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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 2 de 10

 

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 2 de 10

 

E não são as mulheres exclusivamente as beneficiadas pelo reexame feminino das teorias consagradas da psicologia e psicanálise, os homens também são beneficiados. Pois as consequências são amplas na estrutura social, a cultura se transforma. Pode demorar, mas a vida das pessoas muda.

 

Livremente inspirado em Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 1 de 10

 

Elizabeth Lloyd Mayer e a Psicologia da Mulher 1 de 10

 

Olha a organização, os 31 textos reservas deste blog já acabaram e como eu faço pra esse trem aqui continuar diário? (risos) Aproveito e acabo de vez com os comentários sobre Teorias da Personalidade, pois quero seguir adiante. Vai ser uma maratona. Quantos textos consigo escrever antecipadamente? (risos)

 

Nas teorias de Freud, Reich, Adler e Jung seria uma tanto injusto destacar o machismo nelas, é mais educativo e sábio lembrar que o movimento feminista a partir das décadas de 1960 e 1970 cresceu e marcou tanto que a exigência de um reexame dessas teorias se tornou necessário. Ao mesmo tempo em que o clamor óbvio por novas teorias. Não romper ou negar, mas olhar de novo e também criar. Isso pode parecer óbvio, mas política é paixão e às vezes o trem cresce e a gente fica com vontade de mandar tudo para o inferno e recomeçar do zero. E isso não é inteligente.

 

 

Livremente inspirado em Uma Apreciação da Psicologia da Mulher nas Teorias da Personalidade: Freud, Reich, Adler e Jung; por Elizabeth Lloyd Mayer. Apêndice do livro Teorias da Personalidade, de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Alfred Adler 17 de 17

 

Alfred Adler 17 de 17

 

Eu devia fazer uma revisão nesta última postagem não é? Sim, então lá vamos nós. Repetindo o resumo das nove primeiras postagens.

 

“- Estamos todos integrados, há uma unidade no estilo de vida do indivíduo mesmo que este pareça irregular, sentimento de comunidade e a existências de comportamentos atraídos para um objetivo como a Terra atrai a Lua.

 

- Ecologia e a psicanálise de Freud: aproveitar a relação mãe-filho, os seis primeiros anos de vida são “chave”, como ler as neuroses e os sonhos. Descartar: os comentários a respeito da libido e o Complexo de Édipo.

 

- Sonhamos e seguimos em direção a estes sonhos. Uma maneira particular de ver o mundo, uma maneira de agir.

 

- Mas os sonhos tem que ser úteis à sociedade, para assim a satisfação individual ser concreta e saudável. Se a neurose e a falta de sentimento de comunidade forem mais fortes, o indivíduo lutará pelo sucesso egoísta a qualquer custo e se perderá em sofrimento e frustrações. E todos sofrerão também.

 

- Cuidado com a dose, cuidado com o foco. Nascidos na infância como reação a um mundo adulto e hostil, os sonhos objetivos de vida devem ser na medida saudável coletivo. Devem ser acompanhados de realizações concretas e não de uma interpretação irreal da realidade e do próprio indivíduo.

 

- Somos mais poderosos e autônomos do que Freud supunha.

 

- Não há o que explicar; apenas o citar já é poderoso o suficiente: o Amor, a Amizade e o Trabalho. Isso há em sua bússola pessoal, leitores deste blog?

 

- Na educação infantil, muito cuidado com as necessidades físicas especiais, a rejeição e a superproteção. Isso pode atrapalhar muito o desenvolvimento dos indivíduos.

 

- Em vez de uma vitória em que o indivíduo se sinta tão bem quanto a comunidade, pode acontecer de o indivíduo lutar contra a própria sombra numa espiral irreal de egocentrismo para curar um sentimento antigo de inferioridade.”

 

Agora um resumo das postagens seguintes até a última, a de hoje.

- As tarefas da terapia: identificar o estilo de vida dos pacientes, ajudar os pacientes a se olharem pelo espelho e fortalecer neles o interesse social.

