sábado, 18 de fevereiro de 2023

William James 26 de 36

 

William James 26 de 36


Oficialmente só os loucos e os poetas podem ser originais, pois todas as verdades já foram sonhadas aqui debaixo deste céu. Das mentiras e dos mundos acima do céu eu não sei. A questão é que eu, com certeza, não fui o primeiro a concluir que todas as fronteiras são mutantes, porosas, sinuosas e em movimento. E quando digo todas as fronteiras são todas as fronteiras mesmo, todas. Entre o Paraguai e o Brasil e entre conceitos no trecho mais dogmaticamente lógico da Fenomenologia do Espírito de Hegel; por exemplo.


Vamos para psicologia e psicanálise. Pois pois, e a nossa identidade? Onde começa e termina? O limite e a fronteira é o nosso corpo, como por tanto tempo pensávamos que era? Mas e o misticismo ocidental, o misticismo oriental, a ciência estudando as experiências psicodélicas no século XX? E para onde eu vou quando em lágrimas leio o trecho “Flor Escola Professora Dorotília Sonho Dividido” em O Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos; e quando também em lágrimas ouço “Casamento, a Hora da Dança Polca” em O Moldávia, de Smetana? Sem mencionar as “loucuras” científicas das partes mais sofisticadas da matemática e da física quântica e relativística. É um tal de um infinito que é infinito mesmo, mas que também tem início e fim; um relógio que quando anda apressado fica mais lento e umas partículas subatômicas que são mágicas no sentido stricto sensu mesmo.

Acho que no final aqui a lição é próxima mesmo dos hippies, os filhos das flores, dos anos de 1960: sorria, pois estamos nos seios da Mãe Gaia. Mas que fique claro desde já que Gaia é bem maior que a Terra.



Livremente inspirado em “William James e a Psicologia da Consciência”, capítulo 6 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).


Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

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