segunda-feira, 30 de maio de 2022

Sem Matemática em Setembro de 2004

Sem Matemática em setembro de 2004


Em 2022 voltamos a viver com inflação, então é interessante lembrar que em 2004 uma pesquisa verificou que 77% de nós brasileiros não sabiam fazer contas. Sabe aquelas promoções maliciosas no supermercado, tipo “um por dois Reais e quatro por 10 Reais”? Sabe aquela necessidade urgente de organizar as contas do mês? Sabe aquele país que não consegue planejar o seu futuro e vive um dia de cada vez precariamente?



Educação

Pesquisa mostra que 2% dos brasileiros são analfabetos absolutos em matemática e que apenas 23% da população tem domínio total dos números. Os homens lidam melhor com os cálculos

77% não sabem fazer contas

Alessandra Mello” (Jornal Estado de Minas, 9 de setembro de 2004.)

(Tentei manter a diagramação original: título da seção do jornal, o subtítulo que está acima do título, título e depois o nome da jornalista.)



Existe o INAF (Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional; https://alfabetismofuncional.org.br/ ), que em 2004 estava em sua quarta edição. A pesquisa é feita por meio de uma parceria entre Instituto Montenegro (Tem um site, mas ele é estranho e antigo e saí de lá rapidinho quando vi também que meu navegador de internet lá não se sentiu seguro), a ONG Ação Educativa (Aqui o site é normal: https://acaoeducativa.org.br/ ) e finalmente o IBOPE Inteligência (que mudou e agora é IPEC - Inteligência, Pesquisa e Consultoria LTDA [ https://www.ipec-inteligencia.com.br/ ] ). Acompanhar estes agentes. Gostei principalmente da ONG Ação Educativa. E os relatórios do INAF são interessantes, naturalmente.



Comparando com os resultados anteriores, como os de 2003; podemos concluir que a população tem mais intimidade com números do que com… a língua portuguesa! Não é muito, mas a diferença está lá e nos faz pensar… Sem língua portuguesa, temos Brasil? Mas menos filosofia. Vamos ao resultado de 2004.


Em 2004: metade da população brasileira consegue ler e comparar números decimais quando se referem a preços, contar o dinheiro que tem e preparar o troco na hora das compras. Há habilidade quanto as quatro operações básicas (adição, subtração, multiplicação e divisão), mas só quando a situação exige apenas um cálculo. Em outras palavras: a maioria de nós brasileiros sabemos o osso mais fino do esqueleto da matemática. É muito pouco. Com boa vontade alguém pode até chamar isso de “básico”. Mas tem que ter muita boa vontade.


Os homens têm mais habilidades com os números do que as mulheres, e a divisão de tarefas domésticas ajuda a explicar isso. Em muitos lares as mulheres ainda ficam limitadas a conferir o vencimento dos produtos e organizar as listas de compras. Curioso, pois eu pensava que o orçamento doméstico tivesse maior participação feminina. Mas é bom lembrar que o Brasil é grande e na parte rural há mais conservadorismo limitando as mulheres. Nas grandes cidades, imagino, nas faculdades de ciências exatas o número de alunas só deve estar crescendo.


Pausa.

Estou escrevendo no computador, baseado no que escrevi em um caderno. Por Júpiter!, como minha letra cursiva é horrorosa! Credo! Em vários momentos nada entendo do que escrevi. É constrangedor. Eu sou uma marmota.

Voltemos.

Na reportagem temos o depoimento da Maria da Conceição Fonseca, professora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais, https://ufmg.br/ ) e que participou desta quarta edição da pesquisa do INAF como consultora. Maria fez um comentário interessante sobre o uso das calculadoras: essa tecnologia não atrapalha tanto assim o aprendizado da matemática, ela é muito mais uma aliada. Vale a pensa pensar muito sobre isso.


