sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Um Lindo Dia na Vizinhança, 2019

 

Meu primo materno João gostou desta foto. Destaco isso porque não é sempre que o marmota aqui agrada a família. Rio Acima, 2009. A formiga aventureira subiu e subiu e depois voltou. Nem todo mundo sabe quando ir adiante e quando parar e retornar o caminho. Você sabe?




Não contei porque isso seria muito vulgar diante de um evento tão especial, mas assisti ao filme bem mais do que duas vezes; além de assistir a longos trechos quando durante as inúmeras reprises dos canais da Família HBO: “Um Lindo Dia na Vizinhança” (A Beautiful Day in the Neighborhood, 2019, Marielle Heller, Tom Junod, Noah Harpster, Micah Fitzerman-Blue, Chris Cooper e etc.).


Você fica comovido o filme todo, mas há dois momentos em que você derrete-se em lágrimas na chuva do final do primeiro filme Blade Runner e no rio Amazonas e também no oceano Atlântico. Quando o carteiro aparece pela segunda vez e a gente percebe que não é o McFeely e sim do pai do Lloyd; e ele nos diz: “é uma entrega rápida”. E depois no restaurante chinês, quando o Rogers faz uma coisa com o seu olhar que-eu-não-vou-dizer-o-que-é-porque-você-que-me-lê-vai-também-ver-o-filme-da-Marielle-Heller e descobrir.


Por quê eu assisti a este filme tanto assim e o compreendi tão plenamente como se eu mesmo o tivesse feito, do roteiro à digitação dos créditos finais? Tem alguma coisa haver com o filme brasileiro “Lavoura Arcaica” (2001, Simone Spoladore, Luís Fernando Carvalho, Raduan Nassar e etc.) e o meu pai? Por quê eu me considero defeituoso e equivocado na linha de produção do mundo e queria algo bonzinho e perfeitinho? Por quê eu queria chorar? Por quê eu queria sair daqui onde estou e pular na televisão para morar naquela vizinhança?


O filme de Marielle Heller é realmente belo, o que significa que é verdadeiro e também redentor. Porque é isto que a beleza é e faz. Eu me sinto inspirado agora. Obrigado, Marielle e Freddie.


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