 

- É teatro mudo sim. Em certo momento na terapia os psicólogos não prestam atenção nas palavras e sim na expressão corporal do paciente. O texto que ele expressa por meio do discurso mudo e eloquente do corpo.

E na hora de voltar às palavras, que os terapeutas lembre-se que até as mentiras são importantes: nem elas conseguem disfarçar a originalidade de cada um deles.

 

- Alfred Adler era um estudioso, mas também um homem de ação. Preferia fazer discursos, era um grande orador, do que escrever livros usando palavras e expressões sofisticadas. Aí o pessoal acadêmico torcia o nariz. Lia e ouvia Adler, aprendia o que tinha que aprender; mas na hora de dar créditos... Ah, o mundinho acadêmico...

 

- Memória falha e não lembro direito como era o adágio romano: o começo é metade do caminho, começar é mais da metade do trabalho a ser realizado, o começo é... Como o paciente começa o seu depoimento? Como ele começa a sua história? Qual a primeira lembrança do paciente? Esse começo para Adler... No começo podíamos ver todo o panorama da situação do paciente...

 

- A distância entre o seu dia a dia e os seus sonhos. As vezes a gente sente-se frustrado, mas nem percebe o quão infeliz é. É preciso objetividade. É preciso escrever uma lista. Aliás, listas! Objetivos de vida? Como gostaria que fossem os meus três próximos anos? Se, agora, tivesse apenas mais seis meses como viveria? Responda rápido, depois uma pausa de uns dois minutos e continue e depois encontre pontes entre as listas olhe o seu cotidiano e... E na verdade apenas preste atenção em seu atual estilo de vida.

 

- Ajude outras pessoas a ajudar você ajudando outras pessoas.

 

 

Na bibliografia, das 26 obras do e sobre Alfred Adler selecionei 4 obras melhores e uma curiosidade-ponte-surpresa.

THE INDIVIDUAL PSYCHOLOGY OF ALFRED ADLER: A SYSTEMATIC PRESENTATION IN SELECTIONS FROM HIS WRITINGS; 1961; organizado por Rowena R. Ansbacher e H. L. Ansbacher; Nova Iorque; Editora Harper.

SUPERIORITY AND SOCIAL INTEREST: A COLLECTION OF LATER WRITINGS; 1964; organizado por Rowena R. Ansbacher e H. L. Ansbacher (de novo!); Nova Iorque; Editora Viking.

ALFRED ADLER: A PORTRAIT FROM LIFE; 1957; Phyllis Bottome; Nova Iorque; Editora Vanguard.

Agora um livro curioso-ponte-surpresa:

TRIBUTES TO ALFRED ADLER ON HIS HUNDREDTH BIRTHDAY”; de Abraham Maslow; texto publicado na “Journal of Individual Psichology, 26:13”. (Não sei o que significa esse “26:13”, não tenho intimidade com protocolos acadêmicos, apesar de ter feito faculdade. Consultando umas fontes aqui, suspeito que “26” seja o número da publicação. O problema é o “13”. Página? O texto tem uma página? Acho difícil. Não pode ser o mês. Mistério!).

Mas porque eu quis citar este texto de Maslow? Ah, você vai descobrir daqui a alguns dias... Mas antes, vamos conhecer o que as mulheres querem e viajar ao Oriente...

 

 

Livremente inspirado em “Alfred Adler e a Psicologia Individual”, capítulo 3 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

 

Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

 

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Alfred Adler 16 de 17

 

Alfred Adler 16 de 17

 

E continuamos no interessante exercício psicológico adleriano de cooperar com outras pessoas, ajudar outras pessoas. Aqui é só um lembrete: não esperar que peçam ajuda a você, você deve oferecer ajuda a outros. Simples e hercúleo.

 

Lembro quando eu tinha um perfil no FaceBook e mesmo atualmente em meu blog: acho que estou ativamente ajudando os outros. Ajudando mesmo. (risos) Vídeos engraçados, curiosos, músicas bonitas, textos pretensiosamente inteligentes e originais... Oh, oh, salvando o mundo! Ou um prazer individual, só limitado pela minha falta de organização.

