sexta-feira, 28 de agosto de 2020

28 de agosto de 2020

 

Pedaço do teto da farmácia popular aqui de Rio Acima. Aquele trem marrom ali é um ninho de vespas. Gosto de fotos assim: presença humana indireta, arquitetura em um close mais ou menos abstrato e sinais de decadência. 


Algumas observações. As vezes a diagramação do texto aqui do blog fica estranha, mas não precisam se preocupar. Não é o Fahrid Murray Abraham que aparece em Caravaggio (Derek Jarma, 1986), e sim o Jonathan Hyde. Peço perdão a vocês e aproveito para dizer que Hyde já apareceu em diversos filmes populares (de Titanic, de James Cameron, a Jumanji, de Joe Johnston) de modo que eu aposto que você já viu ele no cinema e na televisão. Posso ainda dizer que ele tem um belo site pessoal: http://jonathanhyde.net/ . Lembrando que site pessoal de atores não é algo comum aqui no Brasil. Uma pena, somo pobres e desatentos quanto a este detalhe que não parece-me irrelevante.

Dando uma olhada nas notícias. A interrupção terapêutica da gravidez vai ficar mais difícil no Brasil, depois do último caso que teve repercussão nacional. Uma receita milenar basca tornou-se popular na internet. Universidade estadunidense faz pesquisa e o povo brasileiro fica entre os povos menos empáticos do mundo. E em Minas Gerais eu destaco a notícia que a capital Belo Horizonte esta abrindo ainda mais o comércio e outros serviços nestes tempos de Covid-19. 


Leonardo Mota e a Sabedoria Brasileira                                                                 "Há sempre um chinelo velho pra um pé doente."

Comentário.                                                                                                                  Não é bom estar só, sempre há alguém que combine com você por mais filhote-de-Cruz-Credo que tu sejas! A questão é como procurar e como merecer um Amorzinho. Estou fazendo aquecimento e alongamento todo dia. Como não tenho orientação profissional, eu não exagero. Tocar os dedos dos pés foi uma surpresa para alguém tão sedentário como eu, mas lamento ainda não ter os ombros de um praticante de polo aquático e os braços de um pedreiro que carrega saco de cimento o dia todo. Mas pelo menos eu sou careca igual ao Jason Statham e isso não há mulher interessante que possa negar.


Lendo ELOGIO DA LOUCURA (1510), de Erasmo de Rotterdam (2 de 5)          

Acho que toda criança tem um pouco de Filoxeno, personagem do dramaturgo grego Sófocles: quem nunca assoou o nariz em cima da mesa de comida? Aí o bolo de aniversário fica todo para você, seja o aniversariante você ou não! Outro exemplo: como afastar pessoas chatas numa fila de restaurante fast food

Imagine uma criança sábia ou um idoso consciente de todos os arrependimentos e remorsos ao longo de tantos anos. Não seriam tristes? Agradeça à Loucura que sabe tirar o juízo da gente.

Erasmo de Rotterdam antecipando a crítica de Rousseau e Nietzsche: olhe para o filósofo refletindo, que coisa patética e mórbida! Como se não bastasse a tristeza, essas pessoas também envelhecem depressa. 

Mais Grécia Clássica. Gosto da deusa Diana, pois o seu nome é o mesmo de uma antiga quase namorada minha. Lamento não ter tido coragem para ser um Endimião. Se eu tivesse sido corajoso, se eu me amasse também, eu receberia beijos e bênçãos da Lua todas todas as noites...

Olha a hierarquia de preferência dos humanos, que gostam mais da deusa Adulação, do que da deusa Ate (discórdia) e da deusa Momo (o sono do juízo).

Loucura reina no mundo, controla os humanos. Júpiter fez mesmo um bom trabalho. Olhe para a constituição de um humano: a razão esta num cantinho da cabeça, já as paixões estendem os seus domínios pelo reeeeesto do corpo. E mais, como se não bastasse a razão ser pequena e fraca, a ela Júpiter uniu dois tiranos: a raiva e o desejo sexual. Minto? Olhe para o comportamento de você e da humanidade!

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