William
James 20 de 36
Acho
que está na hora de mais uma revisão. A última foi em William
James 11 de 36.
O texto de apresentação
daquela vez ficou bom e vou repeti-lo,
aproveito e repito também aquela revisão de William
James 1 de 36
a William
James 10 de 36.
Então lá vamos nós: de 1 a
19.
“Depois
de 10 publicações, acho que é hora de fazer um resumo do resumo
como se estivéssemos dentro de uma apostila fina de fim de ano de
supletivo noturno em um lugar periférico de uma cidade pobre. Aliás,
eu já estudei em um supletivo assim, voltava de ônibus a noite e
por causa da videolocadora que havia ali perto eu me curei do trauma
de assistir “O Homem Elefante” (“The Elephant Man”,
1980, John Merrick,
David Lynch,
Christopher De Vore,
Eric Bergren,
John Hurt
e etc.). Héin? Eu nunca contei essa história?
Mas
onde eu estava?
– Ame
o que tem que ser amado dentro de você e odeie o que tem que ser
odiado dentro de você; mas aceite esta balança interna.
– Acredite
que você quer realizar o projeto.
– William
James era um autor honesto e humilde.
– Um
motivo para sermos humilde para com nós mesmos e para as outras
pessoas, é lembrar que nós estamos sempre mudando.
– A
Legião Urbana estava certa quando cantava “disciplina é
liberdade”.
– A
gente já tem a semente para mudar radicalmente para melhor as nossas
vidas.
--
“O pessimismo é essencialmente uma doença religiosa.”: William
James em The Will to Believe and Other Essays in Popular
Philosophy. Nova Iorque e Londres, Longmann, Green and Company,
1896.
– Ver
a realidade internamente, para sabermos melhor relacionar-nos com
outras pessoas.
– Queremos
segurança do grupo e também a solidão da nossa vitória exclusiva.
Agora
podemos voltar à série normalmente.”
– Por
uma honestidade interna realmente efetiva, pois o querer nunca é
isolado. Antes do objeto do desejo o desejo saiu de algum lugar e
este lugar você deve iluminar e conhecer bem.
– Para
treinar a sua vontade diariamente você pode fazer um trem realmente
chato.
– Somo
racionais o suficiente para prestar a atenção na situação de
maneira equilibrada e assim não perder a cabeça tão facilmente.
– É
melhor saber do que não saber. Só evite saber e analisar tanto que
você fique preso no gelo da angústia e medo.
– No
meio do caminho você coloca um rádio, que vai interceptar a
mensagem que você envia ao mundo e a mensagem que o mundo envia a
você. Quando o seu caráter encontra a vocação. Aí no meio você
descobre o seu eu e a
partir desta rocha você constrói a sua vida real.
– O
magistério é a melhor profissão de todas, mas as salas de aula
lotadas e a rotina escravizam a mente dos profissionais.
– Tem
que ser um hábito aprender coisas novas diariamente.
– Não
é tão difícil assim ficar com um estado alterado de consciência.
Cuidado na hora de assistir ao desenho “Pokémon”
(“Poketto Monsutâ”,
1997 -?, Junichi Masuda,
Ken Sugimori,
Satoshi Tajiri
e etc.).
-
O que você é está mudando
tanto quanto o mundo ao seu redor.
“Agora
podemos voltar à série normalmente.”
Senhor
José da Silva é um bom pai, marido atencioso e membro ativo da sua
comunidade religiosa. E um funcionário exemplar também. Problemas
com a lei? Nunca, jamais, muito antes pelo contrário. E as pessoas
do seu entorno correspondem, dedicando a ele uma estima realmente
rara. Todo fim de semana o senhor José da Silva ia ao estádio de
futebol torcer pelo Ferroviária Social Clube Society; o seu
percevejo do leste (percevejo
é a mascote do time). Quando na torcida o senhor José se
transforma, vira um animal selvagem. Palavras ofensivas e
expressões agressivas. Fica vermelho, as artérias do coração
trabalham até a exaustão, os hormônios ficam desequilibrados;
por pouco o nosso José da
Silva não se transforma é um cachorro hidrófobo. Mas já bem antes
do banho em casa, depois do fim da partida e tendo chegado em casa,
ele já está como antes: quase um anjo. Preparado para mais uma
segunda-feira. Os amigos e familiares que acompanham o senhor José
ao estádio não estranham a sua mudança de comportamento, pois
sabem que ele é assim porque gosta muito do Ferroviária
Social Clube Society. Além
do mais, especulam, essa mudança tão radical deve ser importante
para José. Uma forma de descarregar frustrações, energia, sei lá.
Talvez seja preciso esses momentos nervosos no estádio para que ele
continue anjo em todo resto da semana.
É
natural, necessário para o bem-estar, manifestação de um impulso
fisiológico inato em nosso cérebro.
Livremente
inspirado em “William James e a Psicologia da Consciência”,
capítulo 6 de Teorias da Personalidade, livro de James
Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral
Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette
de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora
Harper & Row do Brasil Ltda).
Lembrando
que começo com William James e Alfred Adler por causa
do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os
Grandes Pensadores).