 

Livremente inspirado em “Alfred Adler e a Psicologia Individual”, capítulo 3 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

 

Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Alfred Adler 15 de 17

 

Alfred Adler 15 de 17

 

Aqui agora o encontro não é entre o Alfredo e o William James, é entre Adler e Fernando Sabino: se quer resolver um problema seu, comece resolvendo um problema dos outros. Acho que era assim uma das citações mais famosas do escritor mineiro. Aliás, gosto muito do Fernando Sabino. Li O Grande Mantecapto e O Encontro Marcado e garanto que você lerá qualquer coletânea de crônicas dele tão prazerosamente quanto rapidamente. Nem verá o tempo passar.

Mas onde eu estava? Ah, e há também o encontro com Confúcio e a sabedoria milenar chinesa: família contente, então a rua contente, então o bairro contente, a cidade contente e etc. que você entendeu. Interessante e desesperador fazer um paralelo com a violência nas cidades brasileiras: quem é mais doente: a família brasileira ou o país Brasil? Ambos. Continuemos com o paralelo: violência urbana e o trânsito de uma grande cidade. Uma rua pequena de um bairro pequeno acaba influenciando uma grande avenida: de que adianta leis mais duras se o novo secretário de segurança não conversa com o delegado de uma delegacia distante do centro? Cada um fazendo a sua parte, o diálogo, a sinergia, o trabalho em conjunto. Difícil, difícil.

Enfim, enfim, o exercício sugerido pelo livro para entender o que Alfred Adler queria dizer sobre interesse social e cooperação é justamente passar pelo menos uma semana inteira ajudando os outros. Não recusar pedidos que sejam razoáveis.

 

Livremente inspirado em “Alfred Adler e a Psicologia Individual”, capítulo 3 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

 

Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Alfred Adler 14 de 17

 

Alfred Adler 14 de 17

 

Aqui Adler encontra William James: preste atenção, preste atenção, amigas e amigos. Preste atenção em seus sonhos, no que você anda realizando e o que você espera de você mesmo.

- Quais são os seus objetivos?

- Como gostaria de viver nos próximos três anos?

- Se eu soubesse que viveria por apenas mais seis meses, como viveria até este momento?

São perguntas bobas ou são perguntas que te deixam ser ar e com o estômago revirado como se acabasse de receber um golpe de boxe. Depende se você vai ou não levar a sério o exercício.

Faça o teste. As três listas. Depois tente encontrar pontes entre as listas. E depois se olhe no espelho, respirando fundo. Há um detalhe técnico relevante: ao fazer uma lista, seja breve no tempo. Pare e depois de uns dois minutos volte à lista e acrescente algo. O segredo é ser breve e espontâneo. A pausa é para dar chance á profundidade. Acho que você entendeu. Outra dica: ajuda você fazer este exercício pelo menos duas vezes por ano.

 

Livremente inspirado em “Alfred Adler e a Psicologia Individual”, capítulo 3 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

 

Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

domingo, 3 de setembro de 2023

3 de setembro de 2023

 

3 de setembro de 2023

 

 

Nordeste

Pernambuco

Governo do Estado de Pernambuco (2023, Mais Trabalho, Mais Futuro)

https://www.pe.gov.br

https://www.pe.gov.br/blog/74-tecnologia/761-%C2%ADgovernadora-raquel-lyra-assina-carta-de-intencao-para-realizacao-da-campus-party-em-pernambuco

Pernambuco quer voltar a sediar a versão brasileira do festival de tecnologia e cultura Campus Party. Legal, bom para eles. Tomara que consigam. Aqui em Minas Gerais também já aconteceu, foi em Belo Horizonte. Eu nunca participei, apesar de gostar tanto de computadores. Ou de passar tanto tempo em computadores. Negócios, amizades, namoros e um pouco da tecnologia cada vez mais presente em nosso dia a dia e que cada vez mais transforma o mundo e a nós mesmos.

