Polícia e as Câmeras de Segurança
Estados Unidos, Reino Unido,
Canadá, Austrália e Singapura são alguns países em que as câmeras em uniformes
dos policiais já são realidade. É proteção para os bons profissionais,
transmite mais confiança para a população, ajuda processos judiciais (imagens
são provas valiosas) e até ajuda na formação de recrutas (exemplos reais
registrados são lições valiosas). Infelizmente a transparência nas ações
policiais no Brasil encontra resistência.
No dia 28 de outubro de 2023
o MGTV Primeira Edição, jornal da Rede Globo Minas, fez uma longa e bem feita
reportagem sobre o assunto. Câmeras nos uniformes das forças de segurança como
aliada da justiça.
https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/mg1/video/mg1-edicao-de-sabado-28102023-12068930.ghtml
Transcrevo um trecho:
“Na semana passada deputados, da Comissão de
Segurança Pública, rejeitaram o projeto que torna lei a utilização de câmeras
em fardas e viaturas do Estado. O relator, o deputado Sargento Rodrigues (PL –
Partido Liberal), argumentou que as câmeras podem inibir pessoas que queiram
contribuir com informações para a polícia durante patrulhamento e
investigações; e destacou o alto custo de implantação do equipamento. “De
acordo com o levantamento de preços realizado, o valor total desta prospecção
seria de aproximadamente R$75,6 milhões; para aquisição de câmeras, despesas de
capital. Ou R$189 milhões para contratação de serviços por 30 meses.””. Segundo a Assembleia o próximo passo é a
análise do projeto na Comissão de Direitos Humanos. Mas ainda é preciso aguardar
que o relator da comissão seja designado. A proposta também precisa passar pela
Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, antes de ir ao plenário.”
Argumentos bobos contra as
câmeras.
Alto custo não faz sentido,
pois quando há vontade por parte de políticos o dinheiro sempre aparece. Ouça
qualquer edição de a Voz do Brasil, em qualquer época, para afogar-se no
dinheiro que aparece. No mais se falta dinheiro basta estabelecer prioridades e
economizar mais. É milagre?
Mas o momento mais interessante
é outro argumento citado; o argumento do relator da Comissão de Segurança
Pública Sargento Rodrigues mencionando que as câmeras nos uniformes da polícia
podem inibir pessoas de aproximarem-se para fornecer informações aos policiais.
Ora bolas, dado que as imagens estão protegidas parece que o relator da
Comissão de Segurança Pública da Assembleia de Minas Gerais está sugerindo que
o cidadão de bem deve ficar com um “pé atrás” ao aproximar-se dos policiais.
Segue alguns links para que
quem me lê possa caminhar livre.
Assembleia
Legislativa de Minas Gerais
(Página
inicial da parte das Comissões)
https://www.almg.gov.br/atividade-parlamentar/comissoes/inicial/
Fiquei
encantado com este site. Tudo bem que em toda a apresentação o pessoal fica
bonito nas intenções e tal, mas nossa... Nossa... O site é em inglês, mas usei
o Bing Tradutor e tudo bem.
https://www.procon.org/about-us/
https://www.procon.org/headlines/police-body-cameras-top-3-pros-and-cons/
Não
é exatamente, também, um site de notícias “normal”. Parece mais um portal para
agentes comunicadores encontrarem material para melhor fazer os seus trabalhos.
https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/noticias/mjsp-se-prepara-para-implementacao-de-uso-de-cameras-corporais-na-prf
(Diminui a letalidade policial e a reclamação por parte dos cidadãos)
(“Além de garantir a integridade e a proteção
dos dados capturados pelas câmeras, a PRF busca agir em consonância com a norma
técnica NBR 27037/2023, que regula a custódia de evidências digitais. Esse
cuidado com o armazenamento e manuseio dos registros obtidos é fundamental para
que as imagens possam, por exemplo, ser utilizadas como prova em processos
judiciais.”)
Outro
site encantador. Este vai para a lista das consultas regulares.
https://fontesegura.forumseguranca.org.br/
https://fontesegura.forumseguranca.org.br/avaliando-o-uso-das-cameras-corporais/
(“A relação entre polícia e comunidade também
impactou os resultados dos programas. Em algumas comunidades onde a relação com
as polícias tem um histórico de confronto e falta de confiança, o uso das
câmeras alterou pouco o comportamento dos policiais, ao passo que noutros
bairros o uso do equipamento serviu para aumentar a legitimidade das polícias,
uma vez que o programa foi percebido como um esforço para aumentar o controle e
transparência da atividade policial.”)
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