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terça-feira, 3 de outubro de 2023

Zen-Budismo 2 de 10

 

Zen-Budismo 2 de 10

 

Mal começamos a conhecer o ponto de vista do Zen-Budismo e imediatamente aprendemos aquele tipo de lição que coloca a nossa vida de cabeça para baixo, ao mesmo tempo que nos faz renascer intelectualmente e emocionalmente: o conceito budista da temporariedade.

Tudo está mudando o tempo todo. Isso é óbvio, o que não é óbvio é isso na prática: a sua dor, a sua felicidade, o próprio Buda, a autoridade dos outros, a sua idade, o que você pensava da vida, as verdades científicas... Não é óbvio que o tempo passa e que tudo está mudando.

Não é óbvio que tudo está mudando e que o tempo passa porque frequentemente você se olha no espelho e leva um susto sobre o que fez e está fazendo de sua vida. E você ri e chora quando olha para você mais novo ou você mais velho. Como é possível você levar um susto sobre o que você fez da própria vida? Você por acaso estava dormindo?

É o rio. Nós estamos no rio. É o mesmo rio do Sidarta de Herman Hesse e o mesmo rio do ensaio sobre a velhice escrito pelo meu amado Bertrand Russell. Rio ou caminho estelar do filme “Contato” (“Contact”, 1997, Jodie Foster, Robert Zemeckis, Carl Sagan, James V. Hart, Matthew McConaughey e etc.). Em última análise não deve haver nem morte ou nascimento, só este rio mesmo. Acho que as aparências e a dor e o prazer é que nos distrai. É fácil se distrair. Eu que o diga, com nome de astronauta eu vivo mesmo no mundo da Lua. Ou no quarto anel de Saturno.

E se tudo muda e se estamos no rio, não podemos nos afogar. Se a gente fica distraído ou desesperado nós não boiamos e acabamos nos afogando. Então se tudo muda nós devemos ser mais serenos diante da vida. Difícil porque em 2023 aqui no Ocidente é tanto estímulo na internet, televisão, é tanto medo nas ruas, tanto sexo insatisfatório, e tanto vazio interior e tanto desgosto por trabalho chato e salário insuficiente!

 

 

 

Livremente inspirado em “Segunda Parte Introdução às Teorias Orientais da Personalidade” e capítulo 10 “Zen-Budismo”. Do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Um brinde para Lula, 2004

 

Um brinde para Lula, 2004

 

Eu estava na faculdade de jornalismo quando aconteceu o Caso Lula-New-York-Times-Cachaça. O caso foi patético e o desafio era identificar se era truculência impulsiva ou sinal de autoritarismo por parte do Governo Lula. Duas opções tristes. Se um jornalista desagrada um presidente da república, o máximo que deveria acontecer seria o assessor de imprensa numa entrevista coletiva dar uma resposta bem inteligente; e pronto. E pronto.

Em segundo lugar, coloca-o nas mãos de políticos. Quem espalha aos jornalistas que o presidente bebeu nesta ou naquela reunião reservada são os deputados e senadores dos partidos aliados. Qual o motivo? Não seria para enfraquecer o governo e, dessa forma, forçar a liberação de emendas e a nomeação de seus apadrinhados para órgãos públicos?

(Diogo Mainardi em Abstinência da razão, artigo publicado em Revista Veja em sua edição de 19 de maio de 2004.)

Não sei como anda a dieta do Lula em 2023, mas sei que hoje ele não é capaz de mandar repórteres “viajarem” se estes o incomodarem. Mais porque o Governo Lula está fraco do que por republicanismo?

 

2 de outubro de 2023

Nordeste

Site do Governo do Estado de Pernambuco

(2023 “Mais trabalho, mais futuro”)

https://www.pe.gov.br/

https://www.pe.gov.br/blog/71-blog/saude/806-governadora-raquel-lyra-anuncia-reforma-do-hospital-da-restauracao-e-obra-de-contencao-de-encostas-em-jardim-monte-verde

“PUBLICADO: QUINTA, 28 SETEMBRO 2023 12:16

GOVERNADORA RAQUEL LYRA ANUNCIA REFORMA DO HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO E OBRA DE CONTENÇÃO DE ENCOSTAS EM JARDIM MONTE VERDE”

Antes de mais nada: mulheres: a governadora Raquel Lyra e sua vice, Priscila Krause. Legal isso. Outra coisa interessante é que não são informados os partidos dos políticos citados no texto. Por quê? A reportagem fala sobre os anúncios de obras depois do Ouvir para Mudar, projeto que percorre quilômetros e ouve dezenas de pessoas. Bom, é uma reportagem governista. Tudo bem. Que tudo termine bem.