Folha de Pernambuco (Compromisso com você)

https://www.folhape.com.br/

https://www.folhape.com.br/noticias/pm-de-pernambuco-que-publicou-video-criticando-a-corporacao-e-expulsa/289554/

Na reportagem o discurso polêmico é quase reproduzido na íntegra. (risos) E como assim trabalhou por “quatro meses”? Eram quatro anos ou quatro meses? Ninguém gosta de ser criticado e tem a questão de manter uma boa imagem pública, mas realmente é difícil simpatizar com a decisão de expulsar alguém só porque esta pessoa fez críticas. Parece claro que ela gostava de ser policial.

 

 

 

CEPIA – Cidadania, Estudo, Informação e Ação

https://cepia.org.br/

Maravilhoso. Eis um lugar da internet necessário e obrigatório. Procuro notícias e não textos acadêmicos. Encontro um curto.

https://cepia.org.br/2023/08/30/48-anos-de-ousadia-feministaecos-do-seminario-onu-abi-1975/

Evento aberto ao público, mas não há fotos da plateia. Provavelmente devem ter ido poucas pessoas. Uma pena. 1975: imagine discutir feminismo naquele tempo! Informado as pessoas que participaram do encontro comemorativo, mas não há informações sobre o conteúdo dos discursos. O texto é praticamente uma nota.

 

 

 

BBC Brasil

https://www.bbc.com/portuguese

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx8g3xxzdyzo

Agora vai? Depois de quase 150 anos a eletricidade e a agricultura vão se unir efetivamente como nunca antes? Muito além da já conhecida luz ultravioleta? Parece que sim. Plasma frio, recipientes que lembram doces e “choques” elétricos para orientar as raízes das plantas a não obedecerem a lei da gravidade (agora a agricultura vertical vai ficar vertical meeeesmo...)...

Muito bom. Muito interessante. No colégio, em meados da década de 1990, aprendi que Thomas Malthus errou porque subestimou a tecnologia na hora de produzir alimentos. Bem... Vamos ver, vamos ver.

Alfred Adler 13 de 17

 

Alfred Adler 13 de 17

 

Na última vez escrevemos que o pessoal estuda e aprende, mas esquece de agradecer o Alfred Adler. E parte disso é porque o pessoal não considera que os livros e as palestras de Adler não têm aqueeela pompa, aqueeeela seriedade, termologia secreta e arrogante e etc. Pois, pois, mais uma oportunidade aqui para uma citação. Adler em primeira mão.

Gostamos de ouvir histórias e gostamos de contar histórias. E quando contamos a nossa história existem detalhes reveladores sobre como contamos as nossa história. Aqui é sobre um desses detalhes que não são detalhes, são mais do que detalhes.

O mais esclarecedor de tudo é como o indivíduo inicia sua história, o primeiro incidente do qual ele pode recordar. A primeira lembrança mostrará a visão de vida fundamental do indivíduo; a primeira cristalização satisfatória de sua atitude. Isto nos dá a oportunidade de ver, num relance, o que ele tomou como ponto de partida para seu desenvolvimento. Eu nunca investigaria uma personalidade sem procurar a primeira recordação. Algumas vezes, as pessoas não respondem ou afirmam não saber que episódio aconteceu em primeiro lugar, mas isto, em si mesmo, é revelador. Podemos inferir que elas não querem discutir seu significado fundamental e que não estão preparadas para cooperação.

(What Life should Mean to You, de Alfred Adler [1931, Boston, Editora Little Brown].)

 

 

Livremente inspirado em “Alfred Adler e a Psicologia Individual”, capítulo 3 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

 

Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

sábado, 2 de setembro de 2023

Mais Coragem

 

Mais Coragem

 

Que eu e todo mundo tivesse mais coragem. Mas, eu tinha que explicar a pergunta aqui na resposta minha não é? Lembro até hoje, tão nítida quanto algumas das lições das matérias: quando a coordenadora pedagógica entrou na sala de aula e explicou que nas provas era necessário agora colocar parte da pergunta feita.

