Para
o Mundo
Já
escrevi aqui sobre a lista de autores e livros que por causa do
Brasil e do Eduardo Bueno ([História do Brasil (1997,
Folha da Manhã e Zero Hora/RBS Jornal. Segunda edição.)], eu quero
preciso comprar. Mas isso é por causa do Brasil. Agora vamos
para uma lista de sonhos por causa do mundo.
Paidea
– A Formação do Homem Grego; de Werner Jaeger.
Naturalmente que a beleza vai mais longe que a ciência e a religião,
então seria melhor Homero, Ovídio e Eurípedes
e outros da família; mas aqui é na não-ficção. No mais vai ter
mesmo algumas obras literárias que eu só teria acesso mesmo
indiretamente em livros de não-ficção.
Filosofias
da Índia – Heinrich Zimmer (Obra póstuma, organizada
por meio de seleção de textos por ninguém menos que o Joseph
Campbell). A cultura indiana, acho que posso dizer, é quase tão
divulgada quanto a cultura grega. Acho que posso dizer que vou mais
do que simplesmente molhar os pés neste oceano infinito.
Poesia
Chinesa Antiga. Tem várias
antologias publicadas no Brasil. Não saberia indicar a melhor. Uma
edição que seja
profissional terá introdução
com os dados filosóficos e sociológicos necessários. Se
for comprar um livro
in loco você folheia
o livro e vê se a introdução parece razoável ou se
o cara está apenas tentando
parecer inteligente. É preciso ter um pouco de malícia para
diferenciar. Uma coisa objetiva é se na introdução tiver uma parte
sobre a tradução. Seria uma dica objetiva, mas temos o problema de
ser um livro traduzido do oriente. Então é claro que teria um
trecho sobre as dificuldades da tradução. Ah, sei lá. Você
folheia a introdução rapidamente e se no texto a pessoa lamenta, se
coloca de forma humilde eu acho que seria suficiente. Tradutor que
não sabe o que é angústia, com certeza, não é confiável.
Alguma
coisa sobre judeus, muçulmanos e árabes?
Eu tenho e comecei a ler, mas depois parei, O Livro das Mil
e Uma Noites. Holocausto
– A Saga da Família Weiss (“Holocaust”,
1978, Joseph Bottoms,
Tovah Feldshuh,
Rosemary Harris,
James Wood
e etc.), que eu assisti quando criança pela Rede Manchete de
Televisão. Sei que assisti a
todos os episódios na
companhia de meu pai e que
por causa da série fiz um desenho dramático.
O desenho se perdeu, assim como lembranças mais específicas. Eu
também li o livro
A Trégua, de Primo
Levi. Foi
há mais ou menos uma década e a lembrança é mais viva, temperada
pelo contraste ambiente do
livro ambiente de onde fiz a leitura:
li o livro no verão, na praia. Gostei
muito e pretendo ler mais o Primo
Levi. A propósito:
assistam assistam assistam
assistam ao
filme “Primo” (Primo,
2007, Anthony
Sher, Richard
Wilson e etc.)! Filme
maravilhoso na mensagem e na técnica narrativa.
Há ainda Humor Judaico – Do Éden ao Divã (seleção,
organização e edição por Patricia
Finzi, Moacyr
Scliar e Eliahu
Toker. Editora Shalom,
Buenos Aires e São Paulo, 1990.) A
edição mais recente deste último livro é de 2017.
Sobre
a África eu já tenho em PDF a História Geral da África
(Vários Autores, Unesco, 1981). Cadê
o link do Domínio Público? Internet lenta e mudança de endereço.
Agonia!
Ora,
ora… Surpresa boa! Mas vamos começar pelo começo.
A
coleção de 8 volumes pode ser downloadada
aqui
https://ipeafro.org.br/gratuito-historia-geral-da-africa-em-8-volumes-7357-paginas-em-pdf/
ou aqui https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000190257
. Mas vejam só, a história vai ser aumentada! História é vida e
humanidade. Estamos em movimento, portanto.
https://www.gov.br/mec/pt-br/etnico-racial/noticias-1/historia-geral-da-africa-2013-nono-volume
Destaco um trecho da
entrevista que Rosilene S.
da Costa (Ministério da
Educação) realizou com
Ilma Fátima de Jesus,
Coordenadora-Geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais.
