terça-feira, 13 de julho de 2021

E todos por um

E TODOS POR UM
Adagiário Brasileiro”, de Leonardo Mota, 1979; com a ajuda dos filhos Moacir Mota e Orlando Mota.

(Editora Itatiaia, Editora da Universidade de São Paulo, 1987, Segunda série da coleção “Reconquista do Brasil”. Volume 115. Capa do artista plástico Poty, ilustrações internas do artista plástico Aldemir Martins e prefácio de Paulo Rónai.)


"Uma injustiça feita a um é uma ameaça feita a todos."
Belíssimo, belíssimo! O que está em questão aqui é a coletividade, o espírito público, a própria vida em sociedade. “Olha, pessoa, se todo mundo começar a agir como você; a sua família, o seu bairro, a sua cidade, o seu país, o mundo e você vão igualmente sofrer...”. O futuro da humanidade e pessoas que quando estão conduzindo automóveis não acendem os faróis que indicam que o carro irá para a esquerda ou direita. A pequena atitude, a grande atitude, uma pessoa humilde e o banqueiro sentados em um fórum à espera da justiça; tudo tudo ligado, uma forma poderosa de igualdade.


Uma notinha sobre guerra de propaganda. Os 90 anos do ex-presidente FFHHCC foram comemorados com salgadinhos e sorvetes pela grande imprensa brasileira. Pelo que testemunhei pela televisão. Rede de televisão que gosta e a que não gosta do Governo Bolsonaro, igualmente. Não devia, mas acho que é possível generalizar sim: o ex-presidente FFHHCC é uma das grandes unanimidades da imprensa brasileira, queridinho mesmo. Igual o juiz Moro nos seus bons tempos e o técnico de vôlei Bernadinho. Não sei se alguém se lembra, faz mais ou menos quatro anos isso, mas quando FFHHCC teve que prestar esclarecimentos às autoridades pela sua vida pessoal caliente em complicada harmonia com as necessidades econômicas do Governo Federal, a cobertura da imprensa foi de uma discrição impressionante. Se fosse o ex-presidente Lula teríamos repórteres na porta esperando ele antes e depois dele prestar esclarecimentos no dia. Comentaristas comentando durante mais de uma semana. E eu nem lembro como aquela história terminou. Enfim, onde a gente estava? Ah, os 90 anos do FFHHCC! Na entrevista sobre os seus 90 anos, feita numa “live” (quando é direta por computador), pelo “Jornal Nacional”, da Rede Globo de Televisão, havia duas câmeras no lado do FFHHCC. Havia a câmera frontal focalizando o rosto, como é de praxe, mas também, para dar dinamismo e não cansar os telespectadores por causa da entrevista longa (“longo” numa reportagem de televisão ou rádio é um material jornalístico de mais de três minutos), uma outra câmera que mostrava as costas e a cadeira onde o ex-presidente estava sentado.
Essas minhas notinhas sobre guerra de propaganda podem parecer bobas, mas acho que elas tem alguma dimensão educativa. Sei lá, acho que podem ajudar quem me lê ficar mais prevenido. Tem tanta informação vindo de todos os lados, tantas coisas nas entrelinhas; é bom ter alguma coisa de peneira. 

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