Como as plantas liberam o oxigênio tão precioso para todos nós? Fotossíntese. Errado, agora era:

É pelo processo de fotossíntese que as plantas liberam o oxigênio tão importante para todos nós.

Lembro que a coordenadora na explicação até conversou com a professora que na hora estava dando aula. Na época eu não gostei, achei que era mais uma forma do colégio me machucar. Mais uma forma. E já havia tantas. Deixasse a gente responder logo as malditas questões e voar dali! Era porque estavam desconfiados das respostas dos alunos? Mas onde eu estava?

Um único desejo que seria concedido.

Que todos tivessem mais coragem.

Mesmo os entusiasmados bobos? Frequentemente eles são perigosos. Ah, sim. Mesmo para os entusiasmados bobos com sua capacidade para fazer m* com a melhor das intenções; eu desejaria mais coragem.

Mais coragem. Para mim também. Mas eu teria coragem para fazer o que? Do que eu tenho medo realmente?

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Solidão Original

 

Solidão Original

 

Acabei de descobrir que, como membro do clube dos humanos, eu estou também condenado à solidão e à originalidade. Isso porque tinha que ser assim ou não. Ou porque as Moiras estão confusas. Ou não. Mas também estamos condenados à originalidade e à solidão porque a Alice tem um espelho secreto escondido em um pequeno bolso de seu vestido. É, essa Alice. Viveu as suas aventuras dentro dos livros e na volta nos conta esta importante informação sob a nossa condição humana. Mas que coisa! E tantas palavras entraram por um ouvido e saíram por outro ouvido, tantas palavras. Mas só Alice se parece com Alice. Assim como a gente só parece com a gente. Então entenderam não é? Só você se parece com você dentro de você. Estamos condenados à solidão e à originalidade. Bom, eu acho que expliquei direitinho.

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Eu trago a pessoa amada

 

Eu trago a pessoa amada

 

O Amor, a gente sabe, é o mais importante. Na prática não é assim, mas isso é aquela velha história que nos conta Câmara Cascudo quando este nos lembra que o humano “venera o medo”. Então vamos para uma fórmula para ser amado. Mas isso aqui não é um anúncio pregado em um poste no meio da rua suja de um bairro sujo de uma cidade que se encolheu porque não ama mais a toda si mesma. Héin? É pior. Pior que aqueles anúncios populares “Trago a pessoa amada”. Saudade dessas propagandas. Preciso voltar a andar distraído pelo centro de BelZonte (Belo Horizonte).

Mas onde eu estava?

Aves pousando em ramos. O que são ramos? Aves pousando em galhos e galhos. Aves pousando em subdivisões de uma área de conhecimento ou de uma atividade, por exemplo. Pedacinhos de caminho. Aves pousando e pousando em pedacinhos de caminhos e caminhos. E eu rimando, rimando, mas rima é ritmo. Então eu estou é dançando e dançando embora nem sempre seja a música normal a música que esteja tocando. Maria Bethânia ou Engenheiros do Hawaii. Eu danço, danço. Até que eu pise no pé da minha parceira de dança ou eu simplesmente escorrego e bato de bunda no chão!

Aí eu sei que estou sendo amado.

Anotaram a receita? Agora vão lá ser amados.

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Sacrifício e Sinceridade


Sacrifício e Sinceridade

Henry David Thoreau em Walden nos lembra que a nossa vida é totalmente moral, com o vício e a virtude brigando entre si dentro de nós 24 horas. Precisamos ficar atentos e também precisamos saber que ter um sistema de valores saudável é importante. Escrevo tudo isso por causa do vídeo acima, a resposta negativa do Grupo Bandeirantes de Comunicação à iniciativa do Governo Lula de pretender tributar mais os mais ricos. Os ricos brasileiros vão mandar o dinheiro para o estrangeiro e mais uma vez a classe média e os pobres do Brasil vão sofrer, assegura a Bandeirantes.

