William James 29 de 36
Acho que acabei de ler o William James me chamar de “o mais miserável dos homens”, pois o meu pensamento atento demais e angustiado demais não deixa o meu hábito livre para desabrochar em uma supernova de virtudes e vitórias para mim.
“Não há ser humano mais miserável do que a pessoa em que nada é habitual mas indeciso, e para quem o acender cada cigarro, o beber cada cálice, o horário de levantar-se e deitar-se todo dia e o começo de cada atividade de trabalho estão sujeitos à deliberação volitiva expressa. A metade do tempo de tal homem é despendida na decisão ou remorso ligado a questões que deveriam estar tão interiorizadas a ponto de praticamente não existirem para sua consciência. Se existem tais deveres cotidianos não-introjetados em alguns dos meus ouvintes, deixemo-lo este momento para acertar a questão de forma correta.”
(Talks to Teachers on Psychology and to Students on Some of Life´s Ideals; 1899; Henry Holt and Company: Reimpressão inalterada; 1962; New York: Dover. Que fique registrado que estes ensaios eram os favoritos de William James.).
Disciplina é liberdade, ensinou cantando um poeta brasileiro russo em uma legião urbana. Eu nunca tive disciplina assim, nunca. Um horário, um hábito para um dia mais longo e sem a angústia sufocando a garganta e o peito. Uma atividade, um trabalho, algo que liberte. Algo que torne o ser mais rico.
O rio me leva e te leva e nos leva sempre, mas sem disciplina ficamos a viagem toda morrendo afogado o tempo todo.
Livremente inspirado em “William James e a Psicologia da Consciência”, capítulo 6 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).
Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).
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