Folha de Pernambuco

(“Compromisso com você 1998-2023”)

Manchete principal do site é sobre um acidente em um parque de diversões. Na versão impressa a manchete é sobre o novo formato dos concursos públicos em todo o Brasil. Em Cabrobó o prefeito foi proibido de divulgar uma pesquisa que mostrava que ele tinha muita aprovação popular; não há muitas explicações no texto (coluna do Carlos Britto)  mas parece que os bastidores da pesquisa feita não a tornam angelical.

https://www.folhape.com.br/edicao-impressa/2544/02-10-2023/#edicao_impressa-2

 

 

CEPIA

Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação

https://cepia.org.br/

Crime é não falar. #ADPF442 #nempresanemmorta

https://cepia.org.br/2023/09/28/crime-e-nao-falar-lancamento-de-video/

Hoje,  28 de setembro é o Dia Latino-americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto.Para marcar a data a CEPIA se some a iniciativas desenvolvias por diversas organizações e coletivos na onda verde pela dignidade humana das mulheres e meninas, pela autonomia sexual e reprodutiva e pelo direito à escolha.

 

 

BBC Brasil

https://www.bbc.com/portuguese

O destaque é o relato de três brasileiros que trabalham na Inglaterra como motoqueiros entregadores. Eles ganham muito mais dinheiro, mas relatos de quem tem mais experiência parecem demonstrar que há crise econômica no horizonte inglês.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c1v9gr16y7po

“Por que cientistas dizem que estamos perto de achar vida em outro planeta”

O planeta fora, bem fora, 120 anos-luz de distância de nós; chamado K2-18b tem probabilidades boas de abrigar vida. Depois vem a lua Europa do planeta Júpiter e a lua Titã do meu planeta Saturno. Quer mais notícia boa? Temos. Avanços no projeto Seti (aqueles dos radares que procuram “ouvir” sinais de vida inteligente) devido à sofisticação dos últimos telescópios. Isso porque com telescópios mais modernos, o pessoal do Seti pode ser menos aleatório na hora de mirar os seus radares.

Antologia do Folclore Brasileiro 1 de 25

 

Antologia do Folclore Brasileiro 1 de 25

 

 

 Aos cantadores e violeiros analfabetos e geniais,

às velhas amas contadeiras de estórias maravilhosas

fontes perpétuas da literatura oral do Brasil, ofereço,

dedico e consagro este livro que jamais hão de ler...

Que jamais hão de ler; é verdade, mas elas e eles sempre estarão à espera de nós.

 

 

Luís da Câmara Cascudo adoooora fazer uma citação em língua estrangeira sem traduzir. Danado!, mas ele pode; amo ele então perdoo fácil fácil. Mas isso seria coisa para Global Editora fazer aqueeeelas notinhas de rodapé né? Pois é… Deixa pra lá.

 

 

O cancioneiro popular vai mais longe e eu preciso conhecer o Franz Boaz mais de perto. Quando meu amado Will Durant apresentou o Francisco Boaz para mim em A Filosofia da Vida, fiquei totalmente encantado e conquistado. Tem livro do Chiquinho Boaz em português? Preciso procurar.

 

 

Um apito pequenininho feito de um ossinho de animal ficou 12 mil anos em silêncio até ressuscitar pelas mãos de Hernandez-Pacheco, naquele encontro feliz em uma caverna em Paloma; Astúrias. Pois pois, aqui nesta antologia teremos a mesma coisa: flautinhas de muita gente que registrou pedaços da cultura popular brasileira ao longo de séculos irão cantar novamente. Para você que me lê.

 

 

Ah!, mas é maravilhoso! Simplesmente maravilhoso! Eu mal começo a Antologia do Folclore Brasileiro, de Luís da Câmara Cascudo, e já tropeço no primeiro registro presencial do encontro das lendárias guerreiras amazonas! E por um religioso! Como todo respeito frade Gaspar de Carvajal; mas é impossível ignorar os meses e meses de fome e sede em uma viagem mortal em alto mar em um navio cheio de homens fedorentos e os paralelos freudianos tudo tudo misturado para explicar a sua visão das amazonas.

