Lugar de Fala e de Livros
A internet estragou por uns quatro dias e eu estava escrevendo um texto a mais ou menos duas semanas. Escrevia, escrevia e nada de ficar pronto… De repente “O Caminho para Clarice” nasce e fico contente. De repente descubro como escrever redondinho, rapidamente, uma mensagem rápida? Sei lá. De qualquer forma, vou pegar o texto grande que não publicava e dividi-lo em diversas postagens. Acho que vai ficar bom. Faço uma editada aqui e ali e pronto. Tentar manter o clima.
Era um texto sobre livros que eu quero ler. Livros sobre feminismo e livros mais genéricos, para entender o Brasil como um todo. Começando com elas, como manda o cavalheirismo. Pensei em usar vídeos do YouTube, mas aí lembrei-me de O que é Lugar de Fala, da Djamila Ribeiro e seria justo começar por ela. Escrevi esta parte, mas, como sempre, mudei de assunto, fiz um diário, escrevi sobre a guerra de propaganda nossa de cada dia nos órgãos de imprensa e etc. Tudo muisturado. Como escrevi antes, vou dividir este texto original. Vai aí, então, a primeira parte.
SUGESTÕES DA DJAMILA RIBEIRO (O QUE É LUGAR DE FALA?)
Feminismo, luta contra o racismo e um exemplo de filosofia contemporânea brasileira. Assim pensei quando comprei O que é Lugar de Fala?, da Djamila Ribeiro. Djamila é um nome consagrado, autora de vários livros. Inspiração para muita gente. Professora, escritora, filósofa e ativista política.
E o livrinho é lindo, minha edição é de 2017, Grupo Editorial Letramento: Justificando. Livrinho pequeno, quadradinho, roxo claro e verde forte, capa com foto da Djamila Ribeiro. Perfeito, perfeito! Mas perfeito mesmo. Esteticamente é um dos mais belos livros que eu tenho em toda minha biblioteca pessoal. Infelizmente não encontrei o tipo de papel que usaram. Parece papel reciclado, pela gramadura e pelos tracinhos minúsculos coloridos que a gente costuma ver neste tipo de papel. Peraí, tenho que achar o nome dos responsáveis. Faço questão de citar o nome deles aqui. Justiça cultural, ora bolas! Diagramação e projeto gráfico: Gustavo Zeferino e Luís Otávio Ferreira; Luís também ficou responsável pela capa. Agora é preciso fazer uma pausa: você dificilmente vai encontrar este livro que eu tenho em minhas mãos, pois a coleção que ele faz parte, - Feminismo Plurais -, ganhou rapidamente uma outra edição. Aí mudou a diagramação.
Mas onde eu estava? Era para fazer uma lista de livros citados que eu achei interessante no livro da Djamila Ribeiro. Mas eu vou aproveitar e escrever um pouco sobre o livro.
A ideia é justa: ouvir outras vozes com humildade e perceber que de onde você nasce e cresce condiciona um pouco a sua visão de mundo. Tudo bem, mas o texto do livro não é bom. Djamila tem outros livros que talvez por ser mais longos ela tenha se sentido mais à vontade. As vezes o espaço curto deixa o texto da gente ruim. Vai aí alguns tópicos sobre o livro.
Pausa.
Amo tanto dedicatórias e a de O que é Lugar de Fala? quase escapa aqui. Ia ser um pecado.
“À Thulane, pedaço de mim e do mundo.”
Agora vamos a alguns tópicos.
– O caminho intelectual e de luta das mulheres negras. Para começar o nosso entendimento e luta por um mundo mais justo.
– “Eu não estou indo embora
Vou ficar aqui
E resistir ao fogo.” (Sojourner Truth)
– O caminho é interessante.
– O que não for medo nos ensina sempre, Audre Lorde?
Agora finalmente vamos para a lista.
– Breve história sobre o feminismo no Brasil, da Maria Amélia de Almeida Teles.
– Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial, da Donna Haraway.
(Cadernos Pagu [ https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/index ], número 5, de 1995. O texto pode ser acessado aqui: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773 ).
- Ensinado a transgredir: a educação como prática da liberdade, de bell hooks.
– Mulheres negras: As ferramentas do mestre nunca irão desmantelar a casa do mestre, de Audre Lorde.
(Portal Geledés [ https://www.geledes.org.br/ ], o texto pode ser acessado também por aqui: https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-as-ferramentas-do-mestre-nunca-irao-desmantelar-a-casa-do-mestre/ . Agradecer a tradutora Renata. Vê se da próxima vez o pessoal coloca o sobrenome da moça.].
– Lugares de fala: um conceito para abordar o segmento popular da grande imprensa, de Márcia Franz Amaral.
(Revista Contracampo [ https://periodicos.uff.br/contracampo/index ], o texto pode ser encontrado mais diretamente por aqui: https://periodicos.uff.br/contracampo/article/view/17388 ).
(Na época do livro O que é lugar de fala? (2017), acho que não havia o site; daí que a Djamila Ribeiro faz referência apenas a “Contracampo, n. 12, p. 103-114,jan/jul., 2005.” nas notas do seu livro.)
- Epistemicídio, de Sueli Carneiro.
(Este texto pode ser conhecido por meio do Portal Galedés [ https://www.geledes.org.br/ ], ou mais diretamente por aqui: https://www.geledes.org.br/epistemicidio/# ).
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