William
James 30 de 36
Depois
do “20” é hora de outra revisão. Aliás, tinha que ter sido na
postagem anterior. Tudo bem. Ah, e vai ser a última. E vou repetir
de novo o texto da primeira revisão. Vamos lá: 1 a 29.
“Depois
de 10 publicações, acho que é hora de fazer um resumo do resumo
como se estivéssemos dentro de uma apostila fina de fim de ano de
supletivo noturno em um lugar periférico de uma cidade pobre. Aliás,
eu já estudei em um supletivo assim, voltava de ônibus a noite e
por causa da videolocadora que havia ali perto eu me curei do trauma
de assistir “O Homem Elefante” (“The Elephant Man”,
1980, John Merrick,
David Lynch,
Christopher De Vore,
Eric Bergren,
John Hurt
e etc.). Héin? Eu nunca contei essa história?
Mas
onde eu estava?
– Ame
o que tem que ser amado dentro de você e odeie o que tem que ser
odiado dentro de você; mas aceite esta balança interna.
– Acredite
que você quer realizar o projeto.
– William
James era um autor honesto e humilde.
– Um
motivo para sermos humilde para com nós mesmos e para as outras
pessoas, é lembrar que nós estamos sempre mudando.
– A
Legião Urbana estava certa quando cantava “disciplina é
liberdade”.
– A
gente já tem a semente para mudar radicalmente para melhor as nossas
vidas.
--
“O pessimismo é essencialmente uma doença religiosa.”: William
James em The Will to Believe and Other Essays in Popular
Philosophy. Nova Iorque e Londres, Longmann, Green and Company,
1896.
– Ver
a realidade internamente, para sabermos melhor relacionar-nos com
outras pessoas.
– Queremos
segurança do grupo e também a solidão da nossa vitória exclusiva.
Agora
podemos voltar à série normalmente.”
– Por
uma honestidade interna realmente efetiva, pois o querer nunca é
isolado. Antes do objeto do desejo o desejo saiu de algum lugar e
este lugar você deve iluminar e conhecer bem.
– Para
treinar a sua vontade diariamente você pode fazer um trem realmente
chato.
– Somo
racionais o suficiente para prestar a atenção na situação de
maneira equilibrada e assim não perder a cabeça tão facilmente.
– É
melhor saber do que não saber. Só evite saber e analisar tanto que
você fique preso no gelo da angústia e medo.
– No
meio do caminho você coloca um rádio, que vai interceptar a
mensagem que você envia ao mundo e a mensagem que o mundo envia a
você. Quando o seu caráter encontra a vocação. Aí no meio você
descobre o seu eu e a
partir desta rocha você constrói a sua vida real.
– O
magistério é a melhor profissão de todas, mas as salas de aula
lotadas e a rotina escravizam a mente dos profissionais.
– Tem
que ser um hábito aprender coisas novas diariamente.
– Não
é tão difícil assim ficar com um estado alterado de consciência.
Cuidado na hora de assistir ao desenho “Pokémon”
(“Poketto Monsutâ”,
1997 -?, Junichi Masuda,
Ken Sugimori,
Satoshi Tajiri
e etc.).
– O
que você é está mudando tanto quanto o mundo ao seu redor.
– É
preciso navegar, mas também sublimar. É preciso caminho limpo e
livre para descarregar e abrir mais os nossos olhos externos e
internos. De maneira saudável e produtiva.
– Queremos
estar sob o controle de nossas próprias vidas e o problema nem é
tanto combinar com os colegas do trabalho e as estrelas do céu, mas
sim olhar para o espelho e se perguntar o que é nós
estarmos sob o controle de nós.
O que é estar sob controle?
-
“Deixa quieto”, reza um mantra popular em 2023 e que parece
antiga sabedoria materna-vovó-popular. Ocorre que no
nosso mundo interior o deixar quieto
não termina em paz e sim em novo eu-mundo-potência.
– Preciso
estudar a hipnose. O trem é demais. É melhor que nos desenhos ou
filmes!
– E
se o Eu for
essencialmente um constante poder escolher?
– E
se a nossa identidade não for limitada ao nosso corpo e a influência
dos átomos no interior das galáxias for ainda maior em nós?
– William
James é demais.
– As
professoras e professores devem falar aos seus alunos no começo das
aulas informações da psicologia sobre a importância do hábito.
– É
preciso ter mais hábitos saudáveis e menos atenção angustiada
estéril
doentia paralisante.
“Agora
podemos voltar à série normalmente.”
A
pessoa é do tipo que sonha e não faz. Ok, é filha ou filho do
Hamlet. Triste, mas comum no humano ainda mais neste nosso
mundo de tantas informações imagens histórias impossíveis
mudanças morais desejos celebridades e etc.. Ocorre que William
James vai chamar atenção para um aspecto perturbador da
questão: há uma inércia sinistra nos bastidores.
Na
proporção que constantemente determinadas ações ocorrem ao mesmo
tempo que o cérebro se adapta a estas ações, temos finalmente a
formação da tão desejada tendência para agir.
A metáfora é dos exercícios e os músculos. Imagine uma pessoa que
sonha, que deseja
e que permite
que esta luz apague-se antes de produzir frutos práticos; pois isso
é ainda pior do que
se esta mesma pessoa tivesse perdido uma grande oportunidade como um
emprego ou um encontro amoroso! Isso porque de
tanto planejar e não realizar, de tanto desejar e não agir de
acordo; é como se assim acostumasse o corpo a torna-se estéril e
fantasma. Envenenando o corpo. O Caminho saudável de tornar uma
resolução uma ação máscula e real torna-se cada vez mais
difícil. Vou pedir ajuda para o filósofo gordinho o nosso querido
Mario Sergio Cortella:
em um das inúmeras palestras que eu vi dele no YouTube ele citou uma
de suas lições favoritas: as palavras de Rabelais:
“Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque
não quiseram quando podiam.”
Eu fiquei tão impressionado que quando vi Gargântua e
Pantagruel (Editora Itatiaia) eu
comprei o trem na hora. Ainda não li, claro, para combinar com o
texto aqui. Pura metalinguagem, héin? E covardia também.
Livremente
inspirado em “William James
e a Psicologia da Consciência”, capítulo 6 de Teorias
da Personalidade, livro de James
Fadiman e Robert
Frager (Traduções de Camila
Pedral Sampaio e Sybil
Safdié; com a coordenação de
Odette de Godoy Pinheiro,
1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil
Ltda).
Lembrando
que começo com William James e Alfred Adler por causa
do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os
Grandes Pensadores).