocional? Onde começa um e termina o outro? Faz sentido, durante o tratamento, informar ao paciente alguma de suas medições fisiológicas potencialmente controláveis? O chamado “biofeedback”?

Acho que o ponto aqui é o velho dilema mente-corpo. O que Descartes e Platão diriam sobre remédios contra depressão e ansiedade? E o que o materialista Hobbes também diria?



BRASIL, 8 de janeiro de 2022

O texto sobre William James é “de arquivo” escrito antes, mas eu precisava falar algo sobre hoje em Brasília.

É inacreditável. Mais uma vez a extrema-direita brasileira mostra os dentes. Nos EUA, no Caso Capitólio, não tivemos muitas manifestações populares de apoio à democracia; mas lá as instituições funcionam e funcionaram rápido ao desafio. Acho que aqui no Brasil vamos ter que ter manifestações populares sim.



Livremente inspirado em “William James e a Psicologia da Consciência”, capítulo 6 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).


Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

sábado, 7 de janeiro de 2023

William James 20 de 36

 

William James 20 de 36


Acho que está na hora de mais uma revisão. A última foi em William James 11 de 36. O texto de apresentação daquela vez ficou bom e vou repeti-lo, aproveito e repito também aquela revisão de William James 1 de 36 a William James 10 de 36. Então lá vamos nós: de 1 a 19.


Depois de 10 publicações, acho que é hora de fazer um resumo do resumo como se estivéssemos dentro de uma apostila fina de fim de ano de supletivo noturno em um lugar periférico de uma cidade pobre. Aliás, eu já estudei em um supletivo assim, voltava de ônibus a noite e por causa da videolocadora que havia ali perto eu me curei do trauma de assistir “O Homem Elefante” (“The Elephant Man”, 1980, John Merrick, David Lynch, Christopher De Vore, Eric Bergren, John Hurt e etc.). Héin? Eu nunca contei essa história?

Mas onde eu estava?


Ame o que tem que ser amado dentro de você e odeie o que tem que ser odiado dentro de você; mas aceite esta balança interna.

Acredite que você quer realizar o projeto.

William James era um autor honesto e humilde.

Um motivo para sermos humilde para com nós mesmos e para as outras pessoas, é lembrar que nós estamos sempre mudando.

A Legião Urbana estava certa quando cantava “disciplina é liberdade”.

A gente já tem a semente para mudar radicalmente para melhor as nossas vidas.

-- “O pessimismo é essencialmente uma doença religiosa.”: William James em The Will to Believe and Other Essays in Popular Philosophy. Nova Iorque e Londres, Longmann, Green and Company, 1896.

Ver a realidade internamente, para sabermos melhor relacionar-nos com outras pessoas.

Queremos segurança do grupo e também a solidão da nossa vitória exclusiva.

Agora podemos voltar à série normalmente.”


Por uma honestidade interna realmente efetiva, pois o querer nunca é isolado. Antes do objeto do desejo o desejo saiu de algum lugar e este lugar você deve iluminar e conhecer bem.

Para treinar a sua vontade diariamente você pode fazer um trem realmente chato.

Somo racionais o suficiente para prestar a atenção na situação de maneira equilibrada e assim não perder a cabeça tão facilmente.

É melhor saber do que não saber. Só evite saber e analisar tanto que você fique preso no gelo da angústia e medo.

No meio do caminho você coloca um rádio, que vai interceptar a mensagem que você envia ao mundo e a mensagem que o mundo envia a você. Quando o seu caráter encontra a vocação. Aí no meio você descobre o seu eu e a partir desta rocha você constrói a sua vida real.

O magistério é a melhor profissão de todas, mas as salas de aula lotadas e a rotina escravizam a mente dos profissionais.

Tem que ser um hábito aprender coisas novas diariamente.

Não é tão difícil assim ficar com um estado alterado de consciência. Cuidado na hora de assistir ao desenho “Pokémon” (“Poketto Monsutâ”, 1997 -?, Junichi Masuda, Ken Sugimori, Satoshi Tajiri e etc.).