Na reportagem da Alessandra Mello temos um “box” (“caixa” em inglês), que é um texto que independente ao texto original da reportagem e que o completa ao mesmo tempo. Este “box” é sobre outros problemas da educação formal do Brasil. Mais especificamente: até 2011 temos que aumentar em 470% o número de crianças matriculadas em cheches que tínhamos em 2004. Hum, conseguimos? É para cumprir o “Desafios do Plano Nacional de Educação”, divulgado no dia 8 de setembro de 2004 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (https://www.gov.br/inep/pt-br ). Era para cumprir este plano até o final da década passada, diz a reportagem. Acho que não conseguimos.


sábado, 28 de maio de 2022

Guerra Civil Espanhola (1936-1939)

Ninguém perguntou ou pediu, mas tinha que ter uma comemoração pois terminei o único livro do George Orwell que eu tinha e nunca havia lido. Apesar de ter comprado ele há um tempão e de ter tido a sorte de encontrar uma edição boa.

A motivação foi um vídeo do canal do Jones Manoel ( https://www.youtube.com/c/JonesManoel ), uma jovem liderança marxista popular no Brasil. Alguns meses depois ele tornou-se pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo PCB (Partido Comunista do Brasil, https://pcb.org.br/portal2/ ). Esta pré-candidatura deve ter mudado os planos dele, pois ele gravaria uma série de três vídeos sobre três livros do Orwell. "A Revolução dos Bichos", "1984" e "Lutando na Espanha". Deste três, apenas o último eu não conhecia. Ele só publicou o vídeo sobre o primeiro livro da lista.

Orwell é um dos dez autores que mais amo. Conhecido desde os tempos do colégio, ele me fez ser um esquerdista mais consciente. Hoje, aos 38 anos, sou um liberal; mas por dignidade não posso ficar muito longe da esquerda. Pelo Orwell, pelo Bertrand Russell, pelo Brasil e por uma questão de justiça. Ser um liberal num país pobre e com um conceito de Estado e de cidadania bem complicado. Ser um liberal, mas evitando as armadilhas da postura tecnocrata e seu otimismo-ingenuidade canalha.
Mas onde eu estava? Eu sempre me perco.

Bom, confesso que assisti ao Jones com a superioridade do ciúme: eu amo o Orwell desde aborrecente, ninguém entende dele mais do que eu! (risos) De fato, não concordei com a interpretação do Jones. Pelos ombros do terceiro britânico aqui Bryan Magee: ah, o marxismo, o marxismo... 
Mas onde eu estava?

De George Orwell, LUTANDO NA ESPANHA - Homenagem à Catalunha, Recordando a Guerra Civil Espanhola e Outros Escritos. (Tradução de Ana Helena Souza; edição e notas de Peter Davison; seleção, organização e prefácio de Ronald Polito.), (Editora Globo, São Paulo, SP, 2006). Acho que esta edição deve ser a melhor do mercado. Acho.
Mas onde eu estava?

Em "A Regra do Jogo", de Cláudio Abramo (pai), o livro de jornalismo que mais li na faculdade de jornalismo, fico sabendo o seguinte: o livro mais famoso sobre a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) é o "The Spanish Civil War" do Hugh Thomas. Mas o Claudio Abramo (pai) prefere "La Revolution et la guerre d´Espagne", do Pierre Broué e Émile Temime.
Pausa.
Em outro trecho do livro "A Regra do Jogo", o Cláudio Abramo (pai) vai dizer que gosta mundo do jornalismo do Le Monde. Eu também gosto muito dos franceses, Claudio. Mas este jornal eu nunca li. Mas sei que tem uma versão brasileira.
Onde a gente tava?

No livro do Orwell, ele vai dizer que "de longe o livro mais competente que já apareceu sobre a guerra da Espanha" é o "The Spanish cockpit", do Franz Borkenau.

