sábado, 10 de junho de 2023

Olhar para Escutar

 

Olhar para Escutar

 

Mais uma vez não sei se o Paulo Leminski está sendo irônico ou se ninguém só aparece aos apressados bobos. Ser um apressado bobo não parece ser algo atraente inteligente. Então acho sim que quando prestamos atenção na existência tudo que aparece para nós é um alguém. Um alguém e não uma coisa.

Essa grande pedra aqui em frente a janela. Se eu prestar a atenção a ela, mas prestar a atenção meeeesmo, não significa que a pedra vai começar a falar comigo. O trem da poesia é metafórico. Pelo menos acho. Pelo menos espero. Sei lá o que uma pedra que sempre esteve em frente à janela de casa e que me conhece desde pequeno diria sobre a minha preguiça e medo!

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

Lições Velhas para Salvar o Amanhã

 

Lições Velhas para Salvar o Amanhã

 

Nós humanos somos injustos e até covardes com os animais e o meio ambiente. O desafio ecológico é um dos desafios mais urgentes nossos, pois temos que imediatamente parar de envenenar todo o planeta Terra.

Acho que isso seria suficiente. Talvez lembrar que sou nascido em 1983, de modo que sou da geração ECO-92: na hora de escovar os dentes abrir a torneira só nas horas importantes para economizar água, escrever redações sobre o Mico-Leão-Dourado e os perigos da extinção, ter medo da chuva ácida, querer salvar a camada de ozônio… Eu lembro disso, lembro bem. As lições ficaram confusas e a memória misturou tudo ao seu modo e a nossa economia na hora de agir de acordo com as lições… ; mas o coração da lição eu entendi. Se bem que eu não sei se conseguimos salvar o Mico Leão Dourado. Acho que sim. Espero que sim.

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

8 de junho de 2023

 

Praça da Liberdade, 2004, Belo Horizonte. Foi um dia em que na aula de fotografia, na faculdade de jornalismo, fomos para a Praça da Liberdade testar nossas habilidades fotográficas.

 

Eu não precisaria assinar esta fotografia, pois a minha bolsa de uma alça aparece ali no canto. (risos) Eu usei tanto essa bolsa de uma alça que ela furou e se estragou. Sempre desorganizado, eu levava coisas demais: cadernos, recortes de jornais e revistas e livros. Acho que também era insegurança esse trem de querer levar tudo sempre perto consigo.

 

A professora de fotografia era a Vera Godoy, uma das figuras humanas mais iluminadas que eu já conheci. Ah, a Vera! Nada de dicas sobre fotografia, o que ficou foram as lições de vida. Assim como me foi no colégio, onde nada lembro das aulas e sim dos comentários dos professores entre as matérias. Vera, Vera! Como provar aqui toda a sua áurea? A preocupação, nas aulas, de contar os bastidores da profissão de jornalismo fotográfico. A prática da ética da profissão. Aquele seu comentário apaixonado contra as armas naquela palestra sobre a votação a respeito do Estatuto do Desarmamento. Aquela vez na fila para assistir o Sebastião Salgado no Palácio das Artes e eu estava com um livro que eu tinha comprado de você e na hora de pagar a entrada no Palácio das Artes era um livro e eu não sabia e você nem esperou eu saber o que estava acontecendo você tirou o livro das minhas mãos e deu para o caixa da bilheteria guardar: carinho, carinho. Vera, Vera! Que você, sua família e amigos tenham uma vida iluminadamente infinita.


domingo, 4 de junho de 2023

Não pode ser a Caçarola

 

Não pode ser a Caçarola

 

Eu tive que perguntar ao Pai dos Burros o que é uma “caçarola”. Tudo bem, pois eu não escolheria mesmo uma panela grande com bordas altas, também equipada com cabo e tampa, para resumir comida quente em uma rua cheia de gente às seis horas no centro da cidade grande. Ao contrário de Paulo Leminski eu escolheria: … … Não sei. Uma só palavra eu não encontrei. Penso n´eu andando feliz pelo centro de Belo Horizonte sob o sol forte do meio dia até meados da tarde. Tantas e tantas vezes por tantos anos… Não sei escolher uma palavra que resuma a minha caçarola particular que cozinhe as minhas andanças pelo centro de Belo Horizonte.

Pessoas.

Chão.

Sujeira.

Sujeira familiar.

Sujeira familiar e querida.

Sujeira familiar querida e quente.

Andar Invisível Gostoso.

Se sentindo o pacote completo: adulto e proletário.

Alegre Ser Igual a Todos Invisível.

Amando a Todos com o meu olhar curioso de primeira vez sempre.

Aquele sanduíche de trinta centímetros, pão nove grãos, frango teriyaki, salada completa e muito molho agridoce. Mais molho agridoce, moça. Ah, o extra é queijo.

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

 

Uma nota sobre as notícias do dia. 31 de maio de 2023. Índios, alunos do ensino fundamental e carros populares.

Ainda tem o Governo Lula confundindo o Governo Maduro com o povo venezuelano. Ainda tem o trem da reforma ministerial que eu não entendi e não gostei, pois parece que prejudica os índios brasileiros e o meio ambiente.

O episódio do marco temporal foi uma das maiores derrotas que os índios brasileiros sofreram nos últimos anos. É bom lembrar, e eu li isso nos textos do Lúcio Flávio Pinto o maior jornalista do Brasil, que as vésperas da Constituição de 1988 o latifúndio predatório temendo o pior aprontou todas e todas naqueles meses de discussão. E olha que, se comparada a outros momentos, a Constituição de 1988 nem foi tão dura assim contra o latifúndio predatório. Perderam os índios naquele 1988 e perderam agora em 2023.

Vi na televisão, naquelas legendas da Globo News (ou foi na CNN Brasil ou Band News?), sobre uma pesquisa terrível a respeito das dificuldades da alfabetização em alunos do ensino fundamental brasileiro. Os anos iniciais da educação formal são justamente o momento mais crítico para a educação brasileira. O que falta escrever? Ah, o populismo de facilitar a venda de carros populares novos. As multinacionais agradecem e a atmosfera e nossos pulmões não. Como o Brasil é escravo das montadoras de automóveis! Olha, o Governo Lula nesse primeiro semestre está muito ruim. É melhor que o Governo Bolsonaro, mas é ruim. Decepção.