quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

30 de dezembro de 2021

Bom dia, infelizmente a chuva ainda machuca o povo da Bahia e de Minas Gerais. E parece que até metade do próximo janeiro teremos mais chuva.


A minha vovó materna está ruim, mas estabilizada. O hospital é particular e bom, porque ontem fui lá com minha mãe e na hora de pagar por dois quibes... Nossa. Obrigado, Bolsonaro e Guedes!



A escritora Lya Luft ficou encantada hoje. Meus sentimentos à família e amigos. No colégio eu li As Parceiras, o que me deixou profunda impressão; apesar de não ter se tornado um livro inesquecível para mim. Minha história bonita com Lya é outra. Foi quando eu ainda tinha FaceBook. Uma amiga de Facebook era bastante à esquerda e estava reclamando da Revista Veja e das opiniões políticas da Lya Luft. Então eu, para provocar e também fazer justiça cultural, mandei um link de um artigo antigo da Lya onde ela contava uma história belíssima em que ela viveu com o também escritor Caio Fernando Abreu; quando este estava a poucos dias de ficar encantado. É que essa minha amiga era muito fã do Caio. Aliás, eu comprei um livro do Caio por causa dela. O artigo era de mais de 5 anos atrás, mas minha memória sempre foi boa para essas coisas. Minha amiga gostou.



Ontem quem ficou encantado foi o jornalista José Maria Rabelo. José foi um dos maiores jornalistas do Brasil, um dos responsáveis pela sua modernização que começou na segunda metade do século XX. Com ajuda de amigos e colegas, criou o jornal Binômio. Li um livro que continha as principais histórias deste jornal, quando eu estava fazendo faculdade de jornalismo. Havia um exemplar deste livro na biblioteca. Ontem ocorreu procurar algum volume na Amazon e não gostei do que descobri. Enfim, estamos em Minas Gerais e o Brasil não nos conhece muito.


Duas notinhas sobre o jornal Binomio: a dedicatória para o porteiro é maravilhosa e inesquecível. José Maria Rabelo descendo por um elevador, aí o porteiro avisando que os militares acabavam de subir por outro elevador.

" -Corre, Zé Maria!, que os homi tão aí te procurando!"

Por outro lado, a história da Maria Mixuruca é sádica e se eu fosse aquele estadunidense teria dificuldade de levar na esportiva aquela brincadeira. Com coração não se brinca.
Ah, sim; os militares estavam procurando o José porque era a época da Ditadura Militar e isso acontecia muito naqueles anos. Muitos jornalistas sofreram e morreram. Triste.




Escrevi ontem que fiquei encantado por achar em português um texto sobre os paradoxos do Zenão de Eléia. Não falei muito. O texto é do professor Oswaldo Pessoa Jr.
Informações sobre o Oswaldo você pode encontrar clicando aqui: https://opessoa.fflch.usp.br/

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

28 de dezembro de 2021

 

28 de dezembro de 2021


Assim como Adam Smith um dos meus maiores orgulhos é minha biblioteca pessoal. E ela tem muitos livros especiais, mesmo assim os dois principais são fáceis de encontrar em qualquer livraria: O meu pé de laranja lima e O pequeno príncipe; nessa sequência mesmo. Nada em toda literatura para mim vai ultrapassar o trecho do Zezinho, a professora, a Dorotília, as flores e o sonho… dividido. Nada! Nada! Nada! Nada!

Pausa.

Deixe-me levantar-me da cadeira para mais uma vez ler este trecho. Sempre que eu leio este trecho eu choro muito. Sempre. Eu sou tipo aquele cachorro da experiência do Pavlov na hora de ler aquelas palavras do José Mauro de Vasconcelos.

E como O meu pé de laranja lima é uma das obras literárias mais populares do Brasil, o livro me faz sentir mais brasileiro. O Brasil é um país do tamanho de um continente e com uma diversidade interna condizente com este tamanho mais um “fator X”; então então não é assim tão simples sentir-se brasileiro. Não é.



Uma vez, há muitos anos, logo após vencer o momento mais difícil do combate mais uma vez contra um câncer, minha mãe de volta para casa ficou muito nervosa e quase expulsou eu e meu pai de casa. Minha mãe é inteligente, mas é mais ingênua e impulsiva; por outro lado, eu e meu pai somos inteligentes e fracos. Minha mãe é a mais forte da família. Ela faz errado, mas faz. Acho que deu para entender. Acho que acontece comigo e com o meu pai aquilo que o Toninho Gramsci alertou-nos: “que o pessimismo do intelecto não vença o otimismo da vontade”.



