quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

30 de dezembro de 2021

Bom dia, infelizmente a chuva ainda machuca o povo da Bahia e de Minas Gerais. E parece que até metade do próximo janeiro teremos mais chuva.


A minha vovó materna está ruim, mas estabilizada. O hospital é particular e bom, porque ontem fui lá com minha mãe e na hora de pagar por dois quibes... Nossa. Obrigado, Bolsonaro e Guedes!



A escritora Lya Luft ficou encantada hoje. Meus sentimentos à família e amigos. No colégio eu li As Parceiras, o que me deixou profunda impressão; apesar de não ter se tornado um livro inesquecível para mim. Minha história bonita com Lya é outra. Foi quando eu ainda tinha FaceBook. Uma amiga de Facebook era bastante à esquerda e estava reclamando da Revista Veja e das opiniões políticas da Lya Luft. Então eu, para provocar e também fazer justiça cultural, mandei um link de um artigo antigo da Lya onde ela contava uma história belíssima em que ela viveu com o também escritor Caio Fernando Abreu; quando este estava a poucos dias de ficar encantado. É que essa minha amiga era muito fã do Caio. Aliás, eu comprei um livro do Caio por causa dela. O artigo era de mais de 5 anos atrás, mas minha memória sempre foi boa para essas coisas. Minha amiga gostou.



Ontem quem ficou encantado foi o jornalista José Maria Rabelo. José foi um dos maiores jornalistas do Brasil, um dos responsáveis pela sua modernização que começou na segunda metade do século XX. Com ajuda de amigos e colegas, criou o jornal Binômio. Li um livro que continha as principais histórias deste jornal, quando eu estava fazendo faculdade de jornalismo. Havia um exemplar deste livro na biblioteca. Ontem ocorreu procurar algum volume na Amazon e não gostei do que descobri. Enfim, estamos em Minas Gerais e o Brasil não nos conhece muito.


Duas notinhas sobre o jornal Binomio: a dedicatória para o porteiro é maravilhosa e inesquecível. José Maria Rabelo descendo por um elevador, aí o porteiro avisando que os militares acabavam de subir por outro elevador.

" -Corre, Zé Maria!, que os homi tão aí te procurando!"

Por outro lado, a história da Maria Mixuruca é sádica e se eu fosse aquele estadunidense teria dificuldade de levar na esportiva aquela brincadeira. Com coração não se brinca.
Ah, sim; os militares estavam procurando o José porque era a época da Ditadura Militar e isso acontecia muito naqueles anos. Muitos jornalistas sofreram e morreram. Triste.




Escrevi ontem que fiquei encantado por achar em português um texto sobre os paradoxos do Zenão de Eléia. Não falei muito. O texto é do professor Oswaldo Pessoa Jr.
Informações sobre o Oswaldo você pode encontrar clicando aqui: https://opessoa.fflch.usp.br/

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

28 de dezembro de 2021

 

28 de dezembro de 2021


Assim como Adam Smith um dos meus maiores orgulhos é minha biblioteca pessoal. E ela tem muitos livros especiais, mesmo assim os dois principais são fáceis de encontrar em qualquer livraria: O meu pé de laranja lima e O pequeno príncipe; nessa sequência mesmo. Nada em toda literatura para mim vai ultrapassar o trecho do Zezinho, a professora, a Dorotília, as flores e o sonho… dividido. Nada! Nada! Nada! Nada!

Pausa.

Deixe-me levantar-me da cadeira para mais uma vez ler este trecho. Sempre que eu leio este trecho eu choro muito. Sempre. Eu sou tipo aquele cachorro da experiência do Pavlov na hora de ler aquelas palavras do José Mauro de Vasconcelos.

E como O meu pé de laranja lima é uma das obras literárias mais populares do Brasil, o livro me faz sentir mais brasileiro. O Brasil é um país do tamanho de um continente e com uma diversidade interna condizente com este tamanho mais um “fator X”; então então não é assim tão simples sentir-se brasileiro. Não é.