Então pronto: nenhum desses livros está traduzido para o português e eu não sei inglês. E também provavelmente não vou tomar aquele cafezinho que o George Orwell ia tomar em Huesca, em homenagem àquele sargento anarquista otimista demais e que não conseguiu tomar.
Um beijo para todas as famílias da cidade espanhola de Huesca! E que o cafezinho deles neste domingo esteja um pouquinho mais doce neste domingo.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

27 de maio de 2022

 

27 de maio de 2022


Bom dia.

Meus sentimentos à família e amigos do ator Fred Ward. Fred é um desses atores que a gente conhece muito mais pelo rosto do que pelo nome. Uma pequena amostra dos filmes em que ele participou será suficiente para demonstrar: “Alcatraz: Fuga Impossível” (“Escape from Alcatraz”, 1979, Don Siegel, J. Campbell Bruce, Richard Tuggle e etc.), “Cuidado com as gêmeas” (“Big Business”, 1988, Bette Midler, Lily Tomlin, Jim Abrahams, Dori Pierson, Marc Reid Rubel e etc.), “O Ataque dos Vermes Malditos” (“Tremors”, 1990, Ron Underwood, S.S. Wilson, Brent Maddock, Ron Underwood e etc.), “Henry & June: Delírios Eróticos” (“Henry & June”, 1990, Anaïs Nin, Rose Kaufman, Uma Thurman, Maria de Medeiros, Henry Miller, Philip Kaufman e etc.), “Two Small Bodies” (1993, Beth B, Suzy Amis, Neal Bell e etc.), “Corra que a Polícia vem Aí! 33 1/3: O Insulto Final” (“Naked Gun 33 1/3: The Final Insult”, 1994, Priscilla Presley, Peter Segal, Pat Proft, David Zucker, Robert LoCash, Jim Abrahams, Jerry Zucker e etc.) e “Marcas de um Suicídio” (“Wild Iris”, 2001, Daniel Petrie, Kent Broadhurst, Gena Rowlands, Laura Linney, Emile Hirsch e etc.).



Guerra de propaganda boa é quentinha, mas eu não sou famoso e influente; então um atraso é indiferente.

Quarta-feira, dia 11 de maio de 2022. No jornal da Itatiaia, jornal da Rádio Itatiaia. A mais importante rádio de Minas Gerais e que apoia o Governo de Jair Bolsonaro. Foi feita uma entrevista com um professor do IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais, https://www.ibmec.br/ ) sobre o preço dos combustíveis e a Petrobras. A entrevista foi boa, mas o professor não foi muito enfático ao abordar a impotência do Bolsonaro diante dos preços dos combustíveis tão altos há meses e meses. Mas tudo bem. Logo após a entrevista, um dos narradores do Jornal da Itatiaia leu um longo texto (pouco mais de um minuto e meio; o que é bastante tempo em rádio) falando sobre o sofrimento da Petrobras sob a administração do Governo do PT (Partido dos Trabalhadores); principalmente quando a presidenta era a Dilma. O texto em si era tendencioso quanto a insinuar que os preços altos é consequência das m* que o PT fez contra a Petrobras, mas não muito. E o problema não era nem ser pouco ou muito tendencioso quanto aos erros do PT nesse ano eleitoral, mas sim não avisarem que era um texto de editorial. É, editorial. Editorial, quando TV ou jornal emite a sua opinião. É normal, todo veículo de comunicação pode e faz isso. A Rádio Itatiaia não avisou que aquele texto era um editorial. Se não era opinião, seria o quê? Fato, Verdade com “V” maiúsculo platonicamente? Ah… As eleições começaram mesmo em 2018. Ninguém me perguntou, mas acho bom mudar para termos eleições unificadas tendo tudo de quatro em quatro anos.

Uma nota. Eu não lembro o dia, mas foi há menos de uma semana atrás (10 ou 12 de maio, por aí).