- O que você é está mudando tanto quanto o mundo ao seu redor.

Agora podemos voltar à série normalmente.





Senhor José da Silva é um bom pai, marido atencioso e membro ativo da sua comunidade religiosa. E um funcionário exemplar também. Problemas com a lei? Nunca, jamais, muito antes pelo contrário. E as pessoas do seu entorno correspondem, dedicando a ele uma estima realmente rara. Todo fim de semana o senhor José da Silva ia ao estádio de futebol torcer pelo Ferroviária Social Clube Society; o seu percevejo do leste (percevejo é a mascote do time). Quando na torcida o senhor José se transforma, vira um animal selvagem. Palavras ofensivas e expressões agressivas. Fica vermelho, as artérias do coração trabalham até a exaustão, os hormônios ficam desequilibrados; por pouco o nosso José da Silva não se transforma é um cachorro hidrófobo. Mas já bem antes do banho em casa, depois do fim da partida e tendo chegado em casa, ele já está como antes: quase um anjo. Preparado para mais uma segunda-feira. Os amigos e familiares que acompanham o senhor José ao estádio não estranham a sua mudança de comportamento, pois sabem que ele é assim porque gosta muito do Ferroviária Social Clube Society. Além do mais, especulam, essa mudança tão radical deve ser importante para José. Uma forma de descarregar frustrações, energia, sei lá. Talvez seja preciso esses momentos nervosos no estádio para que ele continue anjo em todo resto da semana.

É natural, necessário para o bem-estar, manifestação de um impulso fisiológico inato em nosso cérebro.




Livremente inspirado em “William James e a Psicologia da Consciência”, capítulo 6 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).


Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Para o Mundo

 

Para o Mundo


Já escrevi aqui sobre a lista de autores e livros que por causa do Brasil e do Eduardo Bueno ([História do Brasil (1997, Folha da Manhã e Zero Hora/RBS Jornal. Segunda edição.)], eu quero preciso comprar. Mas isso é por causa do Brasil. Agora vamos para uma lista de sonhos por causa do mundo.



Paidea – A Formação do Homem Grego; de Werner Jaeger. Naturalmente que a beleza vai mais longe que a ciência e a religião, então seria melhor Homero, Ovídio e Eurípedes e outros da família; mas aqui é na não-ficção. No mais vai ter mesmo algumas obras literárias que eu só teria acesso mesmo indiretamente em livros de não-ficção.



Filosofias da ÍndiaHeinrich Zimmer (Obra póstuma, organizada por meio de seleção de textos por ninguém menos que o Joseph Campbell). A cultura indiana, acho que posso dizer, é quase tão divulgada quanto a cultura grega. Acho que posso dizer que vou mais do que simplesmente molhar os pés neste oceano infinito.



Poesia Chinesa Antiga. Tem várias antologias publicadas no Brasil. Não saberia indicar a melhor. Uma edição que seja profissional terá introdução com os dados filosóficos e sociológicos necessários. Se for comprar um livro in loco você folheia o livro e vê se a introdução parece razoável ou se o cara está apenas tentando parecer inteligente. É preciso ter um pouco de malícia para diferenciar. Uma coisa objetiva é se na introdução tiver uma parte sobre a tradução. Seria uma dica objetiva, mas temos o problema de ser um livro traduzido do oriente. Então é claro que teria um trecho sobre as dificuldades da tradução. Ah, sei lá. Você folheia a introdução rapidamente e se no texto a pessoa lamenta, se coloca de forma humilde eu acho que seria suficiente. Tradutor que não sabe o que é angústia, com certeza, não é confiável.