Uma vez, há muitos anos, logo após vencer o momento mais difícil do combate mais uma vez contra um câncer, minha mãe de volta para casa ficou muito nervosa e quase expulsou eu e meu pai de casa. Minha mãe é inteligente, mas é mais ingênua e impulsiva; por outro lado, eu e meu pai somos inteligentes e fracos. Minha mãe é a mais forte da família. Ela faz errado, mas faz. Acho que deu para entender. Acho que acontece comigo e com o meu pai aquilo que o Toninho Gramsci alertou-nos: “que o pessimismo do intelecto não vença o otimismo da vontade”.



Uma vizinha me sugeriu Puc Minas Virtual, mas acho difícil por causa do dinheiro. Mas tenho que conferir direito os preços. Tem o concurso da prefeitura de Rio Acima tanbém. Sobre concurso público tenho uma história triste e outra engraçada.

A triste é quando fiz um concurso público pela primeira vez. Descobri que aprendi exatamente nada no colégio. Levei um choque. Um sincero choque. E como do colégio eu só lembro do sofrimento, o final de tudo é que fiquei com muita raiva e me senti traído. A segunda história envolvendo concurso público é engraçada. Eu passei no concurso, mas o serviço era temporário e eu tinha que trabalhar mesmo. Quando fui recenseador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Isso me lembra o meu currículo no Likedin... Ah!

E por falar em chuva deixa eu olhar para além do meu umbigo infantil.



As chuvas do sul da Bahia e norte de Minas parece que estão indo mais ao sul de Minas Gerais. As imagens da Bahia são assustadores e no jornal local hoje (MGTV Primeira Edição, Rede Globo Minas) foi feito uma previsão medonha para Ouro Preto nos próximos dias. Sinistro. Um país em que as cidades ficam com medo quando chove muito.

Uma notinha: a capital de Belo Horizonte continua sem metrô. É para todo mundo comprar carro...


Agora vamos fazer uma viagem mais rápido. Tenho que dormir cedo. Visitar minha vovó materna amanhã.

Eu assino o canal da Agência France Presse no YouTube. Recomendo muito. Vídeos curtos, sem tempo para opinião fora de hora ou informação supérflua. Na medida. O trem é bom. Recomendo. A propósito: incêndios florestais na Argentina. As imagens assustam e quando a gente pensa nas consequências é de perder o sono!

Lúcio Flávio Pinto

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/2021/12/28/patrimonio-dilapidado/

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/2021/12/28/deixe-pra-tras/

No Pará o pessoal surtou e está vendendo terra pública como se fosse garrafinha d'água na praça em dia de domingo! Agora vamos pensar: Brasília, Pará, um município pequeno: imagine todo mundo vendendo tudo privatizando tudo para sustentar uma máquina estatal problemática! E no dia seguinte como vai ser? Enfim, de qualquer forma parece que na história do Pará infelizmente é comum as terras ficarem nas mãos de poucos. E em especial o município de São Félix do Xingu paga tragicamente por ser abençoado pela natureza e não pelo humano egoísta.

Humildade, simplicidade e saber escutar o outro. Imitação de Cristo, mas também de Confúcio e de Sócrates. Para ficar na área da ética.Eu preciso conhecer esta revista chamada Matéria Prima. Deixo o endereço para você conhecer junto comigo: https://revistamateriaprima.com.br/


Agora vamos para a minha lista de sites.

ABREA – Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto

A OMS (Organização Mundial de Saúde) é esperta e não quer saber de morar em prédio com amianto.

O site deles está meio doido ou é o meu navegador? Estou olhando as coisas superficialmente e mesmo assim está difícil. Mas vamos continuar. É um bom combate.

Juíza Rosa disse que vai olhar com atenção a questão do amianto.

Tem navio português famoso aí com muito amianto e os compradores do navio parece que não estão levando a sério isso.

Menos telhas produzidas com amianto, finalmente! É um começo.



Agora vamos para as minhas Minas Gerais.

Jornal O Tempo

https://www.otempo.com.br/

Quem vive à beira da avenida Teresa Cristina (Belo Horizonte) não vai conseguir dormir por medo da chuva. Chama a atenção os ventos fortes. Prefeitura de Belo Horizonte deu um “beijinho” para as empresas de ônibus. Curioso, pois até pouco tempo o clima tava pesado.

