Faustão e o Historicismo?
Não me sinto seguro para
dizer o que seja o historicismo para Karl
Popper, mas suspeito que seja pedir mais do que a Professora História pode
dar-nos. Cícero está certo, a
história é mesmo uma professora importante; mas não podemos pedir a ela o que
ela não pode nos dar. As suas lições tem limites.
“A suspeita é que ele é um
homem rico e influente e ademais estamos no Brasil e a história do Brasil é
outra evidência”. Não é bem assim. É compreensível, mas também preconceituoso
essa desconfiança por ele ser rico; mas pior ainda epistemologicamente falando é
usar a “história do Brasil” como prova. A história do Brasil prova nada. A
história do Brasil prova nada porque a história do Brasil não é a mesma para um
militante do Movimento dos Sem Terra e para um latifundiário; para um banqueiro
que mora em São Paulo e para um pescador do Acre. É miserável procurar linhas
objetivas nos caminhos da história porque isso pode fechar os caminhos que
podemos trilhar no futuro.
Era isso, Popper?
Agora tenho que parar de só
ler trechos de A Sociedade Aberta e Seus
Inimigos e ler o livro todo. Ademais sobre o historicismo Popper escreveu A Miséria do Historicismo e este livro eu nem comprei ainda.
Posso não saber o que é
historicismo, mas sei que o trem é sinistro e se vocês leitores virem o
historicismo sugiro que vocês mantenham distância dele. Atravessem a rua e não
retornem as ligações! Mas sei bem que a tentação é grande. A gente gosta de
ouvir histórias de todo tipo e de saber o que as mesmas querem nos ensinar. E
gostamos de tentar prever o futuro. Mas isso é perigoso. No mais fica a
civilidade tão necessária neste mundo violento e injusto: desejo boa saúde a
todos os brasileiros.
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