Alfred Adler 17 de 17
Eu devia fazer uma revisão
nesta última postagem não é? Sim, então lá vamos nós. Repetindo o resumo das
nove primeiras postagens.
“- Estamos todos integrados,
há uma unidade no estilo de vida do indivíduo mesmo que este pareça irregular,
sentimento de comunidade e a existências de comportamentos atraídos para um
objetivo como a Terra atrai a Lua.
- Ecologia e a psicanálise
de Freud: aproveitar a relação
mãe-filho, os seis primeiros anos de vida são “chave”, como ler as neuroses e
os sonhos. Descartar: os comentários a respeito da libido e o Complexo de
Édipo.
- Sonhamos e seguimos em
direção a estes sonhos. Uma maneira particular de ver o mundo, uma maneira de
agir.
- Mas os sonhos tem que ser
úteis à sociedade, para assim a satisfação individual ser concreta e saudável.
Se a neurose e a falta de sentimento de comunidade forem mais fortes, o
indivíduo lutará pelo sucesso egoísta a qualquer custo e se perderá em
sofrimento e frustrações. E todos sofrerão também.
- Cuidado com a dose,
cuidado com o foco. Nascidos na infância como reação a um mundo adulto e
hostil, os sonhos objetivos de vida devem ser na medida saudável coletivo. Devem
ser acompanhados de realizações concretas e não de uma interpretação irreal da
realidade e do próprio indivíduo.
- Somos mais poderosos e
autônomos do que Freud supunha.
- Não há o que explicar;
apenas o citar já é poderoso o suficiente: o Amor, a Amizade e o Trabalho. Isso
há em sua bússola pessoal, leitores deste blog?
- Na educação infantil,
muito cuidado com as necessidades físicas especiais, a rejeição e a
superproteção. Isso pode atrapalhar muito o desenvolvimento dos indivíduos.
- Em vez de uma vitória em
que o indivíduo se sinta tão bem quanto a comunidade, pode acontecer de o
indivíduo lutar contra a própria sombra numa espiral irreal de egocentrismo
para curar um sentimento antigo de inferioridade.”
Agora um resumo das
postagens seguintes até a última, a de hoje.
- As tarefas da terapia:
identificar o estilo de vida dos pacientes, ajudar os pacientes a se olharem
pelo espelho e fortalecer neles o interesse social.
- É teatro mudo sim. Em
certo momento na terapia os psicólogos não prestam atenção nas palavras e sim
na expressão corporal do paciente. O texto que ele expressa por meio do
discurso mudo e eloquente do corpo.
E na hora de voltar às
palavras, que os terapeutas lembre-se que até as mentiras são importantes: nem
elas conseguem disfarçar a originalidade de cada um deles.
- Alfred Adler era um estudioso, mas também um homem de ação.
Preferia fazer discursos, era um grande orador, do que escrever livros usando
palavras e expressões sofisticadas. Aí o pessoal acadêmico torcia o nariz. Lia
e ouvia Adler, aprendia o que tinha
que aprender; mas na hora de dar créditos... Ah, o mundinho acadêmico...
- Memória falha e não lembro
direito como era o adágio romano: o começo é metade do caminho, começar é mais
da metade do trabalho a ser realizado, o começo é... Como o paciente começa o
seu depoimento? Como ele começa a sua história? Qual a primeira lembrança do
paciente? Esse começo para Adler...
No começo podíamos ver todo o panorama da situação do paciente...
- A distância entre o seu
dia a dia e os seus sonhos. As vezes a gente sente-se frustrado, mas nem
percebe o quão infeliz é. É preciso objetividade. É preciso escrever uma lista.
Aliás, listas! Objetivos de vida? Como gostaria que fossem os meus três
próximos anos? Se, agora, tivesse apenas mais seis meses como viveria? Responda
rápido, depois uma pausa de uns dois minutos e continue e depois encontre
pontes entre as listas olhe o seu cotidiano e... E na verdade apenas preste
atenção em seu atual estilo de vida.
- Ajude outras pessoas a
ajudar você ajudando outras pessoas.
Na bibliografia, das 26
obras do e sobre Alfred Adler selecionei 4 obras melhores e uma
curiosidade-ponte-surpresa.
THE
INDIVIDUAL PSYCHOLOGY OF ALFRED
ADLER: A SYSTEMATIC
PRESENTATION IN SELECTIONS FROM HIS WRITINGS; 1961; organizado
por Rowena R. Ansbacher e H. L. Ansbacher; Nova Iorque; Editora
Harper.
SUPERIORITY
AND SOCIAL INTEREST: A COLLECTION OF LATER WRITINGS;
1964; organizado por Rowena R. Ansbacher
e H. L. Ansbacher (de novo!);
Nova Iorque; Editora Viking.
ALFRED
ADLER: A PORTRAIT FROM
LIFE;
1957; Phyllis Bottome; Nova Iorque;
Editora Vanguard.
Agora um livro
curioso-ponte-surpresa:
“TRIBUTES TO ALFRED ADLER ON HIS HUNDREDTH BIRTHDAY”; de Abraham Maslow; texto publicado na
“Journal of Individual Psichology, 26:13”. (Não sei o que significa esse
“26:13”, não tenho intimidade com protocolos acadêmicos, apesar de ter feito
faculdade. Consultando umas fontes aqui, suspeito que “26” seja o número da
publicação. O problema é o “13”. Página? O texto tem uma página? Acho difícil.
Não pode ser o mês. Mistério!).
Mas porque eu quis citar
este texto de Maslow? Ah, você vai
descobrir daqui a alguns dias... Mas antes, vamos conhecer o que as mulheres
querem e viajar ao Oriente...
Livremente inspirado em
“Alfred Adler e a Psicologia Individual”, capítulo 3 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert
Frager (Traduções de Camila Pedral
Sampaio e Sybil Safdié; com a
coordenação de Odette de Godoy Pinheiro,
1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).
Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da
Vida e Os Grandes Pensadores).
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