quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Para o Mundo

 

Para o Mundo


Já escrevi aqui sobre a lista de autores e livros que por causa do Brasil e do Eduardo Bueno ([História do Brasil (1997, Folha da Manhã e Zero Hora/RBS Jornal. Segunda edição.)], eu quero preciso comprar. Mas isso é por causa do Brasil. Agora vamos para uma lista de sonhos por causa do mundo.



Paidea – A Formação do Homem Grego; de Werner Jaeger. Naturalmente que a beleza vai mais longe que a ciência e a religião, então seria melhor Homero, Ovídio e Eurípedes e outros da família; mas aqui é na não-ficção. No mais vai ter mesmo algumas obras literárias que eu só teria acesso mesmo indiretamente em livros de não-ficção.



Filosofias da ÍndiaHeinrich Zimmer (Obra póstuma, organizada por meio de seleção de textos por ninguém menos que o Joseph Campbell). A cultura indiana, acho que posso dizer, é quase tão divulgada quanto a cultura grega. Acho que posso dizer que vou mais do que simplesmente molhar os pés neste oceano infinito.



Poesia Chinesa Antiga. Tem várias antologias publicadas no Brasil. Não saberia indicar a melhor. Uma edição que seja profissional terá introdução com os dados filosóficos e sociológicos necessários. Se for comprar um livro in loco você folheia o livro e vê se a introdução parece razoável ou se o cara está apenas tentando parecer inteligente. É preciso ter um pouco de malícia para diferenciar. Uma coisa objetiva é se na introdução tiver uma parte sobre a tradução. Seria uma dica objetiva, mas temos o problema de ser um livro traduzido do oriente. Então é claro que teria um trecho sobre as dificuldades da tradução. Ah, sei lá. Você folheia a introdução rapidamente e se no texto a pessoa lamenta, se coloca de forma humilde eu acho que seria suficiente. Tradutor que não sabe o que é angústia, com certeza, não é confiável.



Alguma coisa sobre judeus, muçulmanos e árabes? Eu tenho e comecei a ler, mas depois parei, O Livro das Mil e Uma Noites. Holocausto – A Saga da Família Weiss (“Holocaust”, 1978, Joseph Bottoms, Tovah Feldshuh, Rosemary Harris, James Wood e etc.), que eu assisti quando criança pela Rede Manchete de Televisão. Sei que assisti a todos os episódios na companhia de meu pai e que por causa da série fiz um desenho dramático. O desenho se perdeu, assim como lembranças mais específicas. Eu também li o livro A Trégua, de Primo Levi. Foi há mais ou menos uma década e a lembrança é mais viva, temperada pelo contraste ambiente do livro ambiente de onde fiz a leitura: li o livro no verão, na praia. Gostei muito e pretendo ler mais o Primo Levi. A propósito: assistam assistam assistam assistam ao filme “Primo” (Primo, 2007, Anthony Sher, Richard Wilson e etc.)! Filme maravilhoso na mensagem e na técnica narrativa. Há ainda Humor Judaico – Do Éden ao Divã (seleção, organização e edição por Patricia Finzi, Moacyr Scliar e Eliahu Toker. Editora Shalom, Buenos Aires e São Paulo, 1990.) A edição mais recente deste último livro é de 2017.



Sobre a África eu já tenho em PDF a História Geral da África (Vários Autores, Unesco, 1981). Cadê o link do Domínio Público? Internet lenta e mudança de endereço. Agonia!

Ora, ora… Surpresa boa! Mas vamos começar pelo começo.

A coleção de 8 volumes pode ser downloadada aqui https://ipeafro.org.br/gratuito-historia-geral-da-africa-em-8-volumes-7357-paginas-em-pdf/ ou aqui https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000190257 . Mas vejam só, a história vai ser aumentada! História é vida e humanidade. Estamos em movimento, portanto. https://www.gov.br/mec/pt-br/etnico-racial/noticias-1/historia-geral-da-africa-2013-nono-volume Destaco um trecho da entrevista que Rosilene S. da Costa (Ministério da Educação) realizou com Ilma Fátima de Jesus, Coordenadora-Geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais. É a última pergunta.