"Quero que saibam qual o motivo de se defenderem os índios de tal maneira. Hão de saber que eles são súditos tributários das Amazonas, e conhecida a nossa vinda, foram pedir-lhes socorro e vieram dez ou doze. A estas nós a vimos, que andavam combatendo diante de todos os índios como capitães e lutavam tão corajosamente que os índios não ousavam mostrar as espáduas, ao que fugia diante de nós, matavam a pauladas. Eis a razão por que os índios tanto se defendiam.

Estas mulheres são muito alvas e altas, com o cabelo muito comprido, entraçado e enrolado, na cabeça. São muito menbrudas e andam nuas em pêlo, tapadas as suas vergonhas, com os seus arcos e flechas nas mãos, fazendo tanta guerra como dez índios. E em verdade houve uma dessas mulheres que meteu um palmo de flecha por um dos bergantins, e as outras um pouco menos, de modo que os nossos bergantins pareciam porcos-espinhos."

(Frei Gaspar de Carvajal)

[Páginas 58 a 61 de Descobrimento do Rio Amazonas, de frei Gaspar de Carvajal, Alonso de Rojas e Cristobal de Acuña; com tradução e notas de C. de Melo-Leitão. Volume de número 203 da Colação Brasiliana {São Paulo, 1943}.].

Brancas, altas e com cabelos lisos. E todo o resto do relato do frei sugere que ele gostava de narrar uma luta: “... uma coisa maravilhosa de ver-se”.

 

 

- Aí vem a nossa comida pulando.

Mais uma história fabulosa, mas mais real. Quer dizer, também acredito nas amazonas; claro, claro. Cof! Cof! Mas onde eu estava? Como todo o respeito, mas não posso resistir e uso minha brasilidade como imunidade:

- Pula, Hans Staten, pula!

 

Pelo menos uma vez por mês a bebedeira indígena a noite toda, dançando sem parar, fazendo um barulho “formidável”. Repartem a comida e raramente ficam zangados uns com os outros. Isso é que é programa de índio!

 

Tentaram nos obrigar a sair do barco que encalhou no rio subitamente por causa da maré baixa. A ideia era fazer muita fumaça de pimenta e para isso os índios tentaram fazer uma fogueira, mas o fogo não pegou. Escapamos.

 

 

Bom, é de época e é preciso compreender; mas as palavras do padre Manuel da Nóbrega podiam ter aquela tolerância gentil dos antropólogos. Triste, triste.

 

 

A mesma coisa com o José de Anchieta, infelizmente. Os índios não conhecem o deus verdadeiro, mas em compensação os demônios selvagens eles conhecem praticamente todos, José de Anchieta? Triste, triste, mas é o contexto, o contexto.

 

 

 

Livremente inspirado em Antologia do Folclore Brasileiro, 1944, organizado pelo

Professor dos professores, o mestre dos mestres, a mistura de Aristóteles e poesia, a mistura do luar que perfuma o rio Potengi com o sol que vivifica o Rio Grande do Norte: Luís da Câmara Cascudo.

(2003, Global Editora e Distribuidora Ltda, São Paulo, edição em dois volumes.)

[1 de 25].

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

28 de setembro de 2023

 

28 de setembro de 2023

 

Amigo, não aguento mais reapresentar o que achei mais interessante de Teorias da Personalidade, de Fadiman e Frager. É um dos livros mais maravilhosos que já conheci, mas graças à minha desorganização fiquei tempo demais com ele e não aguento mais. Mas ainda falta a parte oriental do trem e o Abraham Maslow.

 

Era para ser William James, Alfred Adler, mulheres, oriente e pronto. Mas uma citação que por acaso encontrei do Abraham Maslow, mais uma coisa que ele escreveu sobre sinergia me fizeram acreditar que eu precisava dele. A citação tem haver com o pessimismo estrutural-essencial em Freud, coisa que até um leigo como eu já suspeitava. Sinergia é porque a minha família aqui tem sinergia zero, a gente não consegue olhar na mesma direção e frequentemente nos vemos falando línguas diferentes. Trabalho em equipe é quase impossível. Pouco mais do que três pessoas estranhas morando na mesma casa.

 

Mas eu preciso terminar o trabalho. Sou tão infantil e terminar o trabalho tem algo de adulto e maduro não é? Então vou ser breve e posso até transformar as lições em textos reservas para este blog ser diário. Quem sabe? Então vamos começar logo.

