27 de outubro de 2021
Hoje era dia de acompanhar a guerra de propaganda: escutar pela Rádio Itatiaia, defensora do Governo Bolsonaro, as repercussões da divulgação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 (CPI da Covid). Escutei o jornal das 6 e meia da manhã até as sete e meia da manhã. Pouco depois do comentário econômico. Suspeitei desde o princípio que o jornal não daria destaque ao fato e acertei. Para o jornalismo da Itatiaia um relatório que acusa o presidente da República Federativa do Brasil de coisas tão medonhas não merece destaque. O “Jornal da Itatiaia” vai até as nove da manhã e sua última parte é conhecida como “Conversa de Redação”. Imagino que ali eles tenham falado mais sobre o relatório, mas o clima geral deve ser de “bola pra frente que o Brasil precisa de união para resolver os problemas econômicos”. Isso é típico da elite brasileira diante de problemas sociais do Brasil: “geeeente pra que falar sobre isso?” Os jornalistas da Itatiaia também devem ter falado o nome do relator da CPI da Covid para insinuar algo sobre falta de legitimidade do relatório e da própria CPI, mas sem ser muito explícitos.
Hoje é dia de meu programa na rádio comunitária. Não faço mais pesquisas prévias sobre músicas e grupo musical e escrevo para depois ler textos introdutórios. Vou no improviso tocando músicas direta da rede mundial de computadores. Eu tinha feito até uma classificação de sete tipos de música e uma sequência toda especial, mas não sigo mais isso. Era difícil e eu desanimo fácil. Improvisar é difícil, mas tenho algum bom gosto e isso ajuda. Mas tenho problemas na parte de tocas música mais contemporânea. Preciso resolver isso.
Este mês está acabando e eu ainda não terminei de escrever sobre o livro que eu estou lendo. É uma seleção de textos de acadêmicos a respeito do gênero literário crônica. Nunca tinha visto tanto texto… Tanto texto… Arght! Deixa pra lá. Vou ser diplomático: meus olhos ardem quando leio este livro. Preciso terminar ele esta semana. Vou para o hospital em crise nervosa se eu continuar trabalhando com este livro em novembro. Pelo sorriso da Kalki Koechlin!
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