sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

William James 11 de 36

 

William James 11 de 36


Depois de 10 publicações, acho que é hora de fazer um resumo do resumo como se estivéssemos dentro de uma apostila fina de fim de ano de supletivo noturno em um lugar periférico de uma cidade pobre. Aliás, eu já estudei em um supletivo assim, voltava de ônibus a noite e por causa da videolocadora que havia ali perto eu me curei do trauma de assistir “O Homem Elefante” (“The Elephant Man”, 1980, John Merrick, David Lynch, Christopher De Vore, Eric Bergren, John Hurt e etc.). Héin? Eu nunca contei essa história?

Mas onde eu estava?


Ame o que tem que ser amado dentro de você e odeie o que tem que ser odiado dentro de você; mas aceite esta balança interna.

Acredite que você quer realizar o projeto.

William James era um autor honesto e humilde.

Um motivo para sermos humilde para com nós mesmos e para as outras pessoas, é lembrar que nós estamos sempre mudando.

A Legião Urbana estava certa quando cantava “disciplina é liberdade”.

A gente já tem a semente para mudar radicalmente para melhor as nossas vidas.

-- “O pessimismo é essencialmente uma doença religiosa.” : William James em The Will to Believe and Other Essays in Popular Philosophy. Nova Iorque e Londres, Longmann, Green and Company, 1896.

Ver a realidade internamente, para sabermos melhor relacionar-nos com outras pessoas.

Queremos segurança do grupo e também a solidão da nossa vitória exclusiva.

Agora podemos voltar à série normalmente.

Agora pela primeira vez na casa da psicologia temos um cômodo onde o piso é escorregadio. Vamos discutir o querer. Muito conhecida, pouco conhecida. Muito sentida, pouco conhecida. Vamos ver como vai a minha didática. Sou filho de dois professores e leio Bertrand Russell desde a aborrecência e este tinha uma clareza que tornou-se lendária.


Nossa, o trem é complicado. Mas vamos lá. Até me lembrei de uma citação do Francis Bacon e que até hoje não entendi direito sobre o mesmo assunto. (*) Mas vamos lá, vamos lá. Cuidado para não ficar abstrato demais. Como pode ficar abstrato falar sobre o querer? Ah, vamos ver...

Querer não é um ato puro, isolado, em si mesmo, querer é sempre ligado. Ligado à consciência para que a ação desejada possa revelar-se. A intenção deve ser registrada e estabilizada. Aí a ideia prevalece e fica estável também. E com isso o querer pode ficar estável também. A ação, acontecendo ou não, coisa praticamente imaterial em sua natureza; não é tão importante assim nessa nossa discussão. O importante aqui é registrar e estabilizar. Deixar a consciência com as suas gavetas limpas e organizadas. Tudo no lugar e funcionando limpinho. O arbítrio fica feliz com uma ideia estabilizada.

Então morrendo de medo de ter explicado errado, eu resumo que o importante aqui é, ao olhar internamente, é que tudo esteja com as cortinas abertas para a luz passar e que esteja tudo numa estabilidade de foto oficial para algum cargo público.


* No último instante julguei que a citação deve aparecer na série aqui sobre o behaviorismo. Não sei se por capricho ou por preguiça, pois a citação é grande. Um parágrafo enoooorme.


Livremente inspirado em “William James e a Psicologia da Consciência”, capítulo 6 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).


Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

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