sábado, 19 de setembro de 2020

19 de setembro de 2020

 


Se eu fosse um economista e fizesse parte da escola de pensamento socialista, o meu “problema” seria estudar muito muito. Por que o planejamento excessivo atrapalha o desenvolvimento econômico? Por quê a União Soviética antes e a Venezuela em 2020, são pobres? Por outro lado, se eu fosse um economista e fizesse parte da escola de pensamento liberal, o meu “problema” seria lembrar sempre sempre que as pessoas pobres sentem fome e devo combater sempre aquilo que podemos chamar de “ingenuidade canalha” nas análises.

É para os produtores rurais e os donos de supermercados serem patriotas e solidários neste segundo semestre de 2020? É isso mesmo que ouço nos meio de comunicação governistas? É esta a solução a curto e médio prazo neste segundo semestre sinistro? Ah, gente…

O aumento de preço dos alimentos durante a recessão econômica assusta a todos e é motivo de discussão constante na imprensa em geral. Assisti hoje, com grande prazer e também preocupação, a um debate sobre este assunto na Rádio Itatiaia. O Governo Bolsonaro não organizou um estoque de alimentos (poderia ajudar no trabalho de “boia” em relação ao aumento dos preços), o dólar esta de um jeito que fez os produtores rurais correrem para vender no exterior e as famílias pobres ao receberem auxílio emergencial do mesmo Governo Bolsonaro correram aos supermercados comprar alimentos: eis os motivos imediatos dos aumentos de preços dos alimentos nesta recessão. Falei em “motivos imediatos”, pois os motivos históricos são os de sempre: políticos que não planejam o futuro e a pobreza do povo. Parece que o Brasil é um país muito doente que deve contentar-se em viver um dia de cada vez, não por humildade e sim por impotência. Assim o futuro nosso não é construído por nós.


Leonardo Mota e a Sabedoria Brasileira

“Não quero saber quem fui; quero saber quem sou.”


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Ah, fácil, fácil. E bonito bonito, também. Cite o Raul, Aldrin! Uma metamorfose ambulante, claro. A perspectiva desta opção é atraente, irresistível estar sempre jovem por estar sempre aprendendo e que nem a perfeição consegue te deixar satisfeito! Mudar e aprender, e aprender e mudar.


Lendo ELOGIO DA LOUCURA (1510), de Erasmo de Rotterdam


É possível ser sábio e ser feliz ao mesmo tempo? Há algo escondido nesta pergunta: a definição de felicidade como coisa de criança e/ou coisa de quem vive no “mundo da Lua” e é bobo. Me entendem? Mas não pode ser assim! Passar por este mundo como um zumbi, como se estivesse sempre iludido e totalmente indiferente? Deve ser possível ser sábio e ser feliz ao mesmo tempo. Enfrentar a realidade e sorrir! Deve ser possível!

O “galo do Luciano” viveu muitos e muitos anos entre os humanos e acabou por aprender a conversar conosco. Nossa, isso deve ter sido interessante de testemunhar. É a segunda vez que Luciano é citado em Elogio da Loucura, de Erasmo de Rotterdam. Luciano é um autor satírico que viveu na Idade Antiga. Tenho que procurar mais obras deste período.

Assim, claro, encarar a realidade sempre; mas podemos relaxar um pouco e bancarmos o maluco. Só um pouquinho. Só um pouquinho.

O empreendimento, o trabalho, a missão é difícil? Não aflige-se, peça auxílio às Musas!

Uma referência venenosa à Aristóteles e aos aristotélicos. Aristóteles, junto com o seu mestre Platão e o Immanuel Kant vários séculos depois, formam o mais importante trio parada dura da história da filosofia ocidental. É sério, são estes três e o resto. Mas, leitoras e leitores, principalmente vocês mulheres, vocês sabem como é a moda: ela é cruel. Como Aristóteles “reinou” durante a Idade Média, foi chegar o Renascimento e aí… 

Uma lenda popular envolvendo o São Bernardo. Dizia-se que este santo bebia óleo pensando que era vinho! Naturalmente esta lenda é mais uma referência ao poder do espírito em suportar e vencer os desejos e os sofrimentos deste corpo.

Elogio da Loucura, de Erasmo de Rotterdam, esta chegando as suas últimas páginas. Este mundo é louco, este mundo é mentiroso e hipócrita. Queremos a verdade, os renascentistas querem a verdade, os renascentistas querem uma verdade que seja nova para eles. O que seria isso? Em Elogio da Loucura, de Erasmo de Rotterdam, podemos ver parte disso em sua crítica à sociedade europeia do século XVI: a busca por um cristianismo sincero e simples, respeito e amadurecimento diante dos desejos humanos (uma forma de epicurismo) e, por fim, o desejo o anseio por algo que não se sabia bem o que era: a ciência moderna para varrer as superstições do mundo.

O próximo livro que vamos aqui usar como aquela cama voadora de Decamerão, de Boccaccio, para viajarmos pelo tempo e espaço, é A Cabana, de William P. Young, Wayne Jacobsen e Brad Cummings. Assim como o livro de Erasmo de Rotterdam, A Cabana é um livro cristão, mas num tom mais espiritualizado. Tem uma mensagem positiva, que pretende inspirar os leitores a enfrentarem a dor e mudarem para melhor as suas próprias vidas. O livro fez sucesso, é um best seller. Até virou um filme com Octavia Spencer. Eu não comprei este livro, o exemplar que tenho em mãos é uma doação que a biblioteca comunitária daqui recebeu. Normalmente não leito este tipo de livro, passaria por ele numa livraria com o narizinho meu todo arrebitado... Estou lendo porque a Camilla, minha amiga e matriarca deste site, deu uma indireta bem indireta quando disse a mim “acho que todo mundo devia ler este livro”. Eu sou homem, mas esta mensagem feminina eu consegui compreender. Estou ficando inteligente!

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