Uma vizinha me sugeriu Puc Minas Virtual, mas acho difícil por causa do dinheiro. Mas tenho que conferir direito os preços. Tem o concurso da prefeitura de Rio Acima tanbém. Sobre concurso público tenho uma história triste e outra engraçada.

A triste é quando fiz um concurso público pela primeira vez. Descobri que aprendi exatamente nada no colégio. Levei um choque. Um sincero choque. E como do colégio eu só lembro do sofrimento, o final de tudo é que fiquei com muita raiva e me senti traído. A segunda história envolvendo concurso público é engraçada. Eu passei no concurso, mas o serviço era temporário e eu tinha que trabalhar mesmo. Quando fui recenseador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Isso me lembra o meu currículo no Likedin... Ah!

E por falar em chuva deixa eu olhar para além do meu umbigo infantil.



As chuvas do sul da Bahia e norte de Minas parece que estão indo mais ao sul de Minas Gerais. As imagens da Bahia são assustadores e no jornal local hoje (MGTV Primeira Edição, Rede Globo Minas) foi feito uma previsão medonha para Ouro Preto nos próximos dias. Sinistro. Um país em que as cidades ficam com medo quando chove muito.

Uma notinha: a capital de Belo Horizonte continua sem metrô. É para todo mundo comprar carro...


Agora vamos fazer uma viagem mais rápido. Tenho que dormir cedo. Visitar minha vovó materna amanhã.

Eu assino o canal da Agência France Presse no YouTube. Recomendo muito. Vídeos curtos, sem tempo para opinião fora de hora ou informação supérflua. Na medida. O trem é bom. Recomendo. A propósito: incêndios florestais na Argentina. As imagens assustam e quando a gente pensa nas consequências é de perder o sono!

Lúcio Flávio Pinto

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/2021/12/28/patrimonio-dilapidado/

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/2021/12/28/deixe-pra-tras/

No Pará o pessoal surtou e está vendendo terra pública como se fosse garrafinha d'água na praça em dia de domingo! Agora vamos pensar: Brasília, Pará, um município pequeno: imagine todo mundo vendendo tudo privatizando tudo para sustentar uma máquina estatal problemática! E no dia seguinte como vai ser? Enfim, de qualquer forma parece que na história do Pará infelizmente é comum as terras ficarem nas mãos de poucos. E em especial o município de São Félix do Xingu paga tragicamente por ser abençoado pela natureza e não pelo humano egoísta.

Humildade, simplicidade e saber escutar o outro. Imitação de Cristo, mas também de Confúcio e de Sócrates. Para ficar na área da ética.Eu preciso conhecer esta revista chamada Matéria Prima. Deixo o endereço para você conhecer junto comigo: https://revistamateriaprima.com.br/


Agora vamos para a minha lista de sites.

ABREA – Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto

A OMS (Organização Mundial de Saúde) é esperta e não quer saber de morar em prédio com amianto.

O site deles está meio doido ou é o meu navegador? Estou olhando as coisas superficialmente e mesmo assim está difícil. Mas vamos continuar. É um bom combate.

Juíza Rosa disse que vai olhar com atenção a questão do amianto.

Tem navio português famoso aí com muito amianto e os compradores do navio parece que não estão levando a sério isso.

Menos telhas produzidas com amianto, finalmente! É um começo.



Agora vamos para as minhas Minas Gerais.

Jornal O Tempo

https://www.otempo.com.br/

Quem vive à beira da avenida Teresa Cristina (Belo Horizonte) não vai conseguir dormir por medo da chuva. Chama a atenção os ventos fortes. Prefeitura de Belo Horizonte deu um “beijinho” para as empresas de ônibus. Curioso, pois até pouco tempo o clima tava pesado.

Saindo da primeira página e indo na parte cultural. Nada a destacar. Clima triste com uma das notícias.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

27 de dezembro de 2021

 

27 de dezembro de 2021


Bom dia.


Dos meus quatro, só sobrou ela. A vovó materna, do lado materno. E ela é, do ponto de vista saudável e nem tanto, uma verdadeira matriarca. Ela está ruim. Ruim como nunca antes. Minha mãe está desesperada, o que para os padrões normais dela é muito. Isso é muito mesmo. Acreditem em mim.