Foi a primeira vez que você esteve na África. Qual o sentimento de pisar em solo africano e de participar de alguma forma da elaboração deste tão importante livro?


O sentimento de pisar em solo africano pela primeira vez para quem tem consciência das raízes africanas presentes na vida é de uma emoção imensa, principalmente quando se tem uma trajetória no movimento negro que reivindicou a inserção da História da África e dos negros no Brasil no currículo escolar brasileiro. Eu esperava ansiosamente pelo momento em que teria condições de realizar uma viagem para o continente africano, porém não tinha noção de quando seria e, enfim, esse momento se concretizou para minha felicidade. Sou muito grata pela oportunidade que me foi dada e me sinto imensamente feliz por ter ido à Etiópia, país africano que pesquisei no final dos anos 90 quando cursava o Mestrado em Educação na UFMA. Eu pesquisei a comunidade remanescente de quilombo de São Cristóvão, no município de Viana, Maranhão, estado onde nasci, e que o líder quilombola, Senhor Diomar, informou que os "brancos" da sede do munícipio de Viana se reportavam aos quilombolas daquela comunidade como o povo da Abissínia, hoje Etiópia. Isso fez com que aprofundasse o meu conhecimento sobre aquele país. A emoção também foi grande ao visitar o palácio do imperador da Etiópia, Haile Selassie, conhecido como o que encerra o ciclo de impérios na Etiópia e que participa da criação da Organização da Unidade Africana e tem reconhecida influência sobre o movimento negro, em especial em lideranças do movimento negro como Martin Luther King e Nelson Mandela.

(A entrevista realizada pela Rosilene, feita em 2013, pode ser lida na íntegra aqui: https://www.gov.br/mec/pt-br/etnico-racial/noticias-1/historia-geral-da-africa-2013-nono-volume .).



O trem realmente fica complicado na parte da Oceania. E eu amei amei amei amei tanto tanto Moana – Um Mar de Aventuras (Moana, 2016, Ron Clements, John Musker, Don Hall, Chris Williams, Pamela Ribon, Aaron Kandell,Jordan Kandell e etc.)! Ou a situação não é assim tão complicada?

Coleção Infantil Descubra o Mundo Volume OceaniaMarta Ribon. Primeira edição, 2009. Primeira e única edição.

Brasil e Oceania – Gonsalves Dias. Héin? Pausa. É que o poeta era funcionário do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro e ele tinha que atender um pedido do imperador Dom Pedro II. Daí a monografia, organizada postumamente pelo amigo do poeta Antônio Henriques Leal. Primeira e única edição, 2013. O livro tem 400 página, acho que deve ser encarado como algo mais do que curiosidade de um poeta talentoso que precisava pagar suas contas.

Raga: Uma viagem à oceania, o continente invisívelJ.G.M. de Le Clezio. O ganhador do Nobel de Literatura conta, de forma romanceada, a chegada dos europeus à Oceania. Primeira edição, 2011.

Historia Postal da OceaniaAdeilson Nogueira. Não há tento introdutório na Amazon a respeito do livro. Parece que o livro é parte de uma coleção que apresenta lugares do mundo através de cartões-postais. O que é uma ideia ótima sim. Não tenho certeza se existe edição impressa, ou se só há edição eletrônica do livro.

Notinha técnica: todos esses livros que selecionei sobre a Oceania estão em suas primeiras edições. Tem livro de 2009 e 2011! Ninguém se interessa pela Oceania aqui no Brasil? Tadinha da Oceania! Tudo bem que só olhei pelo site da Amazon, mas mesmo assim… É um detalhe técnico interessante.



E a América e a Europa? Pois é, acho que mesmo a América Central e os países europeus eu conheço bastante. Ah, vocês me entenderam. Agora comprem esses livros para mim! É, você, compre esses livros todos para mim!

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