28
de janeiro de 2022
Bom
dia,
As
primeiras postagens de janeiro aqui no blog não dão ideia de como
está sendo pesado este começo de 2022. Minha vovó materna morreu,
minha mãe está manifestando a sua dor em formas de explosões que
estão deixando eu e meu pai doidos, Rio Acima sofreu uma enchente
muito muito pior que a de 1998 (a lojinha de artesanato foi destruída
e interditaram, por risco de desabamento eminente, a construção da
família da minha mãe logo ao lado) e ontem, dia 27 de janeiro,
voltei da dermatologista com boas notícias a respeito da grande
mancha em minha cabeça. No dia da enchente eu e minha mãe estávamos
em Belo Horizonte no funeral. Não acreditávamos nas notícias que
chegavam pelo WhatsZapp.
Tudo
tudo isso é fogo que ainda queima e é muito maior para a minha
capacidade de concisão de minha narrativa aqui; então vou falar de
tudo tudo isso ao longo de mais tempo. Mais textos. Mas está tudo
bem.
A
gente sente muita alegria, muito prazer, muita dor, sonha muito e é
frágil; então acho que isso explica parte da tendência nossa de
nos acharmos o centro do universo. Veja eu, eu sempre me achei muito
muito inteligente apesar de ser um frustrado tremendo. Mas o fato é
que nunca nunca pensei que ficaria dias a dizer, como um bobo
qualquer, “é inacreditável, é inacreditável, é
inacreditável!...” enquanto olha para a cidade e a própria vida.
Pois bem, é o que eu estou fazendo a semanas! O encantamento de
minha vovó materna e a destruição sofrida por Rio Acima. É
inacreditável!
Para
terminar uma notinha positiva. Hoje não foi, mas agora vou escrever
a lápis em um caderno e apenas depois pegarei o texto e publicar.
Vai ser melhor. Achei que não ia conseguir, mas consegui.