Sou desorganizado, sempre fui. Uma coisa curiosa em ser desorganizado é que isso faz, entre muitas outras coisas, você querer que seu quarto fique maior que o universo infinito. Porque eu fico espalhando as coisas. Uma bagunça.

Eu dei de presente, há muitos e muitos anos atrás, para a empregada doméstica de minha vovó paterna o livro “A gangue e o 5S” (Wagner Matias de Andrade) {{{1}}}. Eu desorganizado, tentei ajudar a filha da Senhora Maria. {{{2}}} É que ela me contou que a filha tinha acabado de entrar em alguma faculdade. Uma nova fase de sua vida.

Foi na época que eu passava a semana na casa de meus avós paternos por causa dos meus estudos na faculdade de jornalismo (2002-2006). Depois o casal ficou encantado, a casa foi vendida, uma ferida entre irmãos surgiu e não cicatrizou completamente e etc. Não sei como a Senhora Maria e sua filha estão hoje (2021).

Eu gostava de conversar com essa Senhora Maria. Eu contei uma das histórias que minha mãe me contava quando criança. A história do padre e do gato mortal. Era uma vez um gato trancado muito muuuuito tempo numa sala, aí o pobre padre foi abrir a sala e o gato furioso foi direto no pescoço… Bom, não é que a Senhora Maria conhecia a história?! Pela primeira vez em minha vida alguém conhecia esta história!!!! Essa história deve ser verdadeira, afinal! Outra coisa que a Senhora Maria me contou é que quando eu casar vai chover muito, pois eu tenho o costume de comer na panela em vez de prato. É que sempre fui esfomeado e se tiver panela com farofa então… Em se acreditar na Senhora Maria, quando eu casar teremos um dilúvio porque até hoje eu costumo pegar uma das panelas e servir o almoço ou janta nela mesmo…

Mas onde eu estava?


Ah sim, uma nota natalina e triste. O Natal foi na casa de uma tia paterna. E vi, no sábado dia 25 de dezembro de 2021, algo que eu não via há muitos e muitos anos: uma edição impressa do jornal Estado de Minas. Fiquei chocado. Completamente magro, tinha nada. Minha tia: “esse jornal vai acabar morrendo”. Sou medroso e paranoico dado a exageros poéticos, mas assim como o Francisco Kafka vocês também podem confiar em mim. Eu realmente fiquei chocado e tinha motivo para ficar chocado.

- Mas você não achava e acha medíocre o que lê na página deles na internet?

- Sim, mas… Quer dizer, a versão imprensa é nobre… Internet é para apressados…

- Internet é coisa séria há bastante tempo, mon ami… Um paralelo inquestionável…

- Mas… Caramba… Eu realmente fiquei assustado com o tamanho daquela edição…

E os outros jornais? Vou olhar isso quando for a Belo Horizonte. Porque aqui em Rio Acima não há bancas de jornal e revista. Hum…

- Parabéns, Sherlock…



Lúcio Flávio Pinto

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/2021/12/27/memoria-bastidores-do-conflito-de-santarem/

Em um local distante, ou nem tanto, aquilo que seria o futuro sombrio para o Brasil daqui há alguns dias acaba se revelando mais cedo. É uma lição: prestar a atenção no poder central em atuação em lugares distantes…



Jornal Estado de Minas

https://www.em.com.br/

Destaques da primeira página: congestionamento nas estradas, governador reclamando que não tem dinheiro e o filhote de gorila que morreu em um acidente. Na listinha ao lado onde estão notícias mais acessadas, temos como destaque notícias sobre Covid-19. Agora vamos para a parte cultural.

Destaques da página cultural: a saúde do Caetano Veloso e a briga entre dois funcionários da Rede Globo de Televisão. E na listinha ao lado onde estão notícias mais acessadas temos próximo do primeiro lugar o horóscopo do dia. Eu prefiro destacar a compositora e cantora Josy.Anne. Estrela nova querendo brilhar. Tomara que consiga. Outra estrela nova querendo brilhar é a Clarissa Menicucci. Mas aqui não é música, é literatura.

Pausa.

Tinha dúvida, vou ter que conferir. Por favor, esperem um pouco. Vou espiar na sala. Ah, minha mãe até fechou um pouco a porta. Minha mãe está conversando com uma de suas irmãs. Ela não está chorando.

Voltamos.

O nome do livro da Clarissa é Contos de fuga.

Agora mais mulheres. Mas desta vez são estrelas que já brilham. Não há muito tempo, é verdade; mas já brilham. Eu não sabia da existência delas porque o céu delas não é frequentado por mim: duas violoncelistas chamadas Ana Paula Rocha e Talitha Marinho.