Foi noticiado pelo Jornal da Itatiaia uma ampliação de outras mineradoras (incluindo a Samarco) aqui em Minas Gerais. Foi a primeira notícia, logo as sete da manhã. Mas no resumo (que eles chamam de “atualizações”) onde eles citam as principais notícias; essa ampliação da área de das mineradoras não foi citado. E na Conversa de Redação daquele dia esse assunto não apareceu para comentários. Não lembro o dia, mas desses detalhes eu lembro. Acho que foi dia 16 de maio de 2022.

Dia 19 de maio de 2022

Ah!, pedis e recebeis!

Ah, uma nota de guerra de propaganda quentinha!

No dia seguinte em que os meios de comunicação citaram o Lula em uma notícia positiva (o casamento dele) a Rádio Itatiaia relembrou o episódio de sua cobertura a respeito do Mensalão. Pode ser ou não coincidência. Foram bem mais do que cinco minutos falando sobre isso. E foi logo no começo do Jornal da Itatiaia Primeira Edição. 7 da manhã e tudo. Um detalhe curioso é que eles falaram mais dos bastidores entre repórteres do que exatamente foi este escândalo de corrupção que envolveu o Partido dos Trabalhadores e outros partidos.

Agora vamos aos assuntos importantes, porque estou escrevendo este texto há mais de duas semanas e não consigo terminar.

Óps! Mais guerra de propaganda, mas ao mesmo tempo não aguento mais escrever este texto e vou ver se hoje (26 de maio de 2022) consigo publicá-lo.

Segunda-feira, dia 23 de maio de 2022. Parte um. O que chamou a atenção é a nova presidenta do IEPHA-MG (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais; http://www.iepha.mg.gov.br/ ) ser prima de um executivo da mineradora Tamisa ( https://tamisamineracao.com.br/ Pausa. Olha este site: parece ser de uma grande mineradora? Compare com o site da Vale: http://www.vale.com/brasil/pt/Paginas/default.aspx . E o que isso significa? A mineradora que quer rasgar a Serra do Curral não quer se expor muito.) que é a mineradora que quer explorar a Serra do Curral e essa polêmica ferve desde o mês passado. A arquiteta Marília Palhares Machado é prima de primeiro grau de do advogado Guilherme Machado, que está na Tamisa há dez anos. Desde 2020 o Conep (Conselho Estadual do Patrimômio, http://www.iepha.mg.gov.br/index.php/institucional/conep ) não analisou o dossiê sobre o tombamento da Serra do Curral, que pode ou não ampliar a área a ser preservada atrapalhando os planos da mineradora Tamisa. A presidenta do IEPHA não tem direito a voto no Conep, mas os ambientalistas ficaram de cabelo em pé com a nomeação da nova presidenta do IEPHA logo agora. É que ao assumir a presidência do IEPHA automaticamente também a prima do executivo da mineradora Tamisa torna-se secretária-executiva do Conep. É bom chamar a atenção para um detalhe fundamental aqui: a decisão final de rasgar a Serra do Curral ocorrerá daqui há alguns meses justamente na época das eleições 2022; então é difícil que a imprensa independente consiga manter a sua cobertura crítica. Os tecnocratas que não se importam com as nascentes de água doce e com os trechos de Mata Atlântica na Serra do Curral ainda não venceram.

Segunda-feira, dia 23 de maio de 2022. Parte dois. No dia seguinte, na terça-feira, dia 24 de maio de 2022.

Foi um dos maiores momentos da comentarista de economia do “Jornal da Itatiaia”, da Rádio Itatiaia. A mais poderosa rádio de Minas Gerais e que defende o Governo Bolsonaro. Na edição das sete horas da manhã. A comentarista de economia disse que tudo bem Bolsonaro mudar pela quarta vez a presidência da Petrobras em menos de um semestre. E que é irrelevante que o novo presidente seja ex-assessor do Ministro da Economia Paulo Guedes, pois o novo presidente da Petrobras tem um currículo muito bom. Ela disse que o mercado reagiria bem. Neste mesmo comentário, a economista da Itatiaia falou mais de uma vez que é interessante privatizar a Petrobras e que investir em mercados futuros é uma forma que a Petrobras pode dispor para não aumentar os preços dos combustíveis tanto tanto assim. Eu ouvi isso com espanto e incredulidade. Até pouco tempo falar em privatizar a Petrobras era um tema polêmico e ela falou com uma naturalidade sobre isso. E mais, como assim essa coisa de “mercado futuro” para a Petrobras não aumentar tanto assim os preços dos combustíveis? Desde janeiro está todo mundo sofrendo por causa dos aumentos e era só preciso fazer isso? Uma explicação tão rápida rápida? Ah, economista, economista da Rádio Itatiaia…

