quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Ausência

AUSÊNCIA
Adagiário Brasileiro”, de Leonardo Mota, 1979; com a ajuda dos filhos Moacir Mota e Orlando Mota.

(Editora Itatiaia, Editora da Universidade de São Paulo, 1987, Segunda série da coleção “Reconquista do Brasil”. Volume 115. Capa do artista plástico Poty, ilustrações internas do artista plástico Aldemir Martins e prefácio de Paulo Rónai.)


“Cito, de memória, a sextilha do repentista preto:
“ "Quando as casas de negócio
Fazem sua transação,
O papel branco e lustroso
Não vale nem um tostão:
Escreve-se com tinta preta,
Fica valendo um milhão…" ” 
Leonardo Mota em um texto onde lembra que a presença do preto nos adágios é menor do que poderíamos imaginar. São versos bonitos e criativos. Já vi, pela televisão, alguns repentistas unindo viola e versos em um espetáculo bem especial. Ainda menciono aqui o desejo meu de visitar a África algum dia. Toda toda a África e não apenas atravessar sozinho o Saara e o Kalahari para encontrar-me. Uma vez que o espelho e os meus 38 anos não mostraram-se suficientes para isso.

O dia seguinte a uma derrota fundamental do Governo Bolsonaro é uma boa oportunidade para estudarmos mais um pouco por aqui a guerra de propaganda. A questão da volta do voto impresso que o Governo queria e não conseguiu. Só acompanhei pelo “Jornal da Itatiaia”, da Rádio Itatiaia; a mais popular e influente de Minas Gerais e que é próxima do Governo Bolsonaro. Três deputados que votaram a favor do Governo Bolsonaro foram entrevistados na sequência e apenas um que votou contra foi entrevistado e este era justamente do… do… Partido dos Trabalhadores. Inteligente, editores da Itatiaia. A imagem do Partido dos Trabalhadores ainda é bem negativa entre a população em geral e ainda mais entre os que acreditam no Governo Bolsonaro. Outra coisa que chamou a minha atenção é que no comentário econômico a especialista usou o termo “voto auditável” em vez de “voto impresso”, como é mais conhecido a polêmica. O termo “voto auditável” é mais poderoso e irresistível, mas tem um Calcanhar de Aquiles: sempre tivemos auditorias.

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