Na verdade eu já assisti a um concerto de música de câmara. Foi no Palácio das Artes em Belo Horizonte há muitos anos atrás. Acho que durante a época da faculdade. Hum, acho que preciso voltar a estudar… Onde eu estava? É que ia tocar músicas do Gaetano Donizetti e eu estava obcecado pela versão deAbertura” de Don Pasquale feita pelo argentino Waldo de los Rios. Descontando a minha mente e sensibilidade sui generis, quantas quantas quantas quantas vezes eu coloquei aquele LP para tocar esta música em sequência? Não sei como a agulha não furou o disco. Milagre! Por Júpiter! Pelo sorriso da Kalki Koechlin!

Mas onde eu estava? Vou seguir aquela lista de sites que eu fiz. Eu acho que ainda estou no Mato Grosso do Sul.


Jornal A Crítica (de Campo Grande)

https://www.acritica.net/

Destaques da primeira página: Anvisa, Campo Grande é uma cidade com muitas mulheres trabalhando como empregadas domésticas, Covid-19, ataque hacker contra o Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) e um desentendimento entre o banco Bradesco e o Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste (líder ruralista chamando propaganda ecológica de “mentirosa” e pedindo boicote contra o banco; o trem ali foi feio e o Bradesco cedeu em pouco tempo).

Pausa.

Leitora e leitor, essa última notícia é interessante. Se eu fosse um autor mais experiente eu conseguiria fazer uma interpretação sobre o que é o Brasil a partir dela.

Agora vamos para a parte cultural.

https://www.acritica.net/editorias/cultura/

Renascimentos: sítio arqueológico de Unaí e a cidade criada por Henry Ford na Amazônia vai virar museu. E Campos do Jordão vai ter o seu primeiro festival de verão. Já o governador da Bahia anda receoso quanto ao carnaval ano que vem. Morre o artista que criou o personagem He-Man e… E… Pausa: cadê as notícias culturais sobre Mato Grosso do Sul?



Notas

{{{1}}} Uma vez conversei rapidamente com o Wagner Matias de Andrade no Facebook. Chique, não é? O trem foi breve. Ele foi simpático. Tudo de bom para ele! Acho que você pode gostar do site: https://solucoes-criativas.com.br/author/wagner5s/


{{{2}}} – A senhora acha que…

- “Senhora” não! Que senhora tá no céu!…

Meus tempos de repórter na faculdade de jornalismo…

Ocorre que não gosto de “dona Maria” e “seu João”. Você falaria/trataria assim diante uma pessoa rica? Não. É “senhora” e “senhor” para todo mundo. É educado. É educado. É educado. É educado.

- Mas e se a pessoa…

- Não!

- Caramba…

- …

- Sabemos conversar…

- Cala a boca, Freud!

- Isso é marxismo cultural…

- Já falei para calar a boca, Freud!

domingo, 26 de dezembro de 2021

Quem não tem Beto, caça com Norberto

 O sul da Bahia ainda está sofrendo muito. Mortes, casas destruídas. Dependendo do referencial, podemos dizer que em dias choveu o que se costumava chover em um ano!
Desmond Tutu ficou encantado e agora todos estão lamentando o que aconteceu. Mas também estão lembrando o seu exemplo e suas palavras sobre perdão.




Nem terminei de ler os livros que comprei pela internet, mas já visito o mesmo site sonhando com outros livros e livros... E autores.

De repente ocorreu-me o nome do guru do Diogo Mainardi: o Norberto Bobbio {{{1}}}. Bobbio é um dos autores mais respeitados da teoria política. Nome obrigatório. Um esquerdista tão inteligente que os direitistas brasileiros nem ousam citar o seu nome para dizer, por exemplo, que ele "está ultrapassado e vamos mudar de assunto e sair de fininho e blábláblá...". Por outro lado, também não vejo muitos esquerdistas citando ele... Mas deixa pra lá... Onde eu estava?
Um dos livros do Bobbio que eu encontrei foi "Nem com Marx, nem contra Marx". Uma antologia de textos do Bobbio sobre Marx organizado pelo Carlo Violi
Ai me lembrei que "Marxism, For and Against" (1983), do Robert L. Heilbroner nunca foi traduzido para o português. Robert, para quem não sabe, escreveu um clássico da divulgação científica "The Wordly Philosophers". Uma sereia para dezenas e dezenas de corações valentes que resolveram estudar economia por causa do livro. No Brasil o livro recebeu o título de "A história do pensamento econômico" e teve tradução de Therezinha M. Deutsch e Sylvio Deutsch. E consultoria do Paulo Sandroni.