 

Havia um crescente orientalismo nos Estados Unidos em meados da década de 1970. Orientalismo no Ocidente tem quase sempre, mas em alguns momentos o trem tá forte. E vice versa, já que no Oriente o pessoal também inventa de querer imitar-nos. O que nós claro, aqui, achamos uma tremenda bobagem. Mas é preciso acreditar que os sábios de cada lado vão saber desenvolver-se e as melhores ideias vão florescer melhor com a mistura inevitável. Apesar da frequente burrice da humanidade “cantar de galo” frequentemente.

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

27 de setembro de 2023

 

27 de setembro de 2023

 

Meu amigo, como você vai? Eu sei que você está morto e também sei que só lembrei-me de você agora, mas eu preciso escrever para alguém! Por isso nunca consegui escrever um diário, eu preciso saber que estou escrevendo para alguém. Mesmo que a chance seja de 0,00001%. Se não é zero, já é suficiente para mim.

 

Mas como você está? Sei que você está no céu. Sou agnóstico, mas sei que você está no céu. Este catolicismo não praticante de minha parte. Fazer o quê? Humanismo renascentista e iluminismo; pois não me venham com crachás de procuração para falar em nome de tudo aquilo que é divino! Divino é apenas o humano.

 

Mas onde a gente estava? Eu me formei em jornalismo. Era para você ter se formado também, se não fosse o ataque cardíaco no jogo de vôlei. Bom, desde então eu continuei praticamente o mesmo. Minhas experiências profissionais pararam em 2013. Eu não sei explicar 2013-2023. Não é uma década perdida, eu só não sei identificar a sabedoria escondida ali naqueles dez anos. Os meus sete anos de Thorstein Veblen viraram dez anos aldrinianos.

 

Eu sou mesmo uma marmota. E como eu tenho medo! Medo de altura, medo de dirigir (apesar de saber dirigir uma locomotiva a vapor, mas essa história conto em outra ocasião), medo da violência, medo de virar adulto e medo de intimidade. A se acreditar naquele teste de psicologia on line e mesmo numa olhada para minha vida pregressa, o meu medo de intimidade é mesmo o central. Eu devo ter o ego mais frágil do mundo ou o mais forte, não sei se faz diferença isso; não tenho intimidade com a escola de pensamento psicanalítico. O que fazer? Olha só, só reclamei, só dei voltas em mim mesmo nesta primeira vez que converso contigo. Ah, ego meu! Mas é só a primeira carta.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 10 de 10

 

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 10 de 10

 

Tá achando que ser mulher é fácil? Tá achando errado. Tá achando que o trabalho intelectual é fácil? Tá achando errado. O caminho é bonito, mas também muito carente de nosso esforço. Segue o trem:

 

 

Reading on the Psychology of Women, antologia organizada pela Judith M. Bardwick (1973, Editora Harper & Row, Nova Iorque).

 

 

“Sex”, texto de Alfred Adler publicado em Psychoanalysis and Women. Organizado pela Jean Baker Miller (1973, Editora Penguin, Baltimore).

 

 

Women and Madness, de Phyllis Chesler (1972, Editora Doubleday, Nova Iorque).

 

 

O Segundo Sexo, de Simone Beauvoir (1952).

 

Mother and Amazons: the First Feminine History of Culture, de Helen Diner (1965, Editora Julian Press, Nova Iorque).

 

 

The Dialetic of Sex: The Case for Feminist Revolution, de Shulamith Firestone (1970, Editora Morow, Nova Iorque).

 

 

“Feminine Psychosexual Development in Freudian Theory: A Historical Reconstruction”, texto de Zenia Odes Fliegel publicado em The Psychoanalitic Quarterly (“42:385-405”. Com certeza é número 42 e páginas 385 a 405).

 

 

The Feminine Mystique, de Betty Friedan (1963, Editora Dell, Nova Iorque).

 

 

Women´s Mysteries: Ancient and Modern, de M. Esther Harding (1971, Editora G. P. Putnam´s Sons, Nova Iorque).

 

 

Feminine Psychology, de Karen Horney (1967, Editora Norton, Nova Iorque).

 

 

Man´s World, Woman´s Place: a Study in Social Mythology, de Elizabeth Janeway (1971, Editora Dell, Nova Iorque).

