segunda-feira, 28 de junho de 2021

Cheirando Mal e Sonhando

CHEIRANDO MAL E SONHANDO

Adagiário Brasileiro”, de Leonardo Mota, 1979; com a ajuda dos filhos Moacir Mota e Orlando Mota.

(Editora Itatiaia, Editora da Universidade de São Paulo, 1987, Segunda série da coleção “Reconquista do Brasil”. Volume 115. Capa do artista plástico Poty, ilustrações internas do artista plástico Aldemir Martins e prefácio de Paulo Rónai.)

"Quem por si me julga, 
não me ofende."
Como interpretar? Ironicamente e amargamente: eu sei que não sou grande coisa, mas sei também que você não é? Melhor lembrar uma citação do Oscar Wilde: estamos todos mergulhados no lixo, mas alguns olham para as estrelas. Vamos olhar para as estrelas. Tentar, tentar.

Algumas notinhas da nossa amável guerra de propaganda, do Brasil 2021. No início da semana que chegaríamos a meio milhão de mortos oficiais pela Covid-19, durante a “Conversa de Redação” do “Jornal da Itatiaia”, da Rádio Itatiaia; os comentaristas questionaram os números oficiais de mortos. Será que era tudo isso mesmo? Acho que foi na terça ou segunda, que eu ouvi isso. Na segunda-feira seguinte (o número de meio milhão foi alcançado no sábado anterior um pouco antes da noite), o destaque na Itatiaia foi a volta às aulas. O número foi citado, mas bem bem discretamente. Logo após as revelações medonhas dos Miranda à CPI da Covid, o “Jornal da Band”, da Rede Bandeirantes de Televisão”, abre sua edição falando da tragédia na Flórida. A CPI foi citada bem bem discretamente ao longo do telejornal. Adoro esses detalhes da guerra de propaganda. Agora outra nota que eu devia ter falado antes: Globo não gosta do Bolsonaro, a Rádio Itatiaia gosta; mas ambas igualmente não gostavam de Trump e nem tentaram disfarçar a felicidade com a vitória de Biden. Não é curioso isso? Discordâncias na política caseira e convergências na política externa. Acho curioso.

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