quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Eu trago a pessoa amada

 

Eu trago a pessoa amada

 

O Amor, a gente sabe, é o mais importante. Na prática não é assim, mas isso é aquela velha história que nos conta Câmara Cascudo quando este nos lembra que o humano “venera o medo”. Então vamos para uma fórmula para ser amado. Mas isso aqui não é um anúncio pregado em um poste no meio da rua suja de um bairro sujo de uma cidade que se encolheu porque não ama mais a toda si mesma. Héin? É pior. Pior que aqueles anúncios populares “Trago a pessoa amada”. Saudade dessas propagandas. Preciso voltar a andar distraído pelo centro de BelZonte (Belo Horizonte).

Mas onde eu estava?

Aves pousando em ramos. O que são ramos? Aves pousando em galhos e galhos. Aves pousando em subdivisões de uma área de conhecimento ou de uma atividade, por exemplo. Pedacinhos de caminho. Aves pousando e pousando em pedacinhos de caminhos e caminhos. E eu rimando, rimando, mas rima é ritmo. Então eu estou é dançando e dançando embora nem sempre seja a música normal a música que esteja tocando. Maria Bethânia ou Engenheiros do Hawaii. Eu danço, danço. Até que eu pise no pé da minha parceira de dança ou eu simplesmente escorrego e bato de bunda no chão!

Aí eu sei que estou sendo amado.

Anotaram a receita? Agora vão lá ser amados.

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

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