 

 

The Feminine Character: History of an Ideology, de Viola Klein. 1946. Uma percussora da teoria do “Lugar de Fala”, de Djamila Ribeiro.

 

 

The Fear of Women, Wolfgang Lederer (1968, Editora Grune & Stratton, Nova Iorque).

 

 

The Development of Sex Differences, organizado pela Eleanor E. Maccoby (1966 e “Stanford, Calif.: Stanford University Press”).

 

 

Psychoanalysis and Feminism, de Juliet Mitchell (1974, Editora Pantheon, Nova Iorque).

E

Women´s State, de Juliet Mitchell. (1971, Editora Random House, Nova Iorque).

Pelo que li das pequenas resenhas que acompanham a bibliografia comentada pela Elizabeth Lloyd Mayer, a Juliet merece parecer aqui destacada com duas obras suas. Poderosa Juju!

 

 

Sisterhood is Powerful: an Anthology of Writings from the Women´s Liberation Movement, de Robin Morgan (1970, Editora Random House, Nova Iorque).

Este livro aparece no filme maravilhoso Mulheres do Século 20 (“20th Century Women”, 2016, Mike Mills, Annette Bening, Lucas Jade Zummann e etc.). Escrevi mais a respeito nesta crítica Homens do Século 20 (https://amorequeijo.blogspot.com/2022/11/homens-do-seculo-21.html).

 

 

The Diary of Anais Nin, de Anais Nin. Anais Nin! Ah! Ah! Eu já comprei Em Busca de um Homem Sensível, pelas mãos daquele catador de papel. Mesmo livro que a Dina Sfat leu e gostou. A Dina até mandou um dos namorados dela ler, porque ele era meio imaturo. Se eu já li a Anais Nin? Não, mas já li um dos namorados dela: Henry Miller. Mas agora falando um pouquinho mais sério: olha como a Elizabeth Lloyd Mayer elogia a Anais Nin na pequena resenha que acompanha a obra citada. Uau!

 

 

Psychoanalysis and Female Sexuality, organizado pelo Hendrik M. Ruitenbeck. (1966, “New Haven, Conn.: College and University Press”.).

 

 

Getting Clear, de Anne Kent Rush. (1973, Editora Random House-Bookworks, Nova Iorque.).

 

 

“Problems in Freud´s Psychology of Woman”, texto de Roy Schafer publicado em Journal of the American Psychoanalytic Association (“22:459-485”, quase com certeza seja mesmo número 22 e páginas 459 a 485.).

 

 

The Nature and Evolution of Female Sexuality, de Mary Jane Sherfey. (1972, Editora Ramdom House, Nova Iorque).

Ora ora, uma Mary Jane! Eu já contei aqui que eu fui leitor apaixonado das revistas em quadrinhos do Homem-Aranha? A nossa Mary Jane aqui também se destaca. Citando da pequena crítica da Elizabeth: a Mary Jane Sherfey escreve sobre a sexualidade feminina do ponto de vista médico-psicanalítico oferecendo-nos a sua visão “ponderada, erudita e radical”.

Ponderado, erudito e radical. Muito adjetivo bom junto. Parabéns, Maria.

 

 

The Flight from Woman, de Karl Stern. (1965, “Farrar, Strauss and Giroux”, Nova Iorque).

 

 

Women and Analysis: Dialogues on Psychoanalytic Views of Feminity, organizado por Jean Strouse. (1974, Editora Viking, Nova Iorque).

 

 

Não sei reescrever o trem, então vai no original:

Clara Thompson, “1964, On Women, Selecionado por Maurice P. Green a partir de Interpersonal Psychoanalysis. New York: New American Library.”

 

 

Para a chave torna-se dourada, para dar voz à Elizabeth que ficou aqui escrevendo o tempo todo a respeito de outras e outros. Para aumentar a responsabilidade e a sedução a quem está lendo este blog.

Vai vai Beth!

É provável que mudanças radicais nos valores sociais somente possam ocorrer na medida em que os indivíduos numa dada sociedade se engajarem num auto-exame que leve à compreensão psicológica e à liberdade de escolher e alterar valores profundamente estabelecidos. Todas as teorias da personalidade discutidas neste manual têm contribuições úteis a fazer na facilitação deste auto-exame. No próprio processo de auto-exame podemos criar teorias melhores que todas elas.

ELIZABETH LLOYD MAYER.

