Miscelânea Muito Importante
Sem ser este fim de semana,
mas o outro (19 a 21 de maio de 2023); minha família e eu passamos em uma
pousada alternativa. Aqui mesmo em Rio Acima. Alimentação vegetariana e muita
cultura e espiritualidade e natureza. Terra das Águas. O local é lindo e tudo
ali foi perfeito. Guilherme e Lídia foram ótimos. Conversando sobre o
que eu aprendi com os meus livros com o Guilherme
a minha boca ameaçava entortar, naquele prenúncio de choro. Mas eu segurei e
não chorei. Eu não costumo ter esse tipo de conversa com estranhos. Me lembrei
de quando voltei para a casa a pé no último dia do curso de animação. Eu voltei
o caminho todo chorando. Nos raros momentos em que eu posso ser eu o coração
grita forte e não para até não ter mais lágrimas e/ou ar nos pulmões.
Aumento de 15% na conta de
luz a partir deste domingo aqui em Minas Gerais (“O aumento, que foi
percentualmente maior para residências, deve ter grandes impactos na população
mais pobre e com menores rendimentos. Os pequenos empreendimentos também devem
passar por dificuldades devido a este aumento.” https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2023/05/23/internas_economia,1497422/cemig-anuncia-reajuste-de-quase-15-na-conta-de-luz.shtml). O
Governador Zema já está pensando em privatizar a Cemig e a Copasa há algum
tempo (“ ““Essas empresas não têm condição de investir mais porque o principal
controlador, o acionista delas é um estado que não tem condições financeiras.”
“ https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2023/05/25/interna_politica,1498627/zema-sobre-privatizacoes-copasa-e-cemig-triplicaram-valor-desde-que-assumi.shtml ).
Imagino que 15% de aumento de uma vez só deixe as pessoas aborrecidas e a ideia
de uma Cemig privatizada e com baixas tarifas se torne algo concreto nos
sonhos. Vamos ver.
Não escrevi aqui sobre
inteligência artificial. Apenas vi ligeiramente o que passou na televisão e na
verdade o trem já esfriou; mas há um pouco mais de um mês a coisa estava feia:
cientistas, intelectuais, diversas outras pessoas, manifesto e tudo; tudo, tudo
com medo mesmo da inteligência artificial e pedindo para as pesquisas pararem e
não era exclusivamente por causa do problema do desemprego. Na verdade o termo
“pânico” a ser usado aqui não parece ser exagero.
Como eu disse não me
aprofundei no assunto, mas queria acrescentar algo aqui: o medo real essencial
aqui é dos humanos contra humanos. E não é? Se uma inteligência artificial
depois de reunir tanto conhecimento decidir algo nocivo a nós humanos significa
que nós humanos somos o quê para outros humanos? Em outras palavras: a decisão
mais inteligente é necessariamente algo que nos prejudique? Onde os robôs teriam
aprendido isso?
- Mas isso não é aquela
velha história de a humanidade se autodestruindo? Nada há de novo aqui.
- Bom, sim, mas... É que todo
o conhecimento... Tudo, tudo...
- Nada de novo! Não seria a
primeira vez que a razão humana seria colocada em suspeita. Desde o final do
século XIX isso é praticamente um clichê cultural. De Frankenstein a Freud, passando por Nietzsche e o modernismo nas artes; a
razão como agente deficiente e perigoso é uma constante na cultura ocidental há
décadas. É um clichê já.
- Tudo bem, mas... A
inteligência artificial também leria toda a poesia e ouviria todas as
músicas...
- Você é mesmo um
renascentista e um iluminista.
- Humanismo.