No dia 26 de maio.

A principal notícia do Jornal da Itatiaia foi a visita do Bolsonaro a Minas Gerais. Até a principal repórter da Itatiaia a cobrir Brasília veio para Belo Horizonte. E hoje, 27 de maio de 2022, no Jornal da Itatiaia um trecho longo de um discurso do Bolsonaro foi transmitido no jornal. Mais ou menos um minuto. Bastante tempo em um jornal de rádio.

https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/05/23/ministerio-de-minas-e-energia-anuncia-nova-troca-na-presidencia-da-petrobras.ghtml

No último dia 15, questionado sobre a eventual demissão de José Mauro Ferreira Coelho, Bolsonaro respondeu: "Pergunta para o Adolfo Sachsida", que dias antes havia substituído Bento Albuquerque — também demitido — como ministro de Minas e Energia.



https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2022/05/23/nova-presidente-do-iepha-e-prima-de-executivo-da-mineradora-que-pretende-explorar-a-serra-do-curral.ghtml

Marília Machado assumiu o cargo no lugar de Felipe Cardoso Vales Pires. A saída dele do instituto aconteceu em meio ao processo de licenciamento para a Tamisa explorar minério na Serra do Curral. Em ofício expedido ao Ministério Público (MP) no dia 22 de março, ele afirmou que o projeto que autoriza a retirada do minério não teve anuência do Iepha.

E continua a guerra de propaganda.

A chacina do Texas teve mais repercussão nos canais de televisão bolsonaristas do que a operação policial violenta na Vila Cruzeiro (Estado do Rio de Janeiro) [Aconteceram no dia 24 de maio de 2022.]. Uma ironia, pois ao falar mais sobre Texas também falavam sobre a importância de controlar mais a venda de armas o que deixa o Governo Bolsonaro triste. Mas falar sobre a violência no Estado do Rio de Janeiro, onde Bolsonaro surge; seria pior para o candidato. No dia seguinte houve o Episódio Genivaldo de Jesus Santos. Este episódio me deixou chocado e até tive vontade de chorar, mas não chorei. Mas ao escrever a vontade volta, mas até que tá fraca. É incrível e chocante a história. Tenho até pudor de contá-la. Hoje (27 de maio de 2022) eu ouvi o Jornal da Itatiaia, mas não ouvi eles destacando o episódio. Deviam ter destacado em vez de reproduzir o discurso do Bolsonaro feito aqui em Minas Gerais sobre o que ele diz lutar.




Continuo mexendo no meu arquivo de material jornalístico. A tanto tempo abandonado! Pela primeira vez estou conseguindo fazer alguma coisa com ele. Não estou conseguindo me desfazer de dois terços dele, mas sim de um terço. O que é bastante. Segue abaixo algumas notas. Pode ser um mapa do tesouro para você. Se você quiser.

Nota do dia 31 de julho de 2022

Lembrar que já fiz um texto semelhante a este aqui: https://amorequeijo.blogspot.com/2022/05/serra-do-curral-e-o-balde-magico.html 



Procurar o filme “Antes que seja tarde” (“Not today”, 2013, Jon van Dyke, Shari Rigby, Cody Anthony, Leo Solomon e etc.).