Saindo da primeira página e indo na parte cultural. Nada a destacar. Clima triste com uma das notícias.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

27 de dezembro de 2021

 

27 de dezembro de 2021


Bom dia.


Dos meus quatro, só sobrou ela. A vovó materna, do lado materno. E ela é, do ponto de vista saudável e nem tanto, uma verdadeira matriarca. Ela está ruim. Ruim como nunca antes. Minha mãe está desesperada, o que para os padrões normais dela é muito. Isso é muito mesmo. Acreditem em mim.


Sou desorganizado, sempre fui. Uma coisa curiosa em ser desorganizado é que isso faz, entre muitas outras coisas, você querer que seu quarto fique maior que o universo infinito. Porque eu fico espalhando as coisas. Uma bagunça.

Eu dei de presente, há muitos e muitos anos atrás, para a empregada doméstica de minha vovó paterna o livro “A gangue e o 5S” (Wagner Matias de Andrade) {{{1}}}. Eu desorganizado, tentei ajudar a filha da Senhora Maria. {{{2}}} É que ela me contou que a filha tinha acabado de entrar em alguma faculdade. Uma nova fase de sua vida.

Foi na época que eu passava a semana na casa de meus avós paternos por causa dos meus estudos na faculdade de jornalismo (2002-2006). Depois o casal ficou encantado, a casa foi vendida, uma ferida entre irmãos surgiu e não cicatrizou completamente e etc. Não sei como a Senhora Maria e sua filha estão hoje (2021).

Eu gostava de conversar com essa Senhora Maria. Eu contei uma das histórias que minha mãe me contava quando criança. A história do padre e do gato mortal. Era uma vez um gato trancado muito muuuuito tempo numa sala, aí o pobre padre foi abrir a sala e o gato furioso foi direto no pescoço… Bom, não é que a Senhora Maria conhecia a história?! Pela primeira vez em minha vida alguém conhecia esta história!!!! Essa história deve ser verdadeira, afinal! Outra coisa que a Senhora Maria me contou é que quando eu casar vai chover muito, pois eu tenho o costume de comer na panela em vez de prato. É que sempre fui esfomeado e se tiver panela com farofa então… Em se acreditar na Senhora Maria, quando eu casar teremos um dilúvio porque até hoje eu costumo pegar uma das panelas e servir o almoço ou janta nela mesmo…

Mas onde eu estava?


Ah sim, uma nota natalina e triste. O Natal foi na casa de uma tia paterna. E vi, no sábado dia 25 de dezembro de 2021, algo que eu não via há muitos e muitos anos: uma edição impressa do jornal Estado de Minas. Fiquei chocado. Completamente magro, tinha nada. Minha tia: “esse jornal vai acabar morrendo”. Sou medroso e paranoico dado a exageros poéticos, mas assim como o Francisco Kafka vocês também podem confiar em mim. Eu realmente fiquei chocado e tinha motivo para ficar chocado.

- Mas você não achava e acha medíocre o que lê na página deles na internet?

- Sim, mas… Quer dizer, a versão imprensa é nobre… Internet é para apressados…

- Internet é coisa séria há bastante tempo, mon ami… Um paralelo inquestionável…

- Mas… Caramba… Eu realmente fiquei assustado com o tamanho daquela edição…

E os outros jornais? Vou olhar isso quando for a Belo Horizonte. Porque aqui em Rio Acima não há bancas de jornal e revista. Hum…

- Parabéns, Sherlock…



Lúcio Flávio Pinto

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/2021/12/27/memoria-bastidores-do-conflito-de-santarem/

Em um local distante, ou nem tanto, aquilo que seria o futuro sombrio para o Brasil daqui há alguns dias acaba se revelando mais cedo. É uma lição: prestar a atenção no poder central em atuação em lugares distantes…



Jornal Estado de Minas

https://www.em.com.br/

Destaques da primeira página: congestionamento nas estradas, governador reclamando que não tem dinheiro e o filhote de gorila que morreu em um acidente. Na listinha ao lado onde estão notícias mais acessadas, temos como destaque notícias sobre Covid-19. Agora vamos para a parte cultural.