Pausa.

Eu já li vi essa “Therezinha M. Deutsch em algum outro livro por aí... Ela deve ser uma tradutora importante. Eu acho até que o fato dela assinar como “Therezinha” é indicativo de seu talento. Sei lá, acho que em se tratando de algo tão formal-acadêmico-sério como é a arte da tradução; se alguém usa nome do diminutivo deve ser porque tem muita fé na própria estrela. Ou talvez ela seja exclusivamente uma pessoa legal que pode ser chamada de “Therezinha” sem problema.


Mas onde eu estava?
A editora é a Abril Cultural e minha edição é de 1996. Parte da coleção Os Economistas. Uma coleção, assim como a coleção Os Pensadores, bastante consagrada mas sem tantas reedições.
Pausa.
No Brasil tivemos e temos mais reedições de Os Pensadores do que Os Economistas. Talvez isso signifique alguma coisa, Maria da Conceição Tavares e Freud... Não estabilizamos, crescemos aos solavancos e a parte da distribuição ó… Os alunos de economia, além de sensibilidade, precisam ler mais os clássicos da economia.
Mas onde eu estava?


Oh, sim! Quem não tem Robert, ou Roberto, ou Beto; entende Marx com Norberto.

{{{1}}} Eu colecionava artigos do Diogo Mainardi para a Revista Veja. De 1999 até 2002, ano em que entrei para a faculdade de jornalismo e o ano em que Lula foi eleito presidente pela primeira vez. Em retrospectiva, é irônico que eu não tenha acompanhado de perto quando justamente Diogo Mainardi tenha ficado tão famoso e poderoso. De qualquer forma, nem sei se ele mantém a mesma opinião, mas lembro bem um dia ele sugerir o Bobbio como guru para as leitoras e leitores dele.

sábado, 25 de dezembro de 2021

Um desejo e um filme

Desejo a todos um feliz Natal. Daqui a pouco é 2022, então desejo também um feliz ano novo.


Assisti a um filme muito bom recentemente, fazia tempo que eu não assistia a um filme muito bom. “Mr. Jones” (Mr. Jones, 1993, Lena Olin, Richard Gere, Eric Roth, Michael Cristofer, Mije Figgis e equipe.). O final é feliz, pois o Amor vence. Uma notinha: um dos atores é o Tom Irwin e agora na hora de buscar dados técnicos do filme no portal IMDB, descubro a sua foto de perfil lá. (risos) A foto é ótima: ele fazendo a barba ao mesmo tempo em que parece que ele está sendo atingido pela beleza de alguma música muito muito muito muuuuito especial.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

17 de dezembro de 2021

Dormir mais cedo para conseguir ler na cama. Ler na cama é um prazer. Ler é sempre conhecer alguém, conhecer um universo e também viajar por meio de um tapete voador em uma noite árabe. Fazer isso durante o dia é bom, mas fazer isso debaixo do corredor à noitinha é um pouquinho mais especial.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

16 de dezembro de 2021

 

16 de dezembro de 2021


Meu pai continua ruim, mas ainda não precisamos ir ao hospital. Talvez amanhã. De manhã aqui em casa foi bem pesadelo.

Hoje a postagem vai ser bem mais curta. Quero ficar menos no computador e mais nos livros. Vou telefonar para uma prima materna hoje.


Lúcio Flávio Pinto

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/2021/12/16/incendios-urbanos/


O maior jornalista do Brasil sofreu um ataque. É a violência urbana. Gosto muito do Lúcio, apesar de não ter traduzido/sublimado isso em um “Jornal Pessoal” à minha maneira. Pelo menos não ainda. Preciso ir lá no seu site e deixar algum comentário, mas por gostar de ler e escrever a consciência dói mais quando tenho que usar palavras quando palavras não são poderosas o suficiente.


Jornal Estado de Minas (16 de dezembro de 2021)

https://www.em.com.br/

https://www.em.com.br/cultura/

Destaques da primeira página: vacinação contra a Covid-19 para crianças; glorioso Clube Atlético Mineiro; e um bar que divulgou a sua lista de clientes que esqueceram de pagar.