Qual é o nome desse trem? É um daqueles plásticos transparentes tamanho A4 com furinhos. Você sabe do que eu estou falando. Serve para guardar folhas, documentos, aí depois coloca numa pasta…

Enfim, achei vários com papéis. E em um deles achei o plástico onde guardei, na época (2000,2001…), todo o material interessante que eu encontrava sobre o meu amado Nietzsche! Agora vou saber qual era o ano dos dois textos fundamentais para eu ter gostado de Nietzsche. Descontando, naturalmente, a experiência pessoal.

E se estivéssemos erradosGustavo Ioschpe. Folha de S. Paulo, do dia 24 de janeiro de 2000.

O “Homem Transbordante” - Rubem Alves. Folha de S. Paulo, dia 22 de agosto de 2000.

Caramba, o texto do Gustavo é mais antigo do que o do Rubem! Eu achava que era o contrário. Rubem Alves dispensa apresentações, é um dos meus autores favoritos. Top 10 do coração. Já escrevi aqui sobre isso. Quando crescer eu queria ser uma mistura de Rubem Alves e Luís da Câmara Cascudo. Mas eu sou apenas eu.

Sobre o Gustavo Ioschpe eu não escrevi ainda. Era 1998,1999,2000; não lembro. Minha família tinha a assinatura da Folha de S. Paulo e tínhamos uma conta no site do UOL.

Eu adorava ler o Gustavo Ioschpe no FolhaTeen; o suplemento da Folha de S. Paulo dedicado aos adolescentes e jovens adultos. Eu lia demais. Lembro, uma vez, que fiquei o fim de semana inteiro imprimindo todos os textos do “Free way”; que era o nome da coluna do Gustavo. Deu muito trabalho, mas consegui. Gostava dos textos dele. Ele era um pouco mais velho do que eu e dizia coisas que eu concordava. Era perfeito. Mas onde eu estava? Acho, então, que foi mesmo ele que me apresentou o Nietzsche.



Xerox de alguns textos do George Berkeley e David Hume. Isso é antigo, antes de 2013 se não me engano. Se eu li? Não, mas li alguns trechos. Chama a atenção, como sempre, a impulsividade e a falta de organização. Começo, mas não termino. Mas os textos estão ali. Peguei eles e coloquei entre os livros.



Para além de nomes de sempre como Florbela Espanca, Camões e Eça. Procurar e ler Exortação aos Crocodilos, de António Lobo Antunes. Literatura portuguesa contemporânea.



Agora para viver uma aventura intelectual legítima. Procurar e ler Os Grandes Casos de Psicose, autoria coletiva e organizado por J. D. Nasio. Tradução de Vera Ribeiro. Editora Jorge Zahar.



Talvez Lula vença em 2022 e me pergunto se for em primeiro turno se isso é melhor do que vencer em segundo turno. O clima político e institucional não anda saudável no Brasil. Enquanto pensamos nosso podemos procurar e ler PT na Encruzilhada: Social-Democracia, Demagogia ou Revolução, de Denis Rosenfield.



Agora filosofia contemporânea, para não ficar nos quatro nomes de sempre: Russell, Wittgenstein, Popper e Heidegger. Procurar e ler A Última Palavra, de Thomas Nagel.



Humano, demasiado humano. As pernas da atriz inglesa Joanne Whalley-Kilmer na fotografia realizada por Helmut Newton.



Para conhecer a ponte entre Angola e Brasil. Procurar e ler O Trato dos Viventes, de Luiz Felipe de Alencastro.



É sobre o cangaço. Procurar e ler SILA – Memórias de Guerra e Paz, de Hilda Ribeiro de Souza (Sila).



É sobre as famílias brasileiras, que láááá atrás estavam mais próximas do que a gente pensa... Não que todos nós brasileiros sejamos primos, mas é quase. (risos) Procurar o Dicionários das Famílias Brasileiras, organizado por Carlos Eduardo Barata e Cunha Bueno.



Procurar textos da escritora Cíntia Moscovich.



Ouvir músicas do Laurindo de Almeida.