Alguma coisa sobre judeus, muçulmanos e árabes? Eu tenho e comecei a ler, mas depois parei, O Livro das Mil e Uma Noites. Holocausto – A Saga da Família Weiss (“Holocaust”, 1978, Joseph Bottoms, Tovah Feldshuh, Rosemary Harris, James Wood e etc.), que eu assisti quando criança pela Rede Manchete de Televisão. Sei que assisti a todos os episódios na companhia de meu pai e que por causa da série fiz um desenho dramático. O desenho se perdeu, assim como lembranças mais específicas. Eu também li o livro A Trégua, de Primo Levi. Foi há mais ou menos uma década e a lembrança é mais viva, temperada pelo contraste ambiente do livro ambiente de onde fiz a leitura: li o livro no verão, na praia. Gostei muito e pretendo ler mais o Primo Levi. A propósito: assistam assistam assistam assistam ao filme “Primo” (Primo, 2007, Anthony Sher, Richard Wilson e etc.)! Filme maravilhoso na mensagem e na técnica narrativa. Há ainda Humor Judaico – Do Éden ao Divã (seleção, organização e edição por Patricia Finzi, Moacyr Scliar e Eliahu Toker. Editora Shalom, Buenos Aires e São Paulo, 1990.) A edição mais recente deste último livro é de 2017.



Sobre a África eu já tenho em PDF a História Geral da África (Vários Autores, Unesco, 1981). Cadê o link do Domínio Público? Internet lenta e mudança de endereço. Agonia!

Ora, ora… Surpresa boa! Mas vamos começar pelo começo.

A coleção de 8 volumes pode ser downloadada aqui https://ipeafro.org.br/gratuito-historia-geral-da-africa-em-8-volumes-7357-paginas-em-pdf/ ou aqui https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000190257 . Mas vejam só, a história vai ser aumentada! História é vida e humanidade. Estamos em movimento, portanto. https://www.gov.br/mec/pt-br/etnico-racial/noticias-1/historia-geral-da-africa-2013-nono-volume Destaco um trecho da entrevista que Rosilene S. da Costa (Ministério da Educação) realizou com Ilma Fátima de Jesus, Coordenadora-Geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais. É a última pergunta.

Foi a primeira vez que você esteve na África. Qual o sentimento de pisar em solo africano e de participar de alguma forma da elaboração deste tão importante livro?


O sentimento de pisar em solo africano pela primeira vez para quem tem consciência das raízes africanas presentes na vida é de uma emoção imensa, principalmente quando se tem uma trajetória no movimento negro que reivindicou a inserção da História da África e dos negros no Brasil no currículo escolar brasileiro. Eu esperava ansiosamente pelo momento em que teria condições de realizar uma viagem para o continente africano, porém não tinha noção de quando seria e, enfim, esse momento se concretizou para minha felicidade. Sou muito grata pela oportunidade que me foi dada e me sinto imensamente feliz por ter ido à Etiópia, país africano que pesquisei no final dos anos 90 quando cursava o Mestrado em Educação na UFMA. Eu pesquisei a comunidade remanescente de quilombo de São Cristóvão, no município de Viana, Maranhão, estado onde nasci, e que o líder quilombola, Senhor Diomar, informou que os "brancos" da sede do munícipio de Viana se reportavam aos quilombolas daquela comunidade como o povo da Abissínia, hoje Etiópia. Isso fez com que aprofundasse o meu conhecimento sobre aquele país. A emoção também foi grande ao visitar o palácio do imperador da Etiópia, Haile Selassie, conhecido como o que encerra o ciclo de impérios na Etiópia e que participa da criação da Organização da Unidade Africana e tem reconhecida influência sobre o movimento negro, em especial em lideranças do movimento negro como Martin Luther King e Nelson Mandela.

(A entrevista realizada pela Rosilene, feita em 2013, pode ser lida na íntegra aqui: https://www.gov.br/mec/pt-br/etnico-racial/noticias-1/historia-geral-da-africa-2013-nono-volume .).



O trem realmente fica complicado na parte da Oceania. E eu amei amei amei amei tanto tanto Moana – Um Mar de Aventuras (Moana, 2016, Ron Clements, John Musker, Don Hall, Chris Williams, Pamela Ribon, Aaron Kandell,Jordan Kandell e etc.)! Ou a situação não é assim tão complicada?

Coleção Infantil Descubra o Mundo Volume OceaniaMarta Ribon. Primeira edição, 2009. Primeira e única edição.