Destaques na área cultural: horóscopo do dia; bell hooks ficou encantada recentemente então o pessoal está lembrando de seu exemplo e mensagem de seus livros; dois selos de artistas movimentam a cena cultural brasileira: Radio Vozes e A Quadrilha, eu nem sei direito para que serve um “selo”, mas parece que ajuda a organizar e apresentar melhor artistas novos; e o Brasil e o seu presidente aparecem tristemente no documentário francês “Democracia manipulada” (2021, Arte France, Capa Presse e etc.) [não preciso dar mais detalhes].


Portal do governo do Mato Grosso do Sul (16 de dezembro de 2021)

http://www.ms.gov.br/ (Site não seguro segundo o meu navegador Chrome)


O Reinaldo diz que vai terminar o governo com as contas em dia “em respeito à população”. Ok, então. Alunos da Escola Estadual Fernando Corrêa foram premiados na Feira de Ciências e Tecnologia do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul em seus diversos projetos. Na fotografia vejo aquele que parece ser o professor das equipes usando uma camisa negra antifascista. Não há muitos detalhes na legenda da foto. Parabéns a todos. Bom, aparentemente no total são quase 14 mil hectares preservados para proteger os rios da Prata e Formoso. Hum… Vamos ver… E continua a reforma da Casa do Artesão, em Campo Grande. Nessas coisas de revitalização, é bom lembrar que as vezes o salvamento de uma casa “apenas” pode salvar uma cidade inteira.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

14 e 15 de dezembro de 2021

 

14 e 15 de dezembro de 2021


É um corredor cujo o final está o banheiro. Para chegar ao corredor você precisa fazer uma curva fechada, onde uma estante desce do teto e fica logo acima à janela que está exatamente do lado oposto ao banheiro daquele corredor. Falei em “curva fechada” na hora de entrar no corredor, mas a chance de bater a cabeça na quina da estante que desce do teto é razoavelmente pequena. Bom, é esse o cenário.

Uma vez, entre tantas, eu entrei no corredor e estava longe da entrada. De repente olho para trás e percebo que justamente na ponta da estante que desce do teto, bem no meio da curva para entrar no corredor, há dois morcegos. Como não trombei neles? Como eles não se assustaram comigo e me atacaram e eu não morri?

Eram dois. Grandes mesmo. Um era maior do que o outro. Como mamíferos imagino que, neste caso, o maior seja o macho. Eles me olhavam um pouco, e quase abriam as asas; mas ficavam quietos. Absolutamente quietos. Realmente estavam nem aí para mim e meu sofrimento e minha angústia.

Sentei na privada e fique olhando para eles só imaginando as piores hipóteses para mim. Hidrofobia, pois a hipótese de virar um vampiro ou Batman não me ocorreu. Sou bem beeeem xarope, mas também eu não chego a tanto. Fiquei com medo e o medo e o tempo transcorrido não podem ser traduzidos em palavras aqui. Pensei em engatinhar, mas acabei escolhendo um rodo com pano de chão. A parte de baixo do rodo com pano ficou bem na frente de meu rosto e usei isso como escudo para poder passar pelo casal. Passei e foi tudo bem. Tudo tão bem a ponto de ser um anticlímax. Aquele casal de morcegos realmente não estava preocupado comigo.


Jornal Hoje em Dia (14 de dezembro de 2021)

https://www.hojeemdia.com.br/

https://www.hojeemdia.com.br/almanaque


Destaques da primeira página: aumenta a ocupação de leitos com pacientes contaminados pela covid-19, torcedores de um time de futebol são ameaçados por torcedores de outro time de futebol e o trem de Minas a Vitória ganha novos recursos tecnológicos. Achei interessante de verdade uma reportagem sobre uma blogueira que fez aniversário e ninguém apareceu. Ela ficou triste e até chorou, mas agora disse que está se sentindo melhor.

Destaques na área cultural: Mostra Udigrudi Mundial de Animação (Mumia) gratuito até domingo (parabéns Sávio Leite e equipe), o Festival Indie de Cinema chega ao vigésimo aniversário ainda respirando e vai apostar em exibições no cinema Belas Artes (parabéns Daniela Azzi e equipe, vocês são campeões da cultura mineira e brasileira).

Tenho boas lembranças aqui.

Eu participei de uma oficina de animação aqui em Rio Acima. Conheci gente legal, mas depois perdi contato com eles. Mas influenciei bem o filme de animação que nós da equipe fizemos. Eu nunca tinha sido ouvido tanto e no último dia de aula eu voltei a pé para casa chorando forte sem parar pensando que nunca mais eu teria uma experiência semelhante. O que de fato ocorreu. Mas algumas coisas aprendi. Por exemplo, fiquei sabendo nas aulas que no Canadá o pessoal entende muito de animação.

