É admirável como os estadunidenses dominam a arte cinematográfica como poucos povos. Eles sabem fazer documentários atraentes, por exemplo. Acabei de assistir ao encantador "Breslin e Hamil, As Vozes de Nova Iorque" ("Breslin and Hamill: DeadLine Artists", 2018, Jonathan Alter, John Block, Steve McCarthy, Geof Bartz e etc.). Gostei muito muito. Ele passou em um dos canais da Família HBO Brasil hoje um pouco depois do almoço ( https://www.hbobrasil.com/ ). Infelizmente as legendas eram automáticas, então, como acontece na maioria das vezes, elas falharam e no geral não eram tão fiéis assim. Mas tudo bem, no conjunto as legendas foram aprovadas.
Jimmy Breslin (1928 - 2017) e Pete Hamill (1935 - 2020) foram jornalistas que retrataram bem as ruas simples de Nova Iorque e souberam defender uma visão liberal progressista no todo. Pequenos personagens retratados de maneira grandiosa e grandes momentos narrados de maneira próxima. Muito bom. Em geral esse tipo de jornalista e história é caracterizado como "época romântica", mas os próprios entrevistados do documentário afirmam: os pequenos jornais de bairro sofrem, mas toda a imprensa escrita vai reerguer-se pois é do humano continuar ao redor da fogueira ouvindo e contando histórias. (Metáfora essa, brilhante, foi usada no documentário pela famosa escritora, feminista e jornalista Gloria Steinem). Mesmo assim o coração aperta no final do documentário. Por exemplo: redações com poucos jornalistas e silenciosas. Mais gente para ter mais histórias diferentes se conhecendo e conversando. Esse trem das redações (de jornalismo imprensa, rádio, televisão...) vazias ser ruim é algo que praticamente todo jornalista reclamava durante todo o meu curso de jornalismo.
E eu? Como vai o meu jornalismo? Não visito o site do Lúcio Flávio Pinto, o maior jornalista do Brasil, há muito tempo. Meu jornalismo é aqui e nos comentários do YouTube? É tão pouco. Inspiração e ombros para apoiar-me existem.
Lúcio
https://lucioflaviopinto.wordpress.com/
https://amazoniareal.com.br/author/lucio-flavio-pinto/
Mas sempre é tempo de recomeçar.
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