terça-feira, 21 de junho de 2022

Agora dois Anjos

Agora dois Anjos

Uma das melhores coisas de hoje (20 de junho de 2022) foi que eu terminei de gravar para mim uma homenagem à vida de Bryan Magee. Foi numa igreja muito bonita lá na Inglaterra e eu vi pelo YouTube (o canal que veiculou a gravação é de pessoa física, então não acho estável colocar aqui o endereço para você).A igreja tem uma arquitetura que lembra uma mistura de igreja barroca e ortodoxa russa.

Um grupo de música de câmara; e depoimentos emocionados e inteligentes. Eu não sei muito inglês, mas sei de Amor. E de respeito. E de gratidão. Aprendi muito e aprendo muito com o Bryan. Meu Bryan. Quantas vezes eu já li “Confissões de um filósofo”? Impossível contar.

Mas onde eu estava? Alguma coisa de inglês eu sei e de Amor também, e o depoimento do ator e escritor Simon Callow foi tocante. Bryan Magee escreveu um livro sobre homo afetividade que marcou época e ajudou a mudar a legislação horrível que a Inglaterra ainda teimava em ter em meados do século XX (não esquecer o que fizeram com Alan Turing, depois deste ser fundamental para vencer a Segunda Guerra Mundial.).

Mas onde eu estava? Continuo publicando pedaços editados do texto original que escrevia e escrevia e não publicava.



12 de junho de 2022

Amanhã é dia de Santo Antônio, o padroeiro católico da cidade. Mas o dia de nós três sairmos foi hoje. Não foi melhor que pensei, pois nem pensei direito no que poderia acontecer.

Foi bom. Muita gente. Barracas. Lembrei-me de quando participava e ajudava a organizar a Feira Fundo de Quintal. Almocei o macarrão da Déborah. Macarrão, carne moída e queijo ralado. Adoro! Mas é um prato pequeno. Mas não me importei. Mas queria era andar um pouco e ouvir música. Ouvir música. Muita música. Quando chegamos quem tava cantando era o César Magalhães, figurinha fácil em eventos na cidade. Voz, violão e um banco. E músicas que todo mundo conhece e gosta. Depois veio a Banda PutzGrilla. Adorei eles! Foi muito bom! Também músicas que todo mundo conhece e gosta. A maioria era de rock brasileiro dos anos de 1980 e um pouco de rock estrangeiro. Como quando você liga do rádio de madrugada. Impossível não gostar. A banda é limitada tecnicamente, mas foi muito comovente ver a expressão satisfeita do guitarrista ao executar o solo de guitarra em “Sweet Child O' Mine” do grupo de rock estadunidense Guns N' Roses. Havia também uma vocalista que me chamou atenção por ser bonita e cantar bem. E o vocalista fofinho conquistava fácil por causa do entusiasmo. Gostei muito da banda. O trabalho da Banda PutzGrilla pode ser mais conhecendo por você visitando o canal deles no YouTube aqui: https://www.youtube.com/user/putzgrillabh .

E teve um momento único. Eu tava sozinho vendo e ouvindo a Banda PutzGrilla quando eu fui abraçado forte meio de lado por um desconhecido, com direito a mão em meu rosto para ter rosto com rosto colado; como se eu fosse um filho que um pai não via há muito e muito tempo. Só que o velho ali não era o meu pai, era um velho desconhecido que eu nunca tinha visto na vida. A coisa do abraço foi invasiva, mas eu achei graça. Mesmo porque era a primeira vez que eu era abraçado em meses. Aqui em casa a gente não se abraça muito. Falta o toque. Faltou muita ternura em meu desenvolvimento como pessoa, mas meu atual amadurecimento não se preocupa em culpa ou culpados. Depois de me abraçar como se eu fosse um filho, o velho foi embora. Talvez seja um bêbado embora eu não tenha sentido o cheiro ou talvez seja a imagem que meu anjo da guarda escolheu para aparecer a mim.

ARTHUR SCHOPENHAUER: - Vai ver ele bebeu demais de tristeza ao ver o seu destino! Háháhá!! Há! Há! HáHá!!!!...

Arthusinho, tu sabe que estamos em junho de 2022 e muito mais pessoas ainda preferem ler Hegel em vez de você, não sabe?

ARTHUR SCHOPENHAUER: - Essa foi abaixo da linha da cintura, Aldrin. Aqui neste texto eu não volto mais.

Mas a Banda PutzGrilla tocou duas músicas que eu não conhecia. A segunda eu não lembro trecho da letra, mas a primeira música eu guardei um trecho. “Filho de popstar / Popstar é”. Peraí que vou procurar esse trem, espera aí. Achei! A canção se chama “Popstar”, do grupo musical João Penca e seus Miquinhos Amestrados. Sem música a vida seria um erro, diz outro alemão que eu amo ainda mais.

Acho que ninguém me entende

Me dizem que eu sou new wave demais

Eu vou na onda que mais longe me levar

Me levar”.

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