Eu
trago a pessoa amada
O Amor, a gente sabe, é o
mais importante. Na prática não é assim, mas isso é aquela velha história que
nos conta Câmara Cascudo quando este
nos lembra que o humano “venera o medo”. Então vamos para uma fórmula para ser
amado. Mas isso aqui não é um anúncio pregado em um poste no meio da rua suja
de um bairro sujo de uma cidade que se encolheu porque não ama mais a toda si
mesma. Héin? É pior. Pior que aqueles anúncios populares “Trago a pessoa
amada”. Saudade dessas propagandas. Preciso voltar a andar distraído pelo
centro de BelZonte (Belo Horizonte).
Mas onde eu estava?
Aves pousando em ramos. O
que são ramos? Aves pousando em galhos e galhos. Aves pousando em subdivisões
de uma área de conhecimento ou de uma atividade, por exemplo. Pedacinhos de
caminho. Aves pousando e pousando em pedacinhos de caminhos e caminhos. E eu
rimando, rimando, mas rima é ritmo. Então eu estou é dançando e dançando embora
nem sempre seja a música normal a música que esteja tocando. Maria Bethânia ou Engenheiros do Hawaii. Eu danço, danço. Até que eu pise no pé da
minha parceira de dança ou eu simplesmente escorrego e bato de bunda no chão!
Aí eu sei que estou sendo
amado.
Anotaram a receita? Agora
vão lá ser amados.
Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.
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