É mesmo? Ricos brasileiros são assim chamados porque são brasileiros morando aqui, eles vão continuar vendo miséria nas ruas e na televisão brasileira independente da quantidade de dinheiro investido por eles no estrangeiro. Não querem se sacrificar para ajudar o Brasil a ser um país mais justo? Não querem o conforto de viver em um país em paz, dado que sem justiça não há paz?

Elite egoísta tem em qualquer país, Estados Unidos e Coréia do Norte, Israel e Irã; a questão brasileira é mais dolorosa porque aqui a desigualdade social é mais extrema. A escravidão e sua herança, o maior de todos os problemas brasileiros em sua história, envenenou o conceito nosso de cidadania. Você é escravo? Não? Então você é livre, livre, livre, livre demais, livre até de ajudar os outros. Note que isso vale para pobres e ricos, dado que quando escrevi sobre cidadania era cidadania no sentido amplo do termo. Coesão social zero mesmo por aqui no Brasil. Embora aqui, no momento, o maior puxão de orelhas seja para os ricos brasileiros. E este mesmo Jornal da Band que fez uma série de reportagens intitulada Band nos 200 Anos da Independência no ano passado.


terça-feira, 29 de agosto de 2023

Faustão e o Historicismo?

 

Faustão e o Historicismo?

 

Não me sinto seguro para dizer o que seja o historicismo para Karl Popper, mas suspeito que seja pedir mais do que a Professora História pode dar-nos. Cícero está certo, a história é mesmo uma professora importante; mas não podemos pedir a ela o que ela não pode nos dar. As suas lições tem limites.

“A suspeita é que ele é um homem rico e influente e ademais estamos no Brasil e a história do Brasil é outra evidência”. Não é bem assim. É compreensível, mas também preconceituoso essa desconfiança por ele ser rico; mas pior ainda epistemologicamente falando é usar a “história do Brasil” como prova. A história do Brasil prova nada. A história do Brasil prova nada porque a história do Brasil não é a mesma para um militante do Movimento dos Sem Terra e para um latifundiário; para um banqueiro que mora em São Paulo e para um pescador do Acre. É miserável procurar linhas objetivas nos caminhos da história porque isso pode fechar os caminhos que podemos trilhar no futuro.

Era isso, Popper?

Agora tenho que parar de só ler trechos de A Sociedade Aberta e Seus Inimigos e ler o livro todo. Ademais sobre o historicismo Popper escreveu A Miséria do Historicismo e este livro eu nem comprei ainda.

Posso não saber o que é historicismo, mas sei que o trem é sinistro e se vocês leitores virem o historicismo sugiro que vocês mantenham distância dele. Atravessem a rua e não retornem as ligações! Mas sei bem que a tentação é grande. A gente gosta de ouvir histórias de todo tipo e de saber o que as mesmas querem nos ensinar. E gostamos de tentar prever o futuro. Mas isso é perigoso. No mais fica a civilidade tão necessária neste mundo violento e injusto: desejo boa saúde a todos os brasileiros.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

28 de agosto de 2023

 Escrever a lápis
Continuo e continuo apaixonado pela Inteligência Artificial do Bing. É um pouco como se eu fosse o Alladim a fazer pedidos para o Gênio da Lâmpada. Só que no caso são perguntas.
Bom, depois de muito tempo reuni parte do material e fui imprimir em uma gráfica aqui de Rio Acima. As mais de 30 receitas saudáveis (pão, doces, sopas, lanches e etc.) para os meus recém 40 anos. Nossa, era caro demais. Não valia a pena o preço. O que fazer? Pegar um caderno e escrever tudo a lápis. O trem vai ser espiritual verdadeiramente dado que não escrevo a mão tanto assim há muito tempo e minha letra cursiva é um desastre completo. 
Guerra de Propaganda
Faustão recebendo coração novo é um demonstrativo de como a amizade é importante. Do bolsonarista Rádio Itatiaia e Record (e Bandeirantes) até a lulista GloboNews todos são unânimes que não houve privilégio na velocidade. É que ele é rico e poderoso e estamos no Brasil; daí que o pessoal nas redes sociais só faz comentários venenosos a respeito. A grande imprensa até conta detalhes e detalhes sobre como é o sistema de transplante para mostrar que ele é justo. E a gente até esquece as inúmeras reportagens sobre o "drama da fila de espera por um transplante" nesses mesmos órgãos de comunicação. Hoje o dia inteiro foi isso. Impressionante. Quem tem amigos realmente tem tudo.