Sobre o Festival Indie de Cinema a memória afetiva também é poderosa. Eu já participei muito deste festival. Mas o momento imortal foi mesmo a minha primeira vez. Filas que duravam horas, sentar no chão do cinema porque todo mundo queria assistir “Cidade dos sonhos” (Mulholland Dr., 2001, Naomi Watts, Laura Harring, David Lynch e etc.) na última sessão do último dia, um amigo motoqueiro que deixava eu furar fila quando coincidia dele e eu escolher o mesmo filme para assistir, o cara que parecia o Sérgio Mallandro que estava na fila há horas e justo quando ele resolveu sair a fila encheu de gente na hora dele retornar, a mulher com pernas bonitas, as mulheres que se beijavam, eu escolhendo os filmes com as histórias mais estranhas ( sempre histórias de Amor com os personagens mais desajustados que você puder imaginar; o meu enredo favorito) e etc. Etc….


15 de dezembro

Meu pai voltou a sentir dores intensas na perna. O pesadelo de meses atrás voltou? Cadeira de rodas, hospital e tudo?

Eu coloquei uma planta bonita no sol; era tão óbvio o local e não consigo imaginar como não pensei antes. Gosto desta planta porque uma vez cismei de cuidar dela e ela me deu flores vermelhas. Mas depois esqueci dela e ela ficou ruim.

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

13 e 14 de dezembro de 2021

13 e 14 de dezembro de 2021


Um diploma de faculdade não é mais suficiente, é preciso pós, MBA, mestrado, doutorado e etc. Etc… O trem hoje é mais sinistro: durante o colégio pensar na faculdade, nas disciplinas, no mercado de trabalho, no mestrado, na aposentadoria, as etapas da vida que antes eram bem separadas agora tudo se misturou e ficou mais complexo… E quando a coitada e o coitado não sabe que carreira quer seguir? Difícil ser adolescente. O empregado do futuro/presente precisa ser: entusiasmado, feliz, aberto a mudanças, criativos, tomar decisões rápidas e corretas, realizador, que obedeça ao mesmo tempo que sugira, que desobedeça quando conhecer alternativa melhor, que quando preciso possa trabalhar em casa, tenha competência profissional, queira aprender, capacidade de empreender e só.

(Inspirado no Guia das profissões, da Barsa Planeta).


Lúcio Flávio Pinto

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/2021/12/12/uma-economia-no-atoleiro/

Bolsonaro e Guedes estão confiantes, mas o povo está mal. Recessão, um dos países que estão crescendo menos no mundo, deixaram o Real desvalorizar-se, perda de renda das famílias, a inflação, desemprego que continua alto, a perspectiva que pouco investimento por parte do setor privado, o medo de 2022 ser ainda pior…

Na rádio Itatiaia, apoiadora de Bolsonaro, a comentarista de economia se vê obrigada a ficar falando sobre o cenário externo dramático e ela só fala do Brasil, e ainda assim rapidamente, apenas no final de seu comentário. Efeito psicológico: temos a impressão que ela falou sobre o Brasil prioritariamente. Ela também lembrava do cenário complicado da economia mundial na época do segundo mandato da Dilma? Pois é… Na linguagem técnica da economia o nome é vício ricardiano”. Referência ao economista David Ricardo que, com simplificação e objetividade geniais, ajudou a transformar a economia em ciência. Ocorre que, num cenário econômico cada vez mais globalizado e complicado, simplificar demais e ver apenas os números que interessam torna-se uma tentação poderosa. É o “vício ricardiano”.



Jornal Estado de Minas (13 de dezembro de 2021)

https://www.em.com.br/

https://www.em.com.br/cultura/


Os destaques: variante do Corona Vírus, a cidade de Pedro Leopoldo parece que se livrou de uma ameaça ambiental e rapper dá a sua versão sobre uma briga durante um jogo de futebol.

