segunda-feira, 19 de junho de 2023

O Ladrão de Vento e o meu Senhor do Tempo

 

O Ladrão de Vento e o meu Senhor do Tempo

 

A minha edição de Quarenta Clics em Curitiba (1976) não possui as fotografias realizadas por Jack Pires. Obrigado, Companhia das Letras (Toda Poesia)! Será que o poema do Paulo Leminski acompanhava a fotografia de um mendigo que carregava o vento que roubou de Curitiba? Eu não sei. Eu não sei?

O que eu sei é que aqui em Rio Acima nós temos o Senhor do Tempo. Um jovem portador de sofrimento mental de uns 26 anos que fica andando pra lá e pra cá o dia inteiro e que entra nas lojas e pega os calendários e vai embora. Eu tinha acabado de comprar um relógio para me orientar na loja da família e no primeiro dia ele entra e leva o relógio! Eu tive a oportunidade de pegar o relógio de volta, mas desisti. Ele é o Senhor do Tempo. Eu não compreenderia mesmo o motivo dele precisar dos calendários das outras lojas e do meu relógio. O Senhor do Tempo escreve certo por linhas misteriosas.

 

 

Tempestades no Sul e Tiros na Escola

Agora um pouco de notícia, pois as vezes esqueço que sou formado em jornalismo. Por que as escolas brasileiras viraram alvos de tanto ódio? Já as tempestades com ventos tão fortes (mais de dez mortes e dezenas de desabrigados) no sul do Brasil parecem sugerir que as mudanças climáticas que atingem o Brasil estão atingindo alguma regularidade.

 

“Por ocasião de meus 40 anos (30/06/2023).”

É o que escrevi nos livros que comprei hoje. Ao lado da assinatura com a data de hoje e um poeminha criado na hora sobre o livro e o motivo de tê-lo comprado. Começar pelo começo: fazia muito tempo, então fiquei com medo de sentir aquele pânico novamente no ônibus-lotação. Mas foi tranquilo, maravilhosamente tranquilo. Leve, leve, love, leve. A primeira e única vez que tive a crise de ansiedade foi traumático. Assim, externamente foi um cara (eu) saindo do ônibus apenas. Internamente foi o começo da transformação do ano de 2017 naquele ano que partiria minha vida ao meio tanto quanto 2000 ou 1983. Foi muito violento e a mente da gente e nosso emocional, sei lá... Mas foi tudo bem. Posso ficar feliz e me achando corajoso?

Era para eu comprar roupa e um celular novo. O celular novo eu não consegui comprar por causa de um detalhe técnico, mas um tênis eu consegui comprar. O vendedor simpático foi esperto e me empurrou umas seis meias. Mas eu precisava mesmo de meias novas. O tênis é de fabricação brasileira e meio leve o que me deixou, depois depois de comprar, desconfiado e angustiado. Mas acho que fiz uma boa compra. A verdade é que eu não tenho experiência em comprar tênis. Será que vou escorregar no molhado e vou ficar com os pés iguais do Curupira?

Experiência eu tenho mais é em comprar livros. Ah!, nunca tive tanto dinheiro para comprar livro e eu não resisti!: Henriqueta Lisboa, Câmara Cascudo, Gregório de Matos, Chaïm Perelman e John Raws. É; não pode ser aquela coisa sexual freudiana de livro ficar apenas na estante para ser lido por causa de algum plano sonhado por mim e que nunca realizo... Vou ter que ler tudo tudo agora agora. Milagres acontecem.

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