 

 

Livremente inspirado em “Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung”; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 8 de 10

 

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 8 de 10

 

A vez do Carlos! Carlos Gustavo Jung! Carl Gustav Jung! Em 2017 quando a frustração amorosa quase me destruiu e me levou ao psicólogo, eu conheci o Carlos. Falei para o psicólogo Matheus que quando a gente pesquisava superficialmente pelo Google as citações do Jung destacavam-se pela poesia e inteligência. E a gente sabe que a poesia é verdadeira. O Freud, por exemplo, só parecia inteligente. Teve um evento que não lembro o que era na Praça Milton Gonsalves aqui em Rio Acima, onde havia uma barraca doando livros. Meus olhos cresceram rápidos e a salivação estava a mil. Fiquei com um livro do Jorge Amado (não me lembro do título) e um livro do Jung (Memórias Sonhos Reflexões) nas mãos. A gente pegar quantos livros quisesse, mas seria gostoso/inteligente selecionar e também bancar o virtuoso. No mais gostei demais do Capitães da Areia, mas... O gol foi lindo, mas contratar o jogador é outra história... O livro é bom, mas o autor... Enfim, do Jung eu nada tinha ainda. Enfim, queria o Jung.

Mas é só. Ainda não li o livro e nem li o capítulo dedicado a Jung em Teorias da Personalidade. Eu estou com a Elizabeth no seu apêndice.

 

Olha, resumir-reapresentar a parte feminina da psicologia analítica junguiana no trecho que achei mais interessante foi complicado.

Mas vamos lá.

A mulher precisa alcançar o yang masculino em seu inconsciente, pois assim o seu animus permitirá a ela torna-se um ser completo. Se não ela vai ser exclusivamente feminina, vai ser exclusivamente metade, vai ser exclusivamente yin. O masculino dela vai se transformar nos homens que ela vai conhecer ao longo da vida. A mulher precisa desenvolver pensamento racional, força física e autoafirmação; características que culturalmente são classificadas como “masculinas”.

Caramba, acho que ficou bom. Sei que Jung tem um fã-clube rigoroso que pode reclamar. Ah e claro: Jung é mesmo muito poético mais uma vez comprovou-se.

 

 

 

Livremente inspirado em “Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung”; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 7 de 10

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 7 de 10

 

Ah! Ah!, como o meu amado Will Durant não erra! (risos) William James não apareceu, mas o Alfred Adler apareceu e não fez feio entre os autores masculinos escolhidos pela Elizabeth. Apesar de que sobre ele a Elizabeth Lloyd Mayer escreveu apenas um parágrafo. É um parágrafo enorme, mas um parágrafo. Enfim, enfim.

As diferenças são principalmente culturais, e mais: a influência cultural não paira sobre nós desde o nascimento como um cobertor leve frequentemente. A influência cultural do meio com muita frequência é uma corrente nos prendendo e nos limitando. Gosto de sardinha, gosto do meu Adler; então eu vou puxar sim!

Sugeriu que “ “uma menina vem ao mundo com um preconceito ressoando em seus ouvidos, cuja a única finalidade é roubar-lhe a crença em seu próprio valor, arruinar a sua autoconfiança e destruir sua esperança de algum dia vir a realizar algo de valor... As vantagens óbvias de ser um homem (em nossa sociedade) causaram graves distúrbios no desenvolvimento psíquico das mulheres” ” (Adler, 1973, pp. 41-42).

“Sex”, texto de Alfred Adler publicado em Psychoanalysis and Women. Organizado pela Jean Baker Miller (1973, Editora Penguin, Baltimore).

Alfred Adler: - Obrigado, Aldrin. Agora todas as feministas do Brasil, Mundo, Universo e Espaço Sideral e Além, vão me ler e gostar de mim!

- Tamo junto, Fred!

 

 

Livremente inspirado em “Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung”; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).


domingo, 17 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 6 de 10

 

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 6 de 10

 

Depois de Freud, temos o caso do Wilhelm Reich e o que ele diz sobre as mulheres. Reich é muito excêntrico, mas era sincero, corajoso e muito inteligente também: merece respeito. Ocorre que, logo de cara, precisamos admitir que a psicologia de William Reich era bastante centrada na sexualidade e na influência desta na sociedade. Isso é muito, muito mesmo, mas com certeza não é tudo. Então é difícil o feminismo julgar o Wilhelm Reich como um autor completo e rico, mais fácil o feminismo dar uma atenção ali e aprender acolá e brevemente ir adiante. Mas o que entender?

