terça-feira, 31 de agosto de 2021

Aperitivo de Essência

"Coisa de adulto: comprar baldes. Aqui em casa só tem um balde. Eu sou o único que se importa com isso, pô!"
O que foi isso? Ah, é o trecho de um diário meu. Liga não, sou assim mesmo. Bom, ainda não sou um "arrimo de família" clássico. Falo de dinheiro. Mas eu não sou um "clássico". Quem eu sou? 

Estou escrevendo muita coisa. O que penso. O que quero fazer nos minutos seguintes. Aí eu releio e isso me ajuda a organizar-me melhor. Parece bobo, não é? Eu estou gostando. Releio, lembro. Anoto até alguns pensamentos. Mas o questão é organização. Depois de um tempo, o próximo passo é pensar a longo prazo: semana, mês, ano... Escrevo tudo em um caderno bem velho. Isso é importante: ser em um caderno velho.

Acordei no meio da noite e pensei que não estou pronto para o mundo, mas não me desesperei. Não dirijo, tenho medo de altura para trocar uma lâmpada, as vezes tenho tanta ansiedade que nem comer direito eu consigo; mas mais uma vez atravessei uma madrugada traiçoeira. 

O que eu tenho? Muito, nada, nada, muito. Saber cuidar. Cuidar.

Astrônomo, historiador de histórias em quadrinhos (*), jornalista, fotógrafo. As vezes sonhei em ser um diretor de cinema. Ganhar o Nobel de Química. E quando eu quis ser matemático? 
Mas muitas vezes, e agora também, imagino que minha obra seja a minha vida: continuar hoje, amanhã e sempre. Sou marmota, sou lento; mas nunca parei.

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