Alfred Adler 12 de 17
A moda intelectual existe e
frequentemente é cruel com algumas autoras e autores. Normalmente lembramo-nos
dos casos em que determinada pessoa é lembrada e glorificada e depois esquecida
(Anatole France e Lygia Bojunga, por exemplo) ou então o
caso que um nome precisou de muito tempo para ser reconhecido com justiça (Van Gogh e Nietzsche, por exemplo). O caso do nosso Alfred Adler é que as pessoas aprendem com ele e depois esquecem de
agradecer! Héin? Ele é lido e influencia, mas não compartilha do prestígio
intelectual do meio acadêmico do mundo da psicologia e psicanálise, como se Adler no fundo no fundo não fosse original
ou profundo o suficiente. Parte da explicação para isso é que Alfred Adler era mais prático que
teórico, preferia uma palestra do que investir em um super livro; daí que sua
popularidade é mais entre assistentes sociais, professores e clínicos que
precisam de ferramentas psicológicas mais práticas possíveis. Os seus livros
não tem aquela termologia obscura e grandiloquente que tantas vezes encontramos
no mundinho acadêmico fechado em si mesmo. O que agradaria o nosso Alfredo, já que sabemos que Adler preferia mil vezes a praticidade
e o coletivo do que uma postura egocêntrica e solitária.
Livremente inspirado em “Alfred
Adler e a Psicologia Individual”, capítulo 3 de Teorias da Personalidade,
livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila
Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de
Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row
do Brasil Ltda).
Lembrando
que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu
amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).
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