Procurar e assistir ao filme “Pelos meus olhos” (“Te doy mis ojos”, 2003, Icíar Bollaín, Alicia Luna, Laia Marull, Candela Peña, Luis Tosar e etc.)



Os palhaços tristes do fotógrafo Claudio Edinger.



Ouvir o grupo musical Amaranto e ouvir e ver o Grupo Corpo (https://grupocorpo.com.br) [em especial o espetáculo “Lecuona”].



Escutar as músicas da Marina Machado.



Divulgação científica brasileira! Procurar o livro Sexo, Drogas, Rock´n Roll… e Chocolate, da cientista Suzana Herculano-Houzel.



Eu fui na exposição de fotos do fotógrafo Chichico Alkmin (1886-1978) no Palácio das Artes (Belo Horizonte).



Moda, vestuário; é tudo linguagem também. E se é linguagem é fundamental para uma formação realmente humanista. Procurar o livro Glamour, de Diana Vreeland.



Deve ser impossível achar, mas vale a pena procurar. O livro Recruta Zero Ano Um, do estadunidense Mort Walker. É da Editora Graphica. Um pouco do clima da contracultura dos anos de 1960 e 1970.



Ainda no mundo das artes plásticas. Procurar o livro Alfabeto Literário, do caricaturista Cássio Loredano. Um dos principais nomes brasileiros da área. A editora é a Capivara. Ano 2002.



Um dos meus autores favoritos, embora não esteja entre os dez mais. Mas ele é especial para mim. Uma vez eu estava em crise e escrevi um poema inspirado em um personagem dele. Pouco depois fiquei sabendo que este autor estadunidense tinha ficado encantado. Usei isso como justificativa para terminar uma fase minha no mundo dos blogs. Enfim; onde eu estava? Três livros do Philip Roth para procurar depois: O Teatro de Sabath, Casei-me com um Comunista e A Marca Humana.



A poetiza e produtora cultural Ana Elisa Ribeiro.



Visitar uma exposição da Jac Leirner.



Um livro para você virar uma estrela: Dicas Úteis para uma Vida Fútil – Um Manual para a Maldita Raça Humana, do escritor estadunidense Mark Twain. (Tradução de Beatriz Horta, Editora Relume Dumará, 2005).



Poesia mineira contemporânea. O livro Oiro de Minas, antologia poética de várias autores organizada pela Prisca Agustoni.



Divulgação científica brasileira contemporânea. O livro Muito Além do Nosso Eu, de Miguel Nicolelis.



Ouvir Sarau Brasieiro, do grupo musical Poizé. Escutar a voz da Mariana Nunes e o violão de Vítor Santana.



Eu gosto de paradoxos e quem não gosta? Talvez poucas pessoas nesse mundo atual onde queremos fugir da angústia por meio de qualquer tipo de resposta vagabunda, os paradoxos não são apreciados. Procurar os livros de ficção de um primo distante do grego Zenão de Eléia, o argentino Macedônio Fernandes (1874-1952).



Procurar poemas do poeta Qorpo-Santo.



Conhecer o futuro pedindo ajuda aos romances do Isaac Asimov.



Procurar os livros da escritora Adriana Lisboa. Ela também escreve traduções.



O que fazer com algumas lutas e sonhos do passado? Repetir, negar, imitar, inspirar? Eu pergunto e não sei. Enquanto procuro respostas procuro o livro Vale a Pena Sonhar, do revolucionário brasileiro Apolônio de Carvalho.



A culpa e o resgate. Procurar Thérèse Desqueyroux, do escritor francês Francois Mauriac.



Eu não conheço como deveria conhecer a Guerra do Paraguai (1864 – 1870), mas sempre é tempo de vencermos nossos defeitos. Começamos procurando um clássico consagrado: Genocídio Americano, de Julio Chiavenatto. Depois podemos procurar uma obra mais recente: Maldita Guerra, de Francisco Doratioto.



