“ “Lá”,
disse ele, “vi a filha do rei, a mais bela mulher criada por Alá.”
E passou a elogiar com entusiasmo a princesa Budur. “Seu nariz”,
disse ele, “se assemelha ao gume de uma lâmina polida; as faces
são como vinho tinto ou anêmonas cor de sangue; os lábios trazem o
brilho do coral e da cornalina; o mel da sua boca é mais doce que o
vinho envelhecido; seu sabor extinguiria o mais forte fogo do
inferno. Sua língua é movida pelo mais alto grau do espírito e
pela resposta pronta e engenhosa; o colo é sedução para todos que
o vejam (glória Àquele que o construiu e lhe deu acabamento!); e,
juntos, há também dois suaves e redondos antebraços; como disse
dela o poeta Al-Walahan:
“Ela tem pulsos que, se as pulseiras
não contivessem,
Sairiam de suas mangas em chuva de prata”. “
“
“
“Estrelas,
escuridão, lâmpada, fantasma, orvalho, bolha,
Um sonho, um
relâmpago, e uma nuvem:
Assim devemos olhar tudo o que foi
feito” (Vajracchedika) “
“Naqueles
períodos, todo o sentido residia no grupo, nas grandes formas
anônimas, e não havia nenhum sentido no indivíduo com a capacidade
de se expressar; hoje, não há nenhum sentido no grupo – nenhum
sentido no mundo: tudo esta no indivíduo. Mas, hoje, o sentido é
totalmente inconsciente. Não se sabe o alvo para o qual se
caminha.”
O
HERÓI DE MIL FACES – Joseph Campbell.
(Tradução de Adail Ubirajara Sobral)
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