Destaques da página cultural: a saúde do Caetano Veloso e a briga entre dois funcionários da Rede Globo de Televisão. E na listinha ao lado onde estão notícias mais acessadas temos próximo do primeiro lugar o horóscopo do dia. Eu prefiro destacar a compositora e cantora Josy.Anne. Estrela nova querendo brilhar. Tomara que consiga. Outra estrela nova querendo brilhar é a Clarissa Menicucci. Mas aqui não é música, é literatura.

Pausa.

Tinha dúvida, vou ter que conferir. Por favor, esperem um pouco. Vou espiar na sala. Ah, minha mãe até fechou um pouco a porta. Minha mãe está conversando com uma de suas irmãs. Ela não está chorando.

Voltamos.

O nome do livro da Clarissa é Contos de fuga.

Agora mais mulheres. Mas desta vez são estrelas que já brilham. Não há muito tempo, é verdade; mas já brilham. Eu não sabia da existência delas porque o céu delas não é frequentado por mim: duas violoncelistas chamadas Ana Paula Rocha e Talitha Marinho.

Na verdade eu já assisti a um concerto de música de câmara. Foi no Palácio das Artes em Belo Horizonte há muitos anos atrás. Acho que durante a época da faculdade. Hum, acho que preciso voltar a estudar… Onde eu estava? É que ia tocar músicas do Gaetano Donizetti e eu estava obcecado pela versão deAbertura” de Don Pasquale feita pelo argentino Waldo de los Rios. Descontando a minha mente e sensibilidade sui generis, quantas quantas quantas quantas vezes eu coloquei aquele LP para tocar esta música em sequência? Não sei como a agulha não furou o disco. Milagre! Por Júpiter! Pelo sorriso da Kalki Koechlin!

Mas onde eu estava? Vou seguir aquela lista de sites que eu fiz. Eu acho que ainda estou no Mato Grosso do Sul.


Jornal A Crítica (de Campo Grande)

https://www.acritica.net/

Destaques da primeira página: Anvisa, Campo Grande é uma cidade com muitas mulheres trabalhando como empregadas domésticas, Covid-19, ataque hacker contra o Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) e um desentendimento entre o banco Bradesco e o Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste (líder ruralista chamando propaganda ecológica de “mentirosa” e pedindo boicote contra o banco; o trem ali foi feio e o Bradesco cedeu em pouco tempo).

Pausa.

Leitora e leitor, essa última notícia é interessante. Se eu fosse um autor mais experiente eu conseguiria fazer uma interpretação sobre o que é o Brasil a partir dela.

Agora vamos para a parte cultural.

https://www.acritica.net/editorias/cultura/

Renascimentos: sítio arqueológico de Unaí e a cidade criada por Henry Ford na Amazônia vai virar museu. E Campos do Jordão vai ter o seu primeiro festival de verão. Já o governador da Bahia anda receoso quanto ao carnaval ano que vem. Morre o artista que criou o personagem He-Man e… E… Pausa: cadê as notícias culturais sobre Mato Grosso do Sul?



Notas

{{{1}}} Uma vez conversei rapidamente com o Wagner Matias de Andrade no Facebook. Chique, não é? O trem foi breve. Ele foi simpático. Tudo de bom para ele! Acho que você pode gostar do site: https://solucoes-criativas.com.br/author/wagner5s/


{{{2}}} – A senhora acha que…

- “Senhora” não! Que senhora tá no céu!…

Meus tempos de repórter na faculdade de jornalismo…

Ocorre que não gosto de “dona Maria” e “seu João”. Você falaria/trataria assim diante uma pessoa rica? Não. É “senhora” e “senhor” para todo mundo. É educado. É educado. É educado. É educado.

- Mas e se a pessoa…

- Não!

- Caramba…

- …

- Sabemos conversar…

- Cala a boca, Freud!

- Isso é marxismo cultural…

- Já falei para calar a boca, Freud!