quinta-feira, 15 de abril de 2021

O Gato que caiu no Livro

 

MEU ARQUIVO DE MATERIAL JORNALÍSTICO: VEREDAS 8

- Um pouco de história. Começou com o meu pai, professor de geografia e história. Ele costumava guardar recortes de jornais e revistas. Além disso ele e eu gravávamos vários programas de televisão em fitas VHS: filmes de arte por causa de suas histórias, filmes ruins por causa de seus efeitos especiais, vídeos engraçados do "Domingão do Faustão", reportagens, documentários como “Xingu primeira série” e séries como "Holocausto A Saga da Família Weiss" e etc. Em 1998 o videocassete já estava estragado e as fitas abandonadas. Meu pai se afastou do magistério em meados de 2005, mas os recortes e revistas e jornais antigos foram abandonados muito muito antes. Mas minha memória fazia o antigo prazer de guardar pedaços da história humana ainda pulsar e, quando entrei na faculdade para estudar jornalismo; cismei que montar um arquivo de material jornalístico poderia ajudar-me a fazer o meu jornal.

Acabei juntando alguma coisa. Querem conhecer? Vamos lá.


18 - Folheto do Gato Negro Núcleo Libertação Animal em “Rememoração ao Dia Mundial Vegano Direitos Animais: Uma Dívida Histórica”. Evento marcado para acontecer no Centro Cultural da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), nos dias 4 e 5 de novembro de 2006. Há a indicação de uma parceria com a Sociedade Vegetariana Brasileira; e a “Quituts”, que parece ser uma fornecedora de alimentação vegana.


Eu não sou vegetariano, não fui neste evento e não lembro como consegui o folheto; mas visitei a “Gato Negro” quando eles eram uma biblioteca comunitária no corredor escondido no segundo andar do Edifício Maletta.

O segundo andar do Edifício Maletta é onde estão os sebos e eu ia lá quase todo dia enquanto fazia faculdade de jornalismo. Um pouco antes e um pouco depois. Há o espaço principal, aberto e onde há até lugares para comer e há um corredor meio “escondido”. É nesse corredor “escondido” que havia a biblioteca comunitária.

Acho que fui lá umas três vezes, mas não peguei livros e nem conheci bem os organizadores. Mas doei um exemplar do “História da Filosofia”, do meu super amado Will Durant.

Saudade de minhas visitas aos sebos do Maletta. Ainda sobre este corredor “escondido”, ali havia um sebo com um aposentado muito simpático que eu visitei depois de formar-me na faculdade. O aposentado trabalhava com engenharia e os livros ali eram principalmente livros técnicos, mas havia ficção. Pelas mãos dele comprei Gynamedes José e vários exemplares da coleção “Mistérios do Desconhecido”.


Agora alguns trechos deste folheto da Gato Negro:

“ “A questão não é: eles pensam?

Ou: eles falam? A questão é: eles sofrem”

(Jeremy Bentham)


Nós, seres humanos, somos animais, porém nos achamos no direito de provocar dor e morte em todas as demais espécies habitantes da Terra. Seja para alimentação, para “ciência”, para diversão, para a moda ou por razões ainda mais banais, animais ano após ano têm sido usados e descartados como meros objetos.


A organização é horizontal e autogestionária. O Gato Negro luta para que qualquer violação da pessoal animal, seja reconhecida com tal rigor a uma violação dos direitos humanos.”


No folheto há a indicação da programação dos dois dias. Podemos ler o nome de alguns audiovisuais: “O Gato Como Ele É”, “Terráqueos”, “Não Matarás” e “Pucilga de Sequestro”. Além de palestras de Thales Tréz, Juliana Biagioni, Doutor George Guimarães, Doutora Edna Cardozo Dias e Fagner Delazari.



19 - “O Livro é um pássaro com mais de 100 asas para voar.” - Ramón Gómez de La Serna.

Não anotei o nome e a data, mas a minha memória que este recorte é do jornal “Estado de Minas”. Daquela seção daquela mulher que escrevia sobre gramática e ortografia. Esqueci o nome dela. Ela sempre tinha uma citação em sua coluna e eu recortei algumas.

Esta citação é bonita, mas eu acrescentaria que um livro é também pessoas (quem escreveu-o e todo mundo que aparece no livro) e também um universo inteiro (cuidado para não cair quando abrir!). “Linguagem poética” nada, eu estou falando concretamente.

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