É a última pergunta.
“Foi
a primeira vez que você esteve na África. Qual o sentimento de
pisar em solo africano e de participar de alguma forma da elaboração
deste tão importante livro?
O
sentimento de pisar em solo africano pela primeira vez para quem tem
consciência das raízes africanas presentes na vida é de uma emoção
imensa, principalmente quando se tem uma trajetória no movimento
negro que reivindicou a inserção da História da África e dos
negros no Brasil no currículo escolar brasileiro. Eu esperava
ansiosamente pelo momento em que teria condições de realizar uma
viagem para o continente africano, porém não tinha noção de
quando seria e, enfim, esse momento se concretizou para minha
felicidade. Sou muito grata pela oportunidade que me foi dada e me
sinto imensamente feliz por ter ido à Etiópia, país africano que
pesquisei no final dos anos 90 quando cursava o Mestrado em Educação
na UFMA. Eu pesquisei a comunidade remanescente de quilombo de São
Cristóvão, no município de Viana, Maranhão, estado onde nasci, e
que o líder quilombola, Senhor
Diomar, informou que os "brancos" da sede do
munícipio de Viana se reportavam aos quilombolas daquela comunidade
como o povo da Abissínia, hoje Etiópia. Isso fez com que
aprofundasse o meu conhecimento sobre aquele país. A emoção também
foi grande ao visitar o palácio do imperador da Etiópia, Haile
Selassie, conhecido como o que encerra o ciclo de
impérios na Etiópia e que participa da criação da Organização
da Unidade Africana e tem reconhecida influência sobre o movimento
negro, em especial em lideranças do movimento negro como Martin
Luther King e Nelson
Mandela.”
(A
entrevista realizada pela Rosilene,
feita em 2013, pode ser lida na íntegra aqui:
https://www.gov.br/mec/pt-br/etnico-racial/noticias-1/historia-geral-da-africa-2013-nono-volume
.).
O
trem realmente fica
complicado na parte da Oceania. E eu amei amei amei
amei tanto tanto Moana – Um
Mar de Aventuras (Moana,
2016, Ron Clements,
John Musker,
Don Hall,
Chris Williams,
Pamela Ribon,
Aaron Kandell,Jordan
Kandell e
etc.)! Ou a
situação não é assim tão complicada?
Coleção
Infantil Descubra o Mundo Volume Oceania
– Marta Ribon.
Primeira edição, 2009. Primeira
e única edição.
Brasil
e Oceania – Gonsalves
Dias. Héin? Pausa. É
que o poeta era funcionário do Instituto Histórico e Geográfico do
Rio de Janeiro e ele tinha que atender um pedido do imperador Dom
Pedro II. Daí a monografia, organizada postumamente pelo amigo do
poeta Antônio Henriques
Leal. Primeira
e única edição, 2013. O livro tem 400 página, acho que deve ser
encarado como algo mais do que curiosidade de um poeta talentoso que
precisava pagar suas contas.
Raga:
Uma viagem à oceania, o continente invisível
– J.G.M. de Le Clezio.
O ganhador do Nobel de
Literatura conta, de forma romanceada, a chegada dos europeus à
Oceania. Primeira edição, 2011.
Historia
Postal da Oceania – Adeilson
Nogueira. Não há tento
introdutório na Amazon a respeito do livro. Parece que o livro é
parte de uma coleção que apresenta lugares do mundo através de
cartões-postais.
O que é uma ideia ótima sim. Não
tenho certeza se existe edição impressa, ou se só há edição
eletrônica do livro.
Notinha
técnica: todos esses livros que selecionei sobre a Oceania estão em
suas primeiras edições. Tem livro de 2009 e 2011! Ninguém se
interessa pela Oceania aqui no Brasil? Tadinha da Oceania! Tudo bem
que só olhei pelo site da Amazon, mas mesmo assim… É um detalhe
técnico interessante.
E
a América e a Europa? Pois é, acho que mesmo a América Central e
os países europeus eu conheço bastante. Ah, vocês me entenderam.
Agora comprem esses livros para mim! É, você, compre esses livros
todos para mim!