sábado, 26 de agosto de 2023

Silêncio é um espelho histérico

 

Silêncio é um espelho histérico

 

Escutaram a última do Silêncio? Resolveu me machucar me mandando soletrar resumos de mim mesmo e também me enchendo como se eu fosse um balão!

Mas porque Silêncio...? Machucar-me assim? A gente joga, bebe, se distrai com a televisão o trabalho e infinitos problemas, a família e amigos... Esse ficar sozinho com o Silêncio, esse espelho sincero demais... Quem aguenta? Eu não. Eu me machuco. Resumindo-me e me inflando-me. Contando verdades a meu respeito e também querendo que eu me expanda em sonhos e desejos. Quem aguenta ficar sozinho com o Silêncio? Espelho sincero e histérico.

 

Aprendendo com os poemas do Paulo Leminski.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Recorde

 Pode ser Amor, ou apenas febre. "God only knows" (Beach Boys) já entrou para a lista das músicas que mais escutei na vida. Entrou para a família de "Barcarolle" (Offenbach na versão de Waldo de Los Rios), "O Moldavia" (Smetana), "Pas de deux" e "Valsa das Flores" (Tchaikóvsky) e umas outras que a memória me fez perder agora. É até engraçado esquecer de alguma música que quando começo, posso escutar sem parar. Mas acontece. Sou assim mesmo. Alguma brasileira? Claro, mas entrou na lista das esquecidas. Engenheiros do Hawaii e Maria Bethânia com certeza. 

Apreritivo de Romain Rolland

 

Aperitivo de Romain Rolland

 

Platão ensina que quem não ama caminha no escuro; então como eu amo o Will Durant eu frequentemente sou guiado pela sua luz. Às vezes isso é fácil e às vezes isso é difícil. No seu ensaio maravilhoso sobre os melhores livros para a educação, descubro que o romance Jean Christophe é o “melhor romance” do século XX. Trem charmoso dado que a opinião hegemônica dá o troféu para ou Kafka ou Proust ou James Joyce. Infelizmente é um livro difícil de comprar. Mas vou economizar nas lágrimas aqui e refletir sobre as modas intelectuais.

Assim como houve uma época que Anatole France rivalizava com Goethe e Shakespeare e hoje Anatole é um nome esquecido; quem ousaria colocar Romain Rolland acima de Proust, Kafka e James Joyce? (risos) Ah, as modas intelectuais! A fama é cruel. A Roda da Fortuna não para.

Não obstante, o Amor é exigente: por causa do meu Will Durant eu preciso de um pouco de Romain Rolland. Felizmente achei um pequeno tesouro, um pequeno aperitivo. Pode ser pouco ou pode ser infinito e isso depende de quem está me lendo agora. Você. Pode ser o começo de alguma coisa.

 

- Ajudar o seu amigo indiano a construir e manter a sua universidade.

- Maldita tuberculose!

- Preciso ler Au-dessus de la mêlée (1915)!

- Talvez seja por causa do talento do José Paz Rodrigues, mas em menos de 15 segundos já me apaixonei pelo Romain Rolland; um romântico, o hippie (“filhos das flores”) antes do tempo, um orientalista, um pacifista... Um Amor...

- Ora ora, quem me aparece aqui: Stefan Zweig! Na biblioteca comunitária temos alguns livros do Stefan. Será que temos a biografia que ele escreveu sobre o autor que era a “consciência moral da Europa”?

- Pelo sorriso da Kalki Koechlin!; mas este texto-postagem Romain Rolland, o Grande Pacifista Amigo de Tagore; de José Paz Rodrigues (https://pgl.gal/romain-rolland-o-grande-pacifista-amigo-de-tagore/ ) é simplesmente perfeito! Perfeito! O texto, as pesquisas, os vídeos relacionados...