Reich aproxima-se de Freud na parte da anatomia feminina ser um problema, mas no final Reich é mais esperançoso: o orgasmo feminino ainda há de alcançar todo o seu potencial evolutivo. As mulheres ainda vão ser muito mais felizes no sexo, apesar de Wilheim Reich não ser muito detalhado sobre como seria este futuro. Como quase todo marxista Reich se atrapalhava um pouco na hora de imaginar como seria o futuro... (risos).

 

 

 

Livremente inspirado em “Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung”; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

sábado, 16 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 5 de 10

 

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 5 de 10

 

Mas Freud encontrou em Erik Erikson (nome poema, como Patricia Petibon e Gilberto Gil) um advogado talentoso. Algumas feministas torceram o nariz para Erik, mas as suas teorias conheceram mais sucesso acadêmico do que críticas negativas.

Freud errou feio sobre as mulheres porque, -segundo Erik Erikson-, ele baseou-se principalmente em mulheres portadoras de sofrimento mental mais do que mulheres comuns, Freud é homem, pô!; e também porque o austríaco não era uma ilha e sofreu portanto a influência cultural da época em que vivia.

Além do mais, a inveja feminina daquela parte da anatomia masculina não deve ser descartava assim tão facilmente. Erik Erikson pergunta: o feminino é diferente do masculino e uma das diferenças é justamente a consciência diferente que as mulheres têm do “espaço corpóreo interno”?

(“Inner and Outer Space: Reflections on Womanhood”, texto de Erik Erikson publicado em Daedelus [“93:582-606”]. Aqui acho que dá para ter certeza de ser “número 93, páginas 582 à página 606”.).

 

Livremente inspirado em “Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung”; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 4 de 10

 

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 4 de 10

 

Mas Freud, essa suposta inveja que as mulheres podem ter a respeito de... hã?... certa... parte... dos homens... não é uma condenação perpétua a quem nasce mulher. Lembremo-nos do que ensinou Karen Horney sobre uma experiência natural, perfeitamente transformável em combustível para mudanças saudáveis. E pronto. Aliás, homens também podem invejar as mulheres e isso é natural e não é também uma condenação eterna.

(“The Flight from Womanhood” (1926), texto da Karen Horney publicado em Feminine Psychology [1967, Editora Norton, Nova Iorque]).

 

 


Livremente inspirado em Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 3 de 10

 

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 3 de 10

 

Freud foi bastante honesto em admitir que desconhecia bastante as particularidades do feminino, mas o que ele escreveu sobre o destino quase totalmente deficiente e inferior das mulheres por causa das forças sexuais foi alvo de críticas feministas justas e bem fundamentadas. Um ponto fraco poderoso da psicanálise de Freud evidente até para leigos: o feminino não é feminino e sim um masculino malogrado?

Ah, Freud!; precisamos concertar isso daí pra ontem!

 

 

Livremente inspirado em Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 2 de 10

 

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 2 de 10

 

E não são as mulheres exclusivamente as beneficiadas pelo reexame feminino das teorias consagradas da psicologia e psicanálise, os homens também são beneficiados. Pois as consequências são amplas na estrutura social, a cultura se transforma. Pode demorar, mas a vida das pessoas muda.

 

Livremente inspirado em Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 1 de 10

 

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 1 de 10

 

Olha a organização, os 31 textos reservas deste blog já acabaram e como eu faço pra esse trem aqui continuar diário? (risos) Aproveito e acabo de vez com os comentários sobre Teorias da Personalidade, pois quero seguir adiante. Vai ser uma maratona. Quantos textos consigo escrever antecipadamente? (risos)

 

Nas teorias de Freud, Reich, Adler e Jung seria uma tanto injusto destacar o machismo nelas, é mais educativo e sábio lembrar que o movimento feminista a partir das décadas de 1960 e 1970 cresceu e marcou tanto que a exigência de um reexame dessas teorias se tornou necessário. Ao mesmo tempo em que o clamor óbvio por novas teorias. Não romper ou negar, mas olhar de novo e também criar. Isso pode parecer óbvio, mas política é paixão e às vezes o trem cresce e a gente fica com vontade de mandar tudo para o inferno e recomeçar do zero. E isso não é inteligente.

 

 

Livremente inspirado em Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).