Destaques na cultura: tudo estrangeiro (mas pelo menos desta vez não tem horóscopo como assunto em destaque e mais buscado pelos leitores): atriz que gostava de trabalhar nos filmes do Pedro Almodóvar fica encantada e os indicados ao prêmio Globo de Ouro edição 2022. No meu tempo de faculdade o Pedro Almodóvar era bastante popular um cineasta popular: um amigo carequinha (como eu sou agora, por sinal), e que gostava daquelas plantas bonsais, me emprestou um livro de autoria do Pedro; e uma garota, que eu era apaixonado, também gostava muito do cineasta espanhol. Eu pessoalmente não gosto muito. Quer dizer, assisti e achei interessante o carinho com que Pedro Almodóvar trata os seus personagens. Mas não me interessei muito. Até mesmo porque não há muita oportunidade de assistir aos filmes dele. Deixei, desde a época da faculdade, de frequentar eventos culturais e eu nunca vi um filme do Pedro Almodóvar passar na televisão. Mas onde eu estava?

O Fórum das Letras discute nesta semana o exercício da crítica literária. O time é de respeito: Fábio Lucas, Davi Arrigucci, Flora Süssekind (parece que a Casa Rui Barbosa está sofrendo muito), José Almino, Júlio Castañon, Beatriz Rezende… Também temos publicações literárias importantes: Jornal Rascunho (Curitiba), Suplemento Pernambuco (Pernambuco, pois acredito que qualquer pessoa em qualquer lugar no mundo tem o direito de escolher este nome bonito) e 451 (de São Paulo). Parabéns a Guiomar de Grammont, Mônica Gama e Universidade Federal de Ouro Preto pelo Fórum das Letras. Acho difícil acompanhar os eventos pelo canal deles no YouTube no dia, talvez depois quando o arquivo de vídeo estiver completo. Discussões interessantes.


Jornal O Tempo (14 de dezembro de 2021)

https://www.otempo.com.br/


Destaques da primeira página: estamos em 2021 e ainda não sabemos como nos comportar diante da chuva: 21 cidades mineiras estão em “estado de emergência”. A situação é mais complicada e mortal no sul da Bahia. O Brasil é mesmo um país pobre. Talvez o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em 2022 seja mais barato para Minas Gerais, mas é preciso uma votação até essa semana. Fim dos destaques. Agora vamos à parte cultural, onde sinto mais facilidade para respirar e mergulhar.

Cadê a parte cultural? (risos) Tive que digitar “cultura” na parte de busca do site. Por quê? Bom, deixa pra lá. Achei duas matérias interessantes.

A despedida da casa de show e espaço cultural Matriz vai ser triste, mas também bonito. Coisas vão acontecer no espaço cultural da Casa do Jornalista. Matriz foi um local importante para a cultura de Belo Horizonte, aquela parte da cultura “subterrânea” que não é acompanhada pela grande imprensa. Apesar de muitos nomes do mainstream também terem se apresentado na Matriz. Eu só estive lá duas vezes. Achei muito escuro. Tenho que ser mais sociável.

Vai começar, nesta segunda, o Festival SENSACIONAL! Até esta mesma quarta-feira. Cultura rap, conversas, “living paintings” e etc. Este é o endereço do canal deles no YouTube: https://www.youtube.com/user/festivalsensacional Onde é possível acompanhar os eventos.


Estou ainda devendo a história do casal de morcegos na biblioteca comunitária.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

13 de dezembro de 2021

13 de dezembro de 2021


Alguém pode achar exagerado o tom de Belle Époque: muy libre, muy difícil; mas que fique registrado que no dia da publicação duas horas depois eu fiquei com sono. Fortemente e subitamente, como se minha pressão ou se minha glicose tivesse ficado doidinha doidinha. O lado emocional do trem realmente foi pesado.


O glorioso Clube Atlético Mineiro tornou-se bicampeão brasileiro. Meu pai ficou feliz, mas não tanto como eu esperava.


Hoje (11 de dezembro) vendi uma peça na loja de artesanato. A máquina de cartão não funcionou, mas a pessoa tinha dinheiro “trocado”.


Não dirijo e tenho medo de altura, então é de bom tom registrar os meus momentos de coragem. Errei o caminho de volta, na hora de sair do posto de saúde onde fui entregar uns exames de minha mãe. Acabei no lugar errado do bairro que nem sei o nome. Dois cachorros grandes avançaram em minha direção. Grandes mesmo. Bravos mesmo. Mantive constante a velocidade de minha caminhada e evitei olhar para os dois. Eles se aproximaram até uns dois metros, mais ou menos, e depois desistiram. Eu sei que cachorros de rua não podem ser muito bravos porque senão eles terminam mal, mas manter o sangue frio ali é motivo sim para eu ficar feliz comigo.

A propósito, eu já contei a história do casal de morcegos na biblioteca comunitária? Fica para a próxima.