A aparência do Brasil. Visões do Brasil, 2001, Editora Capivara. São quatro volumes. Fotografias realizadas por August Stahl, Juan Gutiérrez, Militão Augusto de Azevedo e Revert Klumb. Livro raro e muito caro. Bom, pelo menos anotei. Algum dia, quem sabe…?



O documentário Flor de Pessegueiro (2005, Ângela Bastos, Miriam Moritz e Ricardo Fujii e equipe.).



Conhecer o escritor cubano Cabrera Infante.



Procurar e ler Dicionário Crítico de Pensamento da Direita. Vários autores, organizado por Sabrina Evangelista Medeiros, Alexander Martins Vianna e Teixeira da Silva. O livro é incompleto e os organizadores as vezes “puxam a sardinha” para a esquerda. Por mim tudo bem.


- O livro é um romance policial e procurá-lo vai ser como um trabalho de detetive. Mas a editora é grande (Companhia das Letras), então talvez não seja assim tão difícil achar o livro. Informações sobre a vítima, de Joaquim Nogueira.

terça-feira, 10 de maio de 2022

10 de maio de 2022

 

10 de maio de 2022


A vida é mudança. Esopo estava certo e talvez Heráclito esteja mais certo que Parmenides. Mas não é melhor pensar em ranking e sim em pontes. A vida é mudança porque hoje foi um dos melhores dias mexendo em meu arquivo. Vi alguns dos primeiros materiais que eu tinha guardado. O coração batia diferente na hora desses reencontros.



Lúcio Flávio Pinto, o Maior jornalista do Brasil

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/

https://lucioflaviopinto.wordpress.com/2022/05/10/chega-2/


Dá para sentir, enquanto os olhos passam pelas palavras de Paulo Faria, as chamas. Até eu, aqui no interior de Minas Gerais, fiquei queimado. Tive que assistir a um vídeo no YouTube para aliviar a minha ardência.

É muita paixão alimentada pelo que Paulo consegue ver no horizonte. E sua revolta é inversamente proporcional à banalidade do pedido todo: que grandes empresários da cidade, pequenos comerciantes ali da esquina, estudantes ali daquela escola, que artistas… Todo mundo sentando para desabrochar e manter o cenário cultural. Por quê o Brasil murcha tão rápido essas flores? Os ventos do egoísmo murcham essas flores.




Jornal O Tempo

https://www.otempo.com.br/


Pesquisa indica que mais da dos eleitores mineiros ainda não escolheram o candidato ou candidata ao governo de Minas Gerais; e chama a atenção que o favorito Zema perde um pouco sua força. Servidores públicos estão bravos com o governador de Minas. Nossa, o jornal em seu site está dando muito espaço às eleições 2022.

A hepatite misteriosa talvez esteja por trás de dois casos suspeitos em Minas.

Mineração na Serra do Curral vai afetar a comunidade quilombola Manzo Nzungo Kaiango. Adivinha se alguém de uma das 13 famílias que moram ali foi consultada se pode ou não atividade de mineração perto da comunidade?

Intolerância religiosa no Brasil? Existe sim e um caso aconteceu aqui na região metropolitana de Belo Horizonte. Três ataques em um terreiro de candomblé que ainda estava em construção. As imagens dos orixás foram furtadas, paredes derrubadas e parte do material de construção levadas. O babalorixá Joaquim e outros membros da comunidade disseram que não vão desistir.

O artista Celson Ramos faleceu recentemente. Multi-instrumentista, compositor, dominava mesa de som, marcou o cenário musical mineiro, trabalhou com Sandra de Sá e Luiz Melodia e… principalmente… o testemunho carinhoso de parentes e amigos. Parece que Gelson era mesmo muito querido e especial.

Eu tinha que escrever mais coisas, a parte cultural do “Jornal O Tempo” está bastante rico. E ainda faltam mais quatro sites. Mas não. Eu vou dormir mais cedo.