Brasil e Oceania – Gonsalves Dias. Héin? Pausa. É que o poeta era funcionário do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro e ele tinha que atender um pedido do imperador Dom Pedro II. Daí a monografia, organizada postumamente pelo amigo do poeta Antônio Henriques Leal. Primeira e única edição, 2013. O livro tem 400 página, acho que deve ser encarado como algo mais do que curiosidade de um poeta talentoso que precisava pagar suas contas.

Raga: Uma viagem à oceania, o continente invisívelJ.G.M. de Le Clezio. O ganhador do Nobel de Literatura conta, de forma romanceada, a chegada dos europeus à Oceania. Primeira edição, 2011.

Historia Postal da OceaniaAdeilson Nogueira. Não há tento introdutório na Amazon a respeito do livro. Parece que o livro é parte de uma coleção que apresenta lugares do mundo através de cartões-postais. O que é uma ideia ótima sim. Não tenho certeza se existe edição impressa, ou se só há edição eletrônica do livro.

Notinha técnica: todos esses livros que selecionei sobre a Oceania estão em suas primeiras edições. Tem livro de 2009 e 2011! Ninguém se interessa pela Oceania aqui no Brasil? Tadinha da Oceania! Tudo bem que só olhei pelo site da Amazon, mas mesmo assim… É um detalhe técnico interessante.



E a América e a Europa? Pois é, acho que mesmo a América Central e os países europeus eu conheço bastante. Ah, vocês me entenderam. Agora comprem esses livros para mim! É, você, compre esses livros todos para mim!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Obrigado, Pelé e Edson

 

Obrigado, Pelé


Chamou a atenção o pequeno número de ex-jogadores de futebol e de dirigentes de clubes de futebol no funeral do principal nome do mais popular esporte do mundo. Mas o povo compareceu tornando a fila enorme e o cortejo do caixão pelas ruas de Santos realmente foi emocionante. E os órgão de imprensa também fizeram o seu papel direitinho.

Mas chamou a atenção que os vencedores de 1994 e 2002 tenham sido assim tão distantes, assim como os dirigentes dos clubes. Pelé não era tão querido assim? Era assim tão difícil viajar a Santos? Ah… Não julgar para não ser julgado, mas… Ah… Gratidão é virtude, gratidão é virtude. Mas a mágoa venceu.



Pelé é o Rei do Futebol. Um dos nomes mais populares do século XX, um homem que mudou o mundo sem precisar fazer guerras. Aliás, ele parava guerras quando ia jogar futebol. Os jornais lembraram um ou dois episódios a respeito. Os títulos, os recordes, o homem que ajudou a construir a imagem do Brasil no exterior. Quantos turistas e jornalistas em situação de risco foram salvas pelo “Ah, Brasil? Pelé? Ah, então tudo bem!”? Quando os meus pais quiseram me colocar numa escolinha de futebol na esperança de tornar-me normal, lembro da minha mãe me falando sobre Pelé para me inspirar. Não deu certo, mas lembro do argumento de minha mãe: ele venceu o preconceito e nem precisava tocar na bola pois o time adversário se deslocava todos para marcar mais ele. Diga-se de passagem que são argumentos sofisticados.



Fomos muito injustos com Pelé. Preconceito e inveja. Falou que devemos pensar nas criancinhas e reclamaram que ele estava fazendo política. Falou que era bobo votar em Cacareco, Pelé ou Zico como forma de protesto; e reclamaram que ele estava dizendo que nós brasileiros não sabemos votar. Isso foi, respectivamente, décadas de 1970 e 1980. Agora estamos na primeira metade da década de 1990 e exigimos que seu coração humano seja controlável. Ora…



Eu não diferencio o Pelé do Edson, pois sei a envergadura que todos nós humanos igualmente possuímos. A questão é saber aqui que temos mais a agradecer do que ficar magoado. Obrigado, Edson.

Correção. O gol mil, ocasião em que Pelé menciona a necessidade de que o Brasil cuidasse da infância, foi ainda na década de 1960. A data, histórica, é 19 de novembro de 1969.