- Romain gostava de um manifesto e era realmente engajado em causas políticas pacifistas.

ANTOLOGIA DA ANTOLOGIA DE ALGUMAS DAS AFIRMAÇÕES DE ROMAIN ROLLAND

-“Criar é matar a morte”.

-“Todas as deceções são secundárias. O único mal irreparável é o desaparecimento físico de alguém a quem amamos”.

 -“A vida não é triste. Tem horas tristes”.

 -“Se um sacrifício é uma tristeza para ti, e não uma alegria, então não o faças, não és digno dele”.

-“Ao querermos enganámo-nos muitas vezes. Mas quando nunca queremos enganámo-nos sempre”.

-“Aqueles a quem amamos têm todos os direitos sobre nós, até o de deixarem de nos amar”.

-“A verdade é procurar sempre a verdade”.

-“É o papel do artista criar a luz do sol quando o sol falha”.

Agora um “raio-x interpretativo” para identificar os ossos essenciais da obra de Romain Rolland: Saltar por cima dos muros, depois de rasurar o sagrado e digerir tudo depois. Ser o membro das ligas democráticas mais erudito e sério, além de cultivar um humanismo que seja vacina contra a tecnologia moderna que possa destruir a humanidade. Não ter medo de enfrentar a propriedade privada, pois o importante é o Amor combatendo as injustiças.

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Alfred Adler 12 de 17

 

Alfred Adler 12 de 17

 

 

A moda intelectual existe e frequentemente é cruel com algumas autoras e autores. Normalmente lembramo-nos dos casos em que determinada pessoa é lembrada e glorificada e depois esquecida (Anatole France e Lygia Bojunga, por exemplo) ou então o caso que um nome precisou de muito tempo para ser reconhecido com justiça (Van Gogh e Nietzsche, por exemplo). O caso do nosso Alfred Adler é que as pessoas aprendem com ele e depois esquecem de agradecer! Héin? Ele é lido e influencia, mas não compartilha do prestígio intelectual do meio acadêmico do mundo da psicologia e psicanálise, como se Adler no fundo no fundo não fosse original ou profundo o suficiente. Parte da explicação para isso é que Alfred Adler era mais prático que teórico, preferia uma palestra do que investir em um super livro; daí que sua popularidade é mais entre assistentes sociais, professores e clínicos que precisam de ferramentas psicológicas mais práticas possíveis. Os seus livros não tem aquela termologia obscura e grandiloquente que tantas vezes encontramos no mundinho acadêmico fechado em si mesmo. O que agradaria o nosso Alfredo, já que sabemos que Adler preferia mil vezes a praticidade e o coletivo do que uma postura egocêntrica e solitária.

 

 

 

Livremente inspirado em “Alfred Adler e a Psicologia Individual”, capítulo 3 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

 

Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Alfred Adler 11 de 17

 

Alfred Adler 11 de 17

 

“Um” óbvio que esquecemos frequentemente, mas Adler não esquecia. É importante o que dizemos, mas também como dizemos o que dizemos: a linguagem corporal. Aqui vale a citação, pois brilha:

Mesmo quando um paciente mente, isto tem valor para mim... é sua mentira e de ninguém mais! O que ele não pode dissimular é sua própria originalidade.” – Alfred Adler citado por Phyllis Bottome em Alfred Adler: a Portrait from Life (1957, Editora Vanguard, Nova Iorque). Página 162.

 

 

Livremente inspirado em “Alfred Adler e a Psicologia Individual”, capítulo 3 de Teorias da Personalidade, livro de James Fadiman e Robert Frager (Traduções de Camila Pedral Sampaio e Sybil Safdié; com a coordenação de Odette de Godoy Pinheiro, 1979, São Paulo, Editora: Harbra Editora Harper & Row do Brasil Ltda).

 

Lembrando que começo com William James e Alfred Adler por causa do meu amado Will Durant (Filosofia da Vida e Os Grandes Pensadores).