terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Chapolin no Sindicato

 

Chapolin no sindicato


Se precisasse, o fulano publicava até um cheque se estivesse caído no chão!

Não lembro do nome de quem disse e nem a quem referia-se e também não sei se era “cheque”. Podia ser rótulo de alguma maionese, de sabonete líquido ou mesmo ser uma bula de remédio. A memória agora não consegue ver muito além da neblina temporal. Lembro apenas que era um jornalista veterano falando sobre um irmão de profissão que, mais talentoso que a média, não se intimidava com o dead line (“hora mortal”, em tradução livre; expressão para indicar que na redação do jornal o relógio já está engatilhado) e conseguia editar o jornal deixando todos os espaços das páginas preenchidas.

Acho que eu estava na Casa do Jornalista, onde fica o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais. Escrevendo alguma reportagem e a declaração surgiu no meio de alguma entrevista. Eu fui lá algumas vezes. As minhas visitas eram anônimas, mas eu acho que me sentia chique lá dentro.

Eu estava usando uma camiseta do Chapolin Colorado quando paguei minha primeira e única taxa para o sindicato. Lembro da camiseta que motivou o sorriso da secretária. Nem lembro o que eu paguei. Já deve ter perdido a validade o trem que nem sei o que é. Nem lembro porque esta segunda lembrança do sindicato dos jornalistas invadiu o texto da primeira lembrança.


Ah, é que eu ainda estou neste drama de tentar escrever textos reservas para tentar manter este blog diário. Daí que eu teria que ser